NIKOLAYFicar a saber que o tal Roberto havia feito mais vítimas, mexeu comigo, ao ponto de não conseguir disfarçar.Após contei tudo, mas sem detalhes, já que havia visto as fotos, o clima dentro do carro ficou difícil.Então resolvi provocar a baixinha.A conversa depois disso ficou animada, contando casos dentro do carro.Contei histórias dos pais de Meire e Ricardo, de quando eram solteiros, como conheceram as mães deles, como elas foram duras com eles.Os jovens riram muito.Falei do pai de Briana também, porém, ela sabia de todas as atrapalhadas do 'Gdaboiada', já estávamos a poucos quilómetros da fazenda quando a bomba virou para o meu lado.— Senhor Nikolay, está a falar do pai de patroa, mas e o senhor. Meire deve passar álcool em gel antes de entrar nele. — Ricardo falou brincando, mas essa brincadeira, deixou um certa baixinha de bico, deu para ver pelo retrovisor, achei lindo, ciumes será, isso é bom.— Não irei negar. A mulherada cai fácil no colo de um peão de rodeio, ai
BRIANAA semana estava muito produtiva, durante o da ficávamos na lida até as oito da noite, e quando chegávamos em casa, apenas tomar um banho, jantar e dormir.As vezes sentia o olhar de Nikolay em mim, esse homem quer acabar com o meu juízo.A foto que Meire postou no site, onde aparece nós dois, fez muito sucesso, os comentários são de todo tipo, mas a maioria desejando sucesso, ao "casal", pronto, agora todos acham que somos um casal.No último dia de trabalho, segui mais cedo com Meire para a casa, iríamos organizar a parte burocrática, no caminho encontramos a esposa de um dos peões, acabei fazendo amizade com todos ali.-Boa tarde dona Rosa!-Boa tarde patroa! Gosta de araticum?— Gosto, de fruta gosto de todas, na verdade, não tenho frescura para comer.— Então vou no pomar na volta deixo alguns para vocês na casa.— Fico agradecida, estaremos lá.Ela seguiu o seu caminho Meire e eu o nosso.Meire tem ajudado muito, por isso o trabalho estava todo pronto, em menos de uma hora
NIKOLAYO meu pai contava que aos sete anos subi no primeiro touro bravo, e segurei firme os oito segundos.Oito segundos quando se está em cima de um touro, parece uma eternidade, apenas quem já passou por isso sabe o que digo, o mundo em volta parece parar, os segundos parecem andar em camera lenta.Desde o meu primeiro pulo, nunca mais tive medo de nada, sempre desafiando tudo que vinha na minha frente, não me considero um homem fraco.Quando perdi os meus pais, sim, fiquei abatido, mas não havia mais nada para ser feito, por isso vesti uma máscara de forte e segui em frente.Mas hoje, quando entre na casa e vi Briana, ainda em pé, segurando a barriga que sangrava, percebi que não sou nada, um fraco, um ninguém.Precisava ser forte por ela naquele momento, fui a dar as ordens e carregando ela em meus braços, para o primeiro carro disponível.Ela ainda sorria, falando com calma.Ricardo e Meire são de confiança dela, então também são de confiança minha, ficaram para organizar tudo,
NIKOLAYAbraçado a minha avó, que tem sido o meu porto seguro desde a morte dos meus pais, consegui parar de chorar.— Como a senhora chegou tão rápido?— Bem, a cidade está no meio das duas fazendas. Sem falar que não foi tão rápido assim. Faz mais de uma hora e meia que recebemos a notícia. Lúcio e Paulo seguiram para fazenda, ajudar Meire e Ricardo.— Eles são garotos esperto, e continuam a ser instruídos por Briana, vão longe.— Sim, Meire gravou toda a confusão sem o malandro perceber, isso vai acabar de vez com ele, que confessou ainda mais coisas erradas.-A policia já foi prende-lo?-A policia sim! O socorro parece que ainda não havia chegado lá. Briana acertou ele na mão e joelho. E a nossa menina como está?— Ninguém me diz nada vovó. Quero acreditar que isso seja um bom sinal.— Ela vai sair dessa. Você ainda vai ter muito tempo para conquistar a confiança da sua baixinha.— Não vou negar, que estou a tentar, conquistá-la. Mas, com ela quero coisa séria.— Eu sei disso. Dou
