Pedro acordou com o telefone tocando insistentemente. Sem abrir os olhos, ele tateou o criado mudo a procura do aparelho.
- Alô.- Bom dia, Pedro.- Quem é?Matheus revirou os olhos. Está farto das bebedeiras de Pedro.- Matheus.
- O que você quer imprestável?
- Você deveria ter mais respeito por mim, Pedro. Eu também sou delegado.Ainda sem abrir os olhos, Pedro coçou a barba.
- Fala logo, imprestável.Matheus suspirou.- Alex precisa ser transferido para o hospital. A perna dele está fedendo sangue podre.- Deixe apodrecer.- O cheiro já se espalhou pela delegacia, e ele está com febre. Você está levando esses homens ao limite, Pedro. - Matheus se gabou. - Controlei um início de tumulto está madrugada.Com dificuldade, Pedro abriu os olhos e olhou no relógio, 05:58h.
- Bom, se você controlou um início de tumulto, pode cuidar de uma infecção. Transferência negada.Matheus, Rodrigo, Rafael e outros policiais conversavam na recepção da delegacia quando Pedro chegou com uma hora de atraso. Como de costume, ele não cumprimentou ninguém, e foi direto para a sua sala.Matheus perguntou:- Viram o arranhão no rosto dele? - Eu vi. - Rafael respondeu.À essa altura, toda a delegacia já sabia que Pedro tinha apanhado da advogada. O que eles não sabiam, é que o delegado acabará de apanhar novamente.Matheus entrou na sala. Ele deixou passar o atraso de Pedro.- Eu desinfetei a ferida do Alex e fiz um curativo. Ele vai tomar antibiótico de doze em doze horas por sete dias. A segunda dose é às 19:00h.Apático, Pedro dispensou Matheus com um gesto de mão. Matheus não saiu do lugar.- Eles precisam comer, tomar banho de sol e receber visita dos familiares e advogados, Pedro. - Eu não sabia que você era engraçado, Matheus.- É isso ou a rebelião vai acontecer. A delegacia vai
Foi um beijo voraz, intenso, quente e molhado. A língua de Pedro fez coisas imperdoáveis dentro da boca de Zoe. Ele estava tão excitado que chegou a babar. Zoe precisava admitir, o delegado sabe beijar. Sua pegada firme chega a ser violenta. Zoe ficou com os lábios inchados e doloridos.Seu rosto sensível foi arranhado pela barba dourada e áspera do delegado. Na sua sala no escritório de advocacia, Zoe suspirou. O beijo quase selvagem terminou com ela empurrando Pedro, e novamente batendo nele.Pedro não reagiu, e Zoe praticamente correu para fora do mercado deixando as compras para trás. Ela só parou quando chegou no seu carro, entrou e trancou a porta. Não que uma porta de carro pudesse deter Pedro. Ele não foi atrás dela.Trêmula, Zoe voltou para casa, tomou um banho gelado, trocou de roupa e foi trabalhar. Precisa tirar Pedro da cabeça. Ele é problema, e dos grandes.Após o banho de sol, os presos devi
Zoe não estava afim de ficar sozinha em casa. Primeiro porque não tinha o que comer. E segundo, porque seu pai ainda não tinha voltado de viagem. Dan e Lara, seus amigos de infância e agora advogados da Conceitos, a convidaram para sair. Zoe aceitou. Ela escolheu um look sexy, porém comportado. Blusinha preta e shorts jeans claro. Fez escova e prancha no cabelo e caprichou na maquiagem. Optou por um perfume floral. A noite estava quente. Zoe não ficou desapontada.Por onde passava, atraía os olhares tanto de homens como de mulheres. O lugar estava lotado de pessoas de todas as idades. No palco, um grupo de samba se apresentava. Enquanto abriam caminho até a mesa, Dan disse eufórico:- Eu quero comer muito hoje. Lara me faz passar fome em casa, Zoe.- Deixa de ser mentiroso, Dan!Lara repreendeu o marido.Zoe riu. - Hoje você vai tirar o atraso, Dan.- V
Zoe estancou quando Pedro levantou. Ele estava visivelmente embriagado. Rodrigo e Rafael também tinham enchido a cara. - Eu quero falar com você, Zoe. E tem que ser agora.- Nós não temos nada para conversar, Delegado.Zoe se arrependeu do que disse no momento em que Pedro estreitou os olhos e cerrou os punhos. Lara se encolheu. Rafael tenso, levantou. Rodrigo não estava em condições de ficar de pé. Dan chegou.- O que está acontecendo?Rafael puxou Pedro pelo braço.- Não é nada. Senta Pedro.Pedro puxou o braço que Rafael segurava e apontou o dedo indicador para Dan.- Fica fora disso.- Não fico. Você está incomodando as meninas.As pessoas em volta começaram a prestar atenção na confusão que Pedro estava causando. Zoe percebeu que as coisas poderiam piorar. Ela soltou a mão de Lara e se aproximou de Pedro.- Está bem. Vamos conversar.- Você não vai com ele! - Dan puxou Zoe pelo braço.-
