NIKOLASFazia as coisas no automático, sem pressão, apenas porque queria fazer, amava andar com ela e as crianças.As cadeirinhas, o aparelho de vídeo, tudo fiz por elas.Percebi alguns marmanjos olhando para ela, que nem percebe o quanto é linda.Indo para fazenda, percebi a sua admiração com a paisagem.A nossa região e privilegiada, o motivo, cuidamos e preservamos.No mercado, havia percebido que ela não pegou as coisas que as crianças queriam, sempre dizendo, precisamos economizar, então eu peguei e paguei.Na casa, ela gostou do lugar, achei que por ser da cidade, não iria gostar desse jeito rústico.As crianças, já estão a chamar Geovane, de tio também.Enquanto eles conversavam, ela fez um gesto para a acompanhar ela até a cozinha.— Algum problema Lúcia? Já sei, são as panelas.— Não, aqui tudo é perfeito, essa casa parece um sonho, mas quero falar sobre as coisas que comprou no mercado, e deixou aqui na cozinha.— São para as crianças. Por favor, não recuse.— Senhor Nikolas
GEOVANESer filho de Briana e Nikolay, é ser eternamente cobrado, não por eles, os nossos pais são os melhores, sem cobrança, sempre cuidando da gente, dando muito amor, não poderia pedir pais melhores.Mas, desde muito cedo, tudo que fazíamos certo, era por sermos os filhos deles, se fazíamos errado, nossa, logo os filhos deles.Talvez por isso acabamos criando um mundo nosso, os nossos segredos, nossos esconderijos.Brenda foi a que mais sofreu, mas sabia que uma hora ela e Victor iriam se encontrar novamente, e o amor quando é verdadeiro como o deles, não é separado por nada.Eles estão unidos, lutando por meu sobrinho Vinicius.Claro que ficou para Nikolas o papel de cuidar da fazenda.Logo agora que professora Bete, precisou sair quase correndo para poder cuidar do marido, todos aqui na fazenda iremos sentir falta deles.Nem Nikolas, nem eu pensamos muito quando o contador ligou tarde da noite, falando da professora.Mas, pensando agora, realmente fomos irresponsáveis, sabemos qu
LÚCIAFazer o jantar para os donos da fazenda, deu um frio na barriga, então lembrei do almoço com Nikolas, ele não parece o tipo rico cheio de luxo, assim como era o meu falecido.Tenho que parar essa comparação.Ele organizou os mantimentos no armário, picou as verduras.Os meus filhos amam macarrão com frango, foi o que fiz. Acompanhado de salada.Com todos na mesa Geovane deu uma gargalhada e falou algo que me deixou envergonhada:— Lúcia, que já querendo agradar o Nilas, esse é o prato preferido dele.Percebi que Nikolas ficou corado, assim como eu, nem um dos dois conseguiu falar algo.Os meus filhos também não estão a ajudar, pediram para eles ler uma história do Voador para eles, achei que seria uma leitura sem graça, mas ele surpreendeu a todos, fez gestos, mudou a voz, parecia que conhecia a história.Ver ele indo, deixou um vazio no peito, o que é será que está a acontecer comigo, não posso iludir-me, para de sonhas Lúcia, ele é um homem fora da sua realidade.Dormi muito b
LÚCIANo sábado pela manhã, após as crianças, terem saído para ir conhecer a fazenda do cunhado de Nilas, resolvi seguir os conselhos de Maria, que tem sido uma grande amiga, fui à moça que tem um salão aqui, tirar um tempo para mim, e gastar comigo também.Antes de sair, uma senhora com uma menina chegou num tipo de carroça, que descobri depois chamar charrete.— Bom dia professora Lúcia!-Bom dia! Em que posso ajudar.— Professora, sou Cida e essa e a minha filha Barbara. Hoje a noite faremos o aniversário dela lá no sítio, fica aqui perto. Sei que está em cima da hora, mas essa menina ira ficar doida se não viesse trazer o seu convite.A mulher entregou um convite delicado, onde pude descobrir que a menina faria oito anos.— Ela vai ser uma das suas alunas. Liguei para o senhor Nikolas, ele e o irmão também irão, disse que leva a senhora e os seus filhos.— Sendo assim agradeço, e irei. Obrigada Cida.— A senhora saía ia onde?— Vou passar uma cor nas unhas.— Suba levamos a senhor
