Hunter observa a tela do celular, um nó se formando em sua garganta diante da animação de Audrey. Ela desliza o dedo pela tela, revelando as várias montagens que fez, inclusive deles dois com o bebê no meio.— Nossa família é linda, não é? — Pergunta Audrey, se jogando nos braços dele com um sorriso radiante. — Em breve, nosso bebezinho estará conosco, Hunter. Meu filho será tão lindo quanto o pai.Hunter sente um aperto no peito ao ouvir as palavras de Audrey, seu coração pesado com a ilusão que ela criou. Com delicadeza, ele afasta-a de seus braços e levanta-se, encarando-a de cima com uma expressão que revela seu incômodo e angústia diante daquela conversa.— Audrey, nós não somos uma família. — Murmura Hunter, sua voz quase um sussurro carregado de tristeza. — Queria que as coisas fossem diferentes, principalmente por você, mas não são. Você não está grávida.— Como não, Hunter? Sinto o meu bebê aqui dentro. — Afirma, pousando as mãos sobre a barriga, seus olhos fixos nos dele, im
Hazel sente-se sufocada naquele pequeno espaço, principalmente na presença de Hunter, cujo olhar penetrante parece examiná-la em busca de uma resposta. Um suspiro de alívio escapa de seus lábios quando as portas se abrem, oferecendo uma fuga daquela situação.— Acredito que não, senhor Hill. — Responde Hazel, suas palavras soando um pouco trêmulas, enquanto ela sai apressada do elevador, buscando alívio na sensação de liberdade que o corredor lhe proporciona.Atordoada pela pergunta dele, ela caminha apressada, os passos ressoando pelo corredor até que, sem rumo certo, é obrigada a parar em frente à mesa da secretária.— Como você tem tanta certeza, senhorita Lee? — Sussurra Hunter próximo ao seu ouvido, provocando um leve sobressalto nela, que se vira rapidamente para encará-lo.— Eu me lembraria, sua presença com certeza não passaria despercebida. — Responde, enquanto se repreende mentalmente pela própria impulsividade. Observa o sorriso convencido nos lábios dele, uma mistura de ir
Hazel encara por um momento a foto de Hunter na ferramenta de conversa, antes de fechar rapidamente o notebook, sacudindo a cabeça para afastar os pensamentos que invadem sua mente. Enquanto atravessa o corredor, ela nota o olhar gentil de Georgina, que sorri instruindo-a a seguir em direção à sala de Hunter. Ao se aproximar da imponente porta, ela dá batidas leves.— Entre. — Ordena Hunter, seu olhar fixo na porta.— Com licença, senhor Hill. — Pede Hazel, ao adentrar a sala.— Por favor, sente-se. — Instrui, indicando o lugar à sua frente para ela.Hazel caminha pela sala com uma postura que tenta transmitir confiança, mas o olhar expressivo de Hunter, a deixa visivelmente nervosa. Ela se acomoda em silêncio, desviando o olhar dele.— Então, onde está? — Questiona, fazendo-a erguer o olhar e encará-lo com uma expressão confusa.— Onde está o quê? — Questiona, imediatamente arrependida ao notar o arquear de sobrancelhas dele e o sorriso sarcástico que se desenha em seus lábios.— Um
Hazel sente-se incomodada ao perceber que todas as empresas são iguais. Afinal, ela só compareceu ao evento que deseja esquecer, porque Liam a obrigou, e agora novamente se sente pressionada a fazer algo que não deseja.— Se no passado me dissessem que teria que lidar com pessoas o tempo todo, teria escolhido outra profissão, quem sabe alguma que lide com animais? Com certeza seriam muito melhores que as pessoas desse meio. — Resmunga, dando uma leve risada pela comparação.Com apenas uma opção plausível que não comprometa sua vaga, Hazel busca por Owen na ferramenta de conversas e envia uma mensagem para ele.“Senhor Smith, está bem, irei ao coquetel.”— Desta vez, eu mesma irei buscar minhas próprias bebidas. — Murmura, um suspiro amargo escapando de seus lábios.Voltando-se ao trabalho com renovada determinação para não falhar novamente. Próximo do meio-dia, faz uma pausa e pega o celular, franzindo a testa ao perceber as várias chamadas perdidas de Liam e Alexander.— Pelo visto,
