ATENÇÃO LEITORES: O CAPÍTULO A SEGUIR CONTÉM CENAS DE SEXO EXPLÍCITO E LINGUAGEM IMPRÓPRIA. CASO SEJA MENOR DE IDADE, OU ACHE QUE ISSO POSSA FERIR A SUA SENSIBILIDADE, POR FAVOR NÃO LEIAM.
Pedro sabia que estava passando, ou melhor, já tinha passado dos limites com Zoe. Estava beijando e se esfregando nela feito um animal. Tem consciência do seu porte físico e da sua força. Estava machucando Zoe. Ela nem tentou escapar, sabia que não tinha a menor chance. Se deixou ficar ali prensada entre seu corpo e a porta fria e dura da Land Rover. Zoe correspondeu ao beijo, não tinha outra opção. Pedro não queria que fosse assim. Não queria que seu instinto animal afastasse a primeira mulher que realmente despertou sentimentos desconhecidos nele. Sentimentos bons. Por que sempre faz coisas que não quer fazer e afasta as pessoas? Como levaria Zoe para a cama com aquele comportamento re
Pedro inclinou a cabeça para trás e fechou os olhos. Estava recebendo uma mamada espetacular de Zoe. Sem frescuras ela colocou seu pau já duro e sujo de esperma escorrendo na boca. Ao sentir seu membro sendo sugado pela boca quente, macia e molhada de Zoe, Pedro delirou de prazer. Ela usava a boca, língua e mãos. Chupava e lambia tudo da cabeça até o saco. Pedro abriu os olhos quando sentiu a língua molhada de Zoe tocar a entrada da sua glande. Ela sorriu para ele. Pedro não aguentou mais. Levantou Zoe pelo braço e tirou a roupa dela com uma agilidade impressionante. Nua, Zoe deitou na cama. Pedro a olhou com os olhos brilhando. - Você é tão linda.Apesar do tesão que estava sentindo, Pedro tirou um minuto para admirar a beleza do corpo negro. Os cabelos castanhos escuros de Zoe se espalharam pelo travesseiro. Pedro teve medo de que aquilo não passasse de um sonho e tocou os seios fartos com cuidado. Se inclinou e sugou um mamilo escuro. Zoe gemeu e o abraçou pe
Rodrigo, encostado na pia da cozinha comia uma fatia de pizza e bebia cerveja. Rafael comia sentado na mesa. Trocavam olhares. Há quanto tempo se conhecem? Uns cinco anos? Rodrigo terminou de comer, limpou a boca com as costas da mão e se virou para lavar a mão na pia. Ouviu Rafael afastar a cadeira e levantar. Ele chegou por trás e colocou o prato na pia.- Lava pra mim?Tenso, Rodrigo assentiu. Colocou detergente na bucha e começou a lavar o prato. Rafael continuou em pé atrás dele. Lavou o prato, enxaguou e colocou no escorredor. Rafael esticou o braço e fechou a torneira.- Olha o desperdício.Rodrigo fechou os olhos e apoiou as mãos na pia. Sentiu a respiração de Rafael na sua nuca, o calor do corpo negro e ... a encoxada leve, quase imperceptível. Rodrigo não afastou a bunda. Ao contrário, mexeu o quadril para melhor sentir Rafael. Sua voz saiu entrecortada.- Eu estou cansado.Rafael apoiou o queixo no ombro de Rodrigo e colocou a mão no seu peito.
Rodrigo pegou de um lado, Rafael do outro. Juntos tiraram Pedro de cima de Matheus. Com o rosto todo ensanguentado, Matheus foi levantado do chão por Christian e Gabriel. Felipe o segurou já que Matheus não conseguia abrir os olhos por causa do sangue vermelho vivo que escorria do supercílio esquerdo, descia pelo seu rosto e pingava na camiseta preta. Com empurrões, Pedro se livrou de Rodrigo e Rafael. Cuspiu sangue. A barba dourada estava encharcada de sangue que jorrava do lábio inferior aberto. No chão, onde a luta aconteceu, pingos de sangue, papéis espalhados, cadeiras, computador, impressora e o telefone quebrados. O Secretário, agora perturbado com a cena e o estado dos delegados, disse:- O que eu estou vendo aqui hoje me entristece profundamente. Eu vejo a imagem da destruição causada por dois policiais desequilibrados e extremamente violentos.O Secretário se aproximou de Matheus que continuava de olhos fechados e amparado por Felipe.- Você tem alguma coisa pra f
