113 - O bater de seus corações

Hunter se apoia no parapeito da sacada, os olhos fixos na paisagem, enquanto as lembranças de sua infância o invadem. Ele se lembra dos momentos felizes em família, antes dos acontecimentos que despedaçaram a dinâmica familiar. A nostalgia o consome, fazendo com que cada recordação seja um golpe no coração. Ele esvazia a garrafa de vinho, mas a sensação de vazio e desespero permanece. Com um suspiro pesado e um coração apertado, Hunter desce as escadas em busca de outra bebida. Uma risada sarcástica e amarga escapa de seus lábios ao perceber que está seguindo exatamente os passos de seu pai, mas ele rapidamente afasta aquele pensamento, tentando se distrair.

Ao entrar na cozinha, o toque insistente do celular chama sua atenção. Ele se aproxima lentamente, pega o aparelho e atende, sua voz carregada de exaustão.

— Você está bem? — Questiona Hunter, tentando esconder a vulnerabilidade em sua voz.

— Sim, estou bem. — Responde Hazel, com a voz baixa. — Podemos conversar um pouco? — Pergun
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