Pedro deu descarga no vaso sanitário pela terceira vez, abaixou a tampa e segurando na pia, levantou do chão onde estava ajoelhado e sentou na tampa do vaso.Zoe foi embora do restaurante com Dan e Lara. Pedro sentiu um vazio imenso se abrir dentro do seu peito quando Zoe o deixou. Como assim ela não estava pronta para ele? Se beijaram, se tocaram, se esfregaram um no outro e ela não estava pronta?Em casa, Pedro passou a madrugada cheirando cocaína e bebendo vodka. Agora, no banheiro da delegacia, ele estava vomitando até as tripas. Fraco, Pedro passou a mão na testa para secar o suor. Suava frio.Ele tinha prometido aos presos liberar as visitas e não podia voltar atrás. Não podia colocar a perder a frágil trégua com os detentos. Pedro encostou a cabeça na parede e fechou os olhos.Uma batida forte na porta.- Pedro!Rodrigo foi entrando. Ele não estava em melhor situação do que Pedro.- Quer me matar de susto, Rodrigo?- É para
O Secretário foi embora feliz da vida com uma generosa amostra de sangue de Pedro. Pedro não se recusou a fazer o exame. Ele poderia, mas não o fez. Rodrigo observava Pedro. O mundo dele estava desabando e de alguma forma ele parecia aliviado por isso finalmente estar acontecendo. Ele poderia ter suspendido as visitas já que estava tudo perdido. No entanto, Pedro cumpriu a sua promessa. Lutando contra uma ressaca desgraçada, ele se manteve firme durante a rigorosa revista nos familiares dos presos, não deu ordem para os policiais conterem a algazarra nos momentos de alegria e comoção e respeitou as duas horas de visita. Quando começaram a recolher os detentos para as celas, Pedro não os empurrou como de costume. Ele esperou que entrassem sozinhos. O seu comportamento "anormal", chamou a atenção dos policiais e até mesmo dos presos.- Ei chefe. - Peter entrou na cela. - Tu tá diferente. Tá afogando o ganso, não tá?Rodrigo podia jurar
A medida que matava a fome, Zoe foi se acalmando. Pedro tinha encostado a coxa dele na dela. Não satisfeito, colocou a mão entre as pernas de Zoe. Tudo por baixo da mesa. Seu pai fingiu não ver. Até o momento, Zoe não entendia como Álvaro mudou radicalmente de opinião sobre Pedro. Poxa, seu pai falou coisas duras para ela e agora estava lanchando com o "inimigo". Zoe não afastou Pedro. O corpo musculoso estava quente igual uma fornalha. Deveria afastar a mão que ele enfiou por baixo da sua saia e acariava a sua coxa. Bobagem, estava úmida com as carícias quentes do delegado. Bem ali, debaixo do nariz do seu pai. Os dois conversavam sobre um Inquérito Policial. Zoe não prestou atenção na conversa. Preferiu se concentrar na coxa e na mão de Pedro. Deu uma olhada para baixo. Ele estava armado.- Alguém quer mais pão de queijo?Álvaro perguntou se levantando.- Eu aceito. - disse Pedro.- Não pai. Eu já estou satisfeita.Álvaro se afastou. Zoe se virou para Pe
ATENÇÃO LEITORES: O CAPÍTULO A SEGUIR CONTÉM CENAS DE SEXO EXPLÍCITO E LINGUAGEM IMPRÓPRIA. CASO SEJA MENOR DE IDADE, OU ACHE QUE ISSO POSSA FERIR A SUA SENSIBILIDADE, POR FAVOR NÃO LEIAM.Pedro sabia que estava passando, ou melhor, já tinha passado dos limites com Zoe. Estava beijando e se esfregando nela feito um animal. Tem consciência do seu porte físico e da sua força. Estava machucando Zoe. Ela nem tentou escapar, sabia que não tinha a menor chance. Se deixou ficar ali prensada entre seu corpo e a porta fria e dura da Land Rover. Zoe correspondeu ao beijo, não tinha outra opção. Pedro não queria que fosse assim. Não queria que seu instinto animal afastasse a primeira mulher que realmente despertou sentimentos desconhecidos nele. Sentimentos bons. Por que sempre faz coisas que não quer fazer e afasta as pessoas? Como levaria Zoe para a cama com aquele comportamento re