NIKOLASUm a noite antes de voltarmos para casa, depois de tudo resolvido para Brenda e Victor, mamãe chamou-me para conversar.Sabia que Brenda e Geovane não iriam dizer nada sobre Lúcia e as crianças.Mas, sei que madrinha Ana, Maria, as outras mulheres da fazenda não eram tão confiáveis, e não guardavam nada de mamãe.Dona Briana é um exemplo em tudo que faz, mamãe é a melhor, em tudo.Principalmente nas brigas, até hoje escuto o povo contando como ela ajudou papai quando veio para a fazenda, como enfrentou um bandido, acabou levando um tiro por isso, como colocou para correr uma interesseira, que queria envenenar ela e vovó, como enfrentou a própria mãe.Sim, estou com medo da forma que ela vai ver Lucia, pois estou apaixonado por ela, irei lutar por esse amor, mas não queria mamãe contra isso.Sentamos na varanda da casa da cidade.— Quantas coisas nesses dias.— Verdade, mas tudo se resolveu.— Sim, Brenda e Victor sempre deveriam estar juntos.— Mas, se ela tivesse revelado o a
LÚCIAFazia alguns dias que Nikolas estava na cidade.Cidade, nunca imaginei pensar na cidade, como algo longe, distante do meu mundo.Pois é assim que ando a pensar, acho que nasci no lugar errado.Nunca havia ido se quer num sítio, agora acordar com o cantar do galo, ver os meus filhos indo à mangueira buscar o leite fresco, conversar com as vizinhas, comer pão quentinho.Esse lugar já me conquistou.Mas, não quero ser hipócrita, a presença de um certo alguém aqui, facilitou muito.Estou com saudade do bom dia dele, a sua pescadinha, que me deixa corada.Sei que não devo sonhar, mas sim, já sinto algo por Nikolas, não apenas por ele estar a ser maravilhoso com os meus filhos, mas porque o meu lado mulher deseja ele, como nunca desejou nem um homem.Um desses dias ele tirou o pouco juízo que eu tinha, estava no escritório, de lá, tenho a visão da mangueira, então vi ele chegando. Estava um dia quente, ele tirou a camisa, e entrou debaixo de um chuveiro que existe ali, para eles se re
LÚCIAO casal na porta, era um complemento um do outro, dava para ver a cumplicidade ente eles, a forma que ele olhava para ela.— Professora Lúcia, prazer em conhecê-la. Sou Briana esposa desse moço bonito aqui, Nikolay. Podemos entrar.— Claro, por favor, bom dia! — Estava toda atrapalhada, ainda mais com o que ela tinha na mão.— Lúcia, viemos dar-lhes as boas-vindas, a nossa fazenda, dizer que ficamos felizes por aceitar o convite para ajudar na educação desses pequenos. Esse é um presente para você.Não consegui disfarçar, uma lágrima desceu por meu rosto, deixando dona Briana preocupada.-Lucia, minha linda, desculpe por falar algo inapropriado.-Não, desculpe. Desculpe crianças, a professora ficou emocionada com o presente. — Falei cheirando a flor. — Crianças, esses é o lírio azul, representa segurança, bons sentimentos, estabilidade e confiança. Além de serem lindos. O lírio é uma flor majestosa, cada cor tem uma cor, sei disso, pois os meus pais sempre colocavam um desses na
NIKOLASÍamos voltar para fazenda logo de manhã, mas mamãe disse que precisava fazer compras.Então lembrei, que as crianças, haviam dito que as coisas delas, tinham sido tomados pela mãe do pai delas.Fui numa loja de roupas infantis, lá comprei conjuntinhos, de roupas, básicas, para eles poderem andar na fazenda a vontade, nada chique, mas nada muito simples.Comprei também alguns brinquedos, para Luciano, carrinho e tratores de madeira, ele viu os que tenho em casa e gostou, serão dele, mas enquanto não conquisto a mãe dele, ele vai ter os dele. Para Lua, comprei bonecas de pano.Comprei uma roupa para Lúcia também, percebi que ela está sempre da mesma forma, deve ter comprado mais roupa para os filhos, o que me faz admirar ela ainda mais. Comprei uma roupa country e um vestido rodado e florido, e claro um chapéu, igual para eles.Voltamos para fazenda após o almoço.Quando chegamos, passei na frente da casa de Paulo e já peguei as crianças.Cheguei em casa, os meus pais nem entrar