Correria e gritos se ouviam, Lacantra encontrou Nora e Reilo saindo da choupana. Sila chorava, tendo sido acordada pelos gritos. No colo do pai, foi passada para Magú que foi incubido de cuidar da irmã enquanto se juntariam aos moradores para enfrentar os sem tribos.
- Lacantra, peça aos meus pais que me deixem ir com vocês - Magú a interceptara quando ela voltou ao seu quarto para pegar as armas. Ele segurava uma Sila que chorava cada vez mais frenética.
- Magú, os sem tribos são perigosos precisamos de sua ajuda para cuidar de sua irmã e protegê-la, tudo bem, podemos contar com você? - Ela se abaixou á altura do amigo, massageou-lhe as bochechas com carinho. Ele deu de ombros e foi para o quarto, levando a irmã que ainda soluçava.
Os sentinelas, cerca de cinquenta que rondavam Pief, deram o alerta e muitas pessoas agora estavam nas rua
Já havia passado mais de quatro meses que Lacantra estava em Pief e estava acostumada, já se sentia á vontade com tudo e todos. Seus cabelos eram uma mancha escurecendo sua cabeça, estava bem mais forte, os treinos ficavam cada vez mais puxados e por vezes, ela tinha que passar um emplastro de remédios pelo corpo para conseguir dormir a noite, seu corpo todo doía mas estava avançando, os músculos estavam visíveis e suas vestes foram alargadas. Treinava até por seis horas diárias. Treinava subir em árvores rapidamente e permanecer por horas parada em galhos finos. Cada dia tinha um treinamento novo e mais difícil.Sua amizade com Aloy, Sassa e muitos outros da tribo, estava mais forte e não acordava mais chorando no meio da madrugada estranhando onde estava e pensando em sua família. A dor ainda era pungente, mas aos poucos ia se amenizando. Continuava contand
A construção do túnel, bem como a armadilha na entrada de Pief, continuava a todo vapor. Um bruraco de mais de vinte metros de profundidade, com seis metros de largura, estava sendo cavado na entrada da tribo e seria tapado com gramas para esconder e camuflar o buraco. Qualquer um desavisado que chegasse a tribo, cairia e ficaria preso até que se soubesse se era um forasteiro e quais as intenções. Caso chegassem a tribo sem avisar, seriam investigados e renegados ao condado dos renegados e podiam passar o restante de suas vidas prisioneiros.Não avisaram sequer a qualquer outra tribo para não correrem o risco de a notícia se espalhar e os de má intenções saberem da armadilha. Alguns moradores de Pief, também não tinham conhecimento sobre as novas técnicas de seguranças e quando saíam, eram escoltados pelos guardiões para que evitass
Foram três dias em prol do objeto sonhado pela jovem.Encontraram as árvores Poça em muitos lugares. Nem precisaram andar muito, estavam por toda parte. Os jardineiros de Pief, pegaram mudas de Poça para plantarem em muitos lugares.Reuniam-se todos dias, cerca de quarenta ou cinquenta pessoas para discutirem a fabricação da arma. Pediram que Lacantra batizasse o “objeto” e ela o chamou de atirador.Fabricaram no segundo dia alguns modelos em diversos tamanhos, seguiam o desenho original e arcaico que a garota desenhou tão logo acordou. Inúmeros outros desenhos foram desenhados à partir do primeiro, mas sempre olhavam o original.Ranem, um senhor de cerca de quarenta anos, era o mestre dos Cândalos em Pief. Era um lutador ágil, que lhes treinava e os ensinava métodos de ataque, defesa, como utilizarem o Golpeador de forma mais eficaz. Ninguém