Pedro acordou confuso. Estava em um quarto escuro. Não era mais o quarto do hospital. Era o seu quarto. Sua cama. Estava de banho tomado e de pijama limpo. Por quanto tempo ele dormiu? Como foi parar na sua cama? Ao tentar se mexer, tudo doeu e ele gemeu.- Você acordou.A luz foi acessa cegando os olhos de Pedro. Ele espalmou a mão contra a claridade.- Apaga essa merda, Rodrigo.Ao falar, Pedro sentiu o inchaço da boca, o gosto de sangue e a dor latejante.Rodrigo deixou a luz acessa e foi até a cama.- Como se sente, Pedro?- Morto.- Não foi dessa vez.- Sinto muito ter desapontado você.- Não fale muito para os pontos não se abrirem.Pedro abaixou a mão e deixou que seus olhos se acostumassem a claridade. Olhou em volta.- Como eu cheguei aqui?- Rafael e eu trouxemos você. Você veio andando, mas apagou de novo. O médico disse que é normal.- Normal? - Pedro estreitou os olhos que doeram. - Que porcaria me deram no hospital?-
Rodrigo corria em vão atrás de Henrique, um de seus dois filhos.- Anna, eu tô atrasado!Anna, furiosa, saiu da cozinha e tirou o filho de dentro do cesto de roupa suja.- Que droga de policial é você que não consegue pegar um garotinho de cinco anos?Rodrigo estava no limite. Anna voltou para a casa com as crianças e estava fazendo da vida dele um inferno. As crianças ficaram com os avôs alguns dias e voltaram fora de controle. Há uma semana sem delegado, a delegacia está um verdadeiro caos. Ele teve que emendar um plantão no outro. Sem Pedro para impor limites os presos começaram a colocar as asinhas de fora. E para completar o seu martírio, Rafael não está falando com ele. Tiveram uma discussão boba durante uma ocorrência e Rafael usou isso para se afastar. Rodrigo não discutiu com a esposa. Pegou o filho dos braços dela e terminou de vesti-lo. Sempre deixa as crianças na escola antes de ir para o trabalho.- Cadê seu irmão?Henrique fez uma cara de
Rodrigo coçou a cabeça com o cano da arma. O sangue do seu filho estava na pistola .40 e também em suas mãos. Desolado, Rodrigo caiu ajoelhado no chão. O choro compulsivo sacudia todo o seu corpo. No seu rosto avermelhado as lágrimas se misturavam com a coriza que escorria do seu nariz. Anna também no chão, embalava Henrique nos braços. Em estado de choque, a esposa tinha o olhar perdido no vazio. Henrique olhou para ele.- Papai, nós também vamos para o céu?A dor transpassou a alma de Rodrigo.Pedro abaixou o celular. Rodrigo tinha encerrado a ligação. Era inútil ligar outra vez. Pedro decidiu partir para o plano B. O arriscado plano B. Se aproximou de um dos Investigadores.- Eu quero uma chave micha agora.O Investigador arregalou os olhos.- Você não pode ...Pedro manteve o tom de voz baixo, porém firme.- Agora. Nós não temos tempo a perder com protocolos.O Investigador arriscou um olhar para o Secretário. Netto viu determinação em Pedro. O filh
Pedro viu a ambulância do SAMU ligar a sirene e sair escoltada por duas viaturas da Polícia Civil. Dentro da casa a Equipe da Perícia fazia o seu trabalho. O carro do IML aguardava a liberação do corpo. Pedro se viu cercado de repórteres e microfones apontados para a sua cara.- Delegado, como se sente com esse ato heróico de salvar a vida dos reféns e preservar a vida do sequestrador?Pedro se irritou com a pergunta. Mas antes que pudesse dar uma resposta atravessada, veio outra pergunta.- Delegado, o senhor voltou a trabalhar após a briga com o delegado adjunto?E mais outra.- O pai será preso?Pedro viu na pergunta uma oportunidade. Olhou para a câmera.- Não. O nosso bom Governador e o Secretário de Segurança Pública vão entender que Rodrigo agiu por impulso. Ele não é um criminoso. O que aconteceu aqui hoje foi uma fatalidade.Pedro não respondeu as outras perguntas.O Secretário ficou frente a frente com Pedro.- Você entrou lá sozinho, liber
Rodrigo rodeado dos colegas de trabalho, se aproximou do caixão do filho. Parecia um anjo dormindo. Sedado e cego pelas lágrimas, ele foi sentado. Aquilo não parecia ser real. Era um pesadelo e ele só queria acordar. Se lembrou do cano duro e frio da arma em sua cabeça e em seguida a dor queimada no bíceps direito. O resto foi uma sequência de imagens borradas e surreais. Não conseguiu olhar para os pais, nem para Anna e muito menos para Henrique no colo de Zoe. Após o enterro não será mais marido e nem pai. Anna não voltará para casa e muito menos deixará ele chegar perto de Henrique outra vez. Só conseguiu olhar para uma pessoa. E ele também o olhava de volta. "Você já tem em mim seu lugar".Muito abalado, Rafael foi até Rodrigo. Se inclinou e o abraçou. Sussurrou em seu ouvido.- Eu sinto muito. Pode contar comigo para o que precisar.- Obrigado. - Rodrigo passou o braço esquerdo em volta dos ombros de Rafael.Raf