Hazel ergue a taça com água, trazendo-a aos lábios com um tremor evidente, enquanto enfrenta o olhar de Hunter, que parece julgá-la antes mesmo de ouvir suas palavras. Suas mãos vacilantes denunciam o nervosismo que a consome, e o som sutil ao soltar a taça sobre a mesa ecoa no silêncio tenso que os envolve.— Se o senhor continuar a desconfiar de mim, com certeza este não é o meu lugar. — Declara Hazel, com um tom repreensivo, quebrando o silêncio constrangedor.— Ainda não expressei nenhuma opinião. — Responde Hunter, com seriedade, enquanto a encara.— Não é necessário dizer quando seu olhar já deixa claro o que pensa. — Rebate Hazel, tentando manter sua postura firme. — Não aprecio constantes julgamentos, especialmente quando estão equivocados.— Evite rodeios, senhorita Lee, e seja objetiva. Como obteve essa informação? — O senhor Wesker, mencionou os problemas com os parceiros da província de Sichuan ontem, durante minha visita ao grupo GreenWave. — Responde, notando os olhares
Enquanto almoça, Hazel enfrenta as inúmeras tentativas de ligações de Liam, desejando profundamente que ele simplesmente desaparecesse. Consciente de que ele não a deixará em paz, ela decide finalmente atender.— O que você quer, Liam? — Questiona Hazel, sua voz transparecendo claramente sua irritação.— Viajei por longas horas, estou exausto, então veja bem como fala comigo. — Repreende Liam, deixando transparecer a ira que o consome.— O que você deseja, senhor Murray? — Pergunta, com um sutil deboche na voz.— Prefiro você gemendo assim, no meu ouvido. — Provoca, ouvindo o resmungar dela do outro lado da linha. — Vai brincando, Hazel, vai brincando. Apenas uma ligação minha e sua vidinha perfeita irá desmoronar. Será o dinheiro mais bem gasto da minha vida.— Liam, ando tão estressada ultimamente que não me parece ruim receber dois milhões de dólares. — Responde, levando o copo de suco aos lábios. — Tenho certeza de que um dia Kristen irá me perdoar. Afinal, não transei com um desc
Hunter avança na direção dela, cada passo reverberando na sala. Ao parar diante dela, seu olhar intenso parece envolvê-la por completo. Um sorriso sutil brinca em seus lábios enquanto ele estende a mão na altura da cintura dela, um gesto que faz a respiração de Hazel acelerar. — O que você pensa que está fazendo? — Questiona Hazel, suas mãos instintivamente pousando no peito dele, numa tentativa de manter alguma distância.— Estou tentando pegar minha camisa, que você está amassando. — Responde Hunter, seus olhos observando a expressão envergonhada dela. Hazel lança um rápido olhar para trás e percebe a camisa no encosto da cadeira. — O que foi? Pensou que eu fosse te agarrar?— O senhor não poderia pedir licença? — Questiona, tentando manter a postura, embora seu coração acelere com a proximidade dele.— Poderia, mas a senhorita parece uma estátua, e, além disso, acredito que não foi nenhum incômodo, considerando que você segue com as mãos no meu peito. — Provoca, com um sorriso sat
Hazel observa o sorriso sutil nos lábios de Hunter, enquanto as palavras de Liam ressoam em sua mente, deixando-a desconfortável com o duplo sentido implícito. Com determinação, ela coloca as mãos na cintura e encara Hunter com firmeza.— Seria possível manter uma postura mais profissional? — Indaga Hazel, mantendo sua expressão séria. — Não creio que insinuações desse tipo sejam apropriadas em um ambiente corporativo, especialmente após aceitar um acordo que proíbe questionamentos à minha integridade.— Insinuação? — Questiona, cruzando os braços sobre o peito. — Por favor, explique-se. — Pede, embora já tenha uma ideia do que ela está se referindo.— Por favor, não finja que não entende o que estou dizendo. — Reclama, aproximando-se da mesa com firmeza. — Não preciso repetir o contexto dessas palavras, acho que p...— Senhorita Lee, não tenho a intenção de te levar para cama. — Interrompe, deixando-a sem graça. — Suas habilidades técnicas são o que mais me interessa neste momento. —