Ela foi ao encontro dos três quando percebeu que Frizzat falava e gesticulava ansioso, ficou curiosa por não ouvir e ao perceber que ela chegava, o líder virou-se para ela:- Que bom que está aqui, sonhadora, precisamos voltar imediatamente.- Por ser um líder, o senhor não acha que seja necessário respeitar-nos? - Ela odiava o apelido e mais ainda quando era lhe dirigido por ele. Ele ficou sem ação por uns segundos.- Não temos tempo para sua insolência agora, garota.- Me chamo Lacantra, senhor Frizzat. Leva o mesmo tempo me chamar pelo meu nome.Aloy baixou a cabeça constrangido, mas a anciã disse:- Lacantra, estamos com um problema que creio que você tem que ouvir. Vamos entrar. Aloy, prepare-nos um chá e junte-se a nós.- Sim, senhora - Respondeu o rapaz enquanto subiam para a morada.Sentaram-s
- Deixou o rapaz falando sozinho? - Questionou-a a senhora com um meio sorriso nos lábios, assim que a moça entrou.- O que tenho que fazer, mãe Shetary, começo com as penas, como a senhora pediu? - Ignorou a pergunta, queria esquecer aquele assunto.- Logo os Cândalos chegarão, se prepare para o treino.- Mas o que farei até lá?- Vá meditando, faça uma prece e peça á Rafo que a ajude a deixar de ser tão teimosa e cabeça dura.Lacantra corou mas não deu prosseguimento à conversa. Se pôs a arrumar as prateleiras de potes com fusões. Ficou nisso por duas horas, a senhora estava sentada, com as mãos juntas em um mantra de prece, olhos fechados e a jovem ficou a observá-la por uns minutos. Aloy não tinha entrado e ela não o tinha visto até ele entrar e começar a prepar
- Se eu não gostasse tanto assim de você e quisesse tanto ouvir uma das histórias da mãe, iria dormir lá fora com os outros em suas camas suspensas - Disse Magú para Lacantra, quando se arrumavam para se deitarem.Estavam afofando no chão alguns mantos e montando uma cama confortável para ele dividir com ela. Aloy havia levado alguns mantos macios para Sote, Mury e Rabe se ajeitarem para passarem a noite. Cada um tinha montado sua cama suspensa entre árvores e falavam alto após ingerirem baca na refeição noturna e a mãe lhes ter dado mais um côde quando se retiraram, alertando-os para não se embebedarem muito devido os treinamentos que fariam no dia seguinte.Aloy entrou na choupana, meio sem graça, sem saber se deveria passar a noite com os rapazes, a discussão com Lacantra, o deixou ressabiado e tendo agora Magú entre eles, n
Ela teve uma visagem.Estava em meio à muitas pessoas; sentiu que segurava uma mão quente que apertava a sua e a englobava toda. Corriam em meio às pessoas e ela olhou para o dono da mão: era Corny. Bem mais alto que ela, teve que olhar para cima para o fitar, e seu coração se encheu de amor.Tão conhecido, um rosto tão amado, sua beleza já lhe era tão comum. Pareciam estar fugindo de algo ou correndo ao encontro de algo, a expressão de Corny era de apreensão e preocupação, mas ao retribuir seu olhar, sorriu e ela percebeu que ele respondia ao sorriso que com certeza, ela trazia no rosto.- Amo você.Ela leu seus lábios, o tropeiro da corrida de todos, não a permitiu ouvir sua voz, mas leu em seus lábios e respondeu:- Também te amo.Ela tinha uma cicatriz atrás do pescoço, de uma brincadeira infan
Um zumbido no ouvido, devido um soco que ele lhe dera, a impedia de ouvir se os amigos falavam algo. De canto de olhos, ela viu Mury se levantar e dar um passo. Não sabia se a matriarca lhes impedia de terminar o treino e ao ver a raiva mesclada com vitória nos olhos de Aloy, preferiu morrer a desistir. Pelos muxoxos, percebia que Sácia, mais ainda que Magú, era quem mais se preocupava com ela, pelo canto dos olhos, percebia que a Sivaê estava desinquieta e resmungava baixo. Tentou e conseguiu impedir alguns ataques. Não entendia o motivo de ele a estar atacando; treinavam juntos há tempos e ele sempre fôra mais devagar com os iniciantes. Qual o motivo de sua real ira contra ela? Pensar nisso só lhe dava mais força para continuar de pé, recebia golpes cada vez mais fortes, sentia gosto de sangue, alguns socos pegaram em sua boca e ela havia mordido o interior de sua boca e a língua muitas