BRIANAEstou presa num sonho:SONHO"Um campo aberto, muito verde, flores coloridas, uma árvore com um balanço, sento ali. Alguém balança-me, sei que é. Sinto o perfume dele. Olho para trás, está ali, papai. Não digo nada, apenas o meu sorriso diz tudo. Fico em pé e ele me abraça. Fico ali, protegida. Então ele começa a falar: "Briana, minha baixinha, perdão por partir tão cedo. Queria estar aí ao seu lado, queria ter sido eu a te apresentar o seu futuro marido, ele é bom, pode acreditar, bom homem, honrado, e vai proteger-te de tudo que está por vim. Sei que você já ama ele, assim como ele te ama, apenas precisa confiar nele. Preste atenção, os inimigos de vocês são muitos, mais do que vocês imaginam, porém, o amor de vocês é muito forte, irá superar tudo, unidos vocês irão limpar o nosso passado para receber o meu neto, que por favor não coloque o meu nome. Eu te amo filha! Agora volta, pois o seu peão está a mais de uma semana, nesse hospital, te esperando. Isso é uma grande prova
BRIANAA médica saiu e eu fui tomar um banho, consegui fazer tudo sozinha, mas devagar.Tinha uma bolsa com roupas, por sorte um vestido largo, que não iria apertar a minha barriga.Não consegui fazer as minhas tranças nem pentear o cabelo, pois doía ainda quando subia o braço.Saí chateada do banheiro, encontrando Nikolay parado na porta.Ele olhava sério para mim, não sei o porquê.— Fala, pode rir, sei que quer rir da situação do meu cabelo. — Falei fazendo bico.— Porque não me esperou. Ia te ajudar. Briana, estou aqui por você, não seja teimosa, apesar de já está sem os pontos, ainda precisa de repouso. Agora vem, eu vou cuidar do seu cabelo.Isso, acabo de levar uma bronca, nem acredito, ele falou mesmo que era para eu esperar, esperar o que, como assim, ele acha que ia dar-me banho. Como assim vai pentear o meu cabelo?Acho que a minha cara entregou-me, pois ele começou a rir, na verdade, gargalhar, enquanto me levava até uma cadeira.— Primeiro, se tivesse esperado, iria chama
NIKOLAYApós aquele sonho acordar e ver a minha baixinha acordada foi uma alegria sem fim.Logo após conversar com vovó a médica apareceu no corredor, e passou as recomendações, ela disse que ficaríamos até após o almoço no hospital ainda.Quando entrei no quarto, não encontrei ela, mas escutei o barulho do chuveiro, a teimosa deve estar a fazer arte, deveria ter esperado.Ela saindo com aquela carinha embirrada, foi fofo, ela ainda sentia dor para mexer o braço, por isso fui cuidar do cabelo dela.Contei a minha aventura como cabeleireiro mirím, acabamos conversando sobre o tal Roberto, estou agora aqui arrumando as coisas dela, que quer fazer tudo sozinha.-Nikolay, eu posso juntar as minhas coisas, não parece certo você mexendo na minha roupa íntima. — Ela falou corada.Então resolvi provocar. Peguei uma calcinha preta de renda que estava no canto da mala.— Olha para ser sincero já vi muitas calcinhas, mas essas com toda a certeza, são as mais lindas, perfeitas, caras, pequenas e
BRIANAO que esse homem quer falando assim, o meu pobre coração bate acelerado, enquanto a minha mão está grudada na dele, mas não consigo soltar.Briana, acorda, o que ele quer é fácil, levar-te para a cama dele, s***, é o que ele quer.Quando o carro para na frente da casa, o meu sorriso é sincero, pois fazia tempo que não tinha um lugar de pertencimento, onde sentia que era um lar realmente.No meu sítio, eu passava pouco tempo, era apenas trabalho, até porque era sozinha, voltar para quê? Para quem?Aqui não, aqui sei que tem alguém me esperando, preocupada comigo.Ela já veio direto para mim, abrindo a porta do carro, e dando-me um abraço, que aqueceu o meu ser de tanto carinho.-Briana, a minha neta, como estava com saudade, preocupada, bom que está em casa agora.— Eu também não estava aqui, lembra vovó! -Nikolay fez graça, se fazendo de ofendido.— Para Nikolay, você sabe o que estou a dizer. A nossa Briana deu um bom susto em todos aqui. Agora, momento de comemorar a sua volt