BRYAN NARRANDO

Quando Giovanni me pediu para não ver uma irmã matando a outra, fiquei sem entender sobre o que ele estava falando.

— Não consigo entender, seja mais claro. Maitê e Emma são irmãs? Você é o pai da minha noiva? — perguntei, sentindo um nó na garganta.

Se isso for verdade, terei que levar esse assunto ao meu pai. Giovanni também pode ser condenado à morte. Coloquei as duas mãos no rosto; essa notícia me pegou de jeito, deixando-me atordoado.

— Sim, eu sou o pai da Maitê. Eu deixei alguns documentos com a freira Maria, que, quando Maitê saísse do orfanato, era para entregar. Isso a levaria a um apartamento em São Petersburgo, e lá eu iria encontrá-la e explicar toda a verdade — Giovanni falou, abaixando a cabeça e chorando.

Peguei um copo de água para ele, esperei que se acalmasse e pedi que me explicasse, porque eu não conseguia entender. Maitê é filha do Smith, o contador da Camorra.

— Há vinte anos, conheci uma mulher em uma viagem que fiz a São Petersburgo. Fui fazer