LÚCIAFazia alguns dias que Nikolas estava na cidade.Cidade, nunca imaginei pensar na cidade, como algo longe, distante do meu mundo.Pois é assim que ando a pensar, acho que nasci no lugar errado.Nunca havia ido se quer num sítio, agora acordar com o cantar do galo, ver os meus filhos indo à mangueira buscar o leite fresco, conversar com as vizinhas, comer pão quentinho.Esse lugar já me conquistou.Mas, não quero ser hipócrita, a presença de um certo alguém aqui, facilitou muito.Estou com saudade do bom dia dele, a sua pescadinha, que me deixa corada.Sei que não devo sonhar, mas sim, já sinto algo por Nikolas, não apenas por ele estar a ser maravilhoso com os meus filhos, mas porque o meu lado mulher deseja ele, como nunca desejou nem um homem.Um desses dias ele tirou o pouco juízo que eu tinha, estava no escritório, de lá, tenho a visão da mangueira, então vi ele chegando. Estava um dia quente, ele tirou a camisa, e entrou debaixo de um chuveiro que existe ali, para eles se re
LÚCIAO casal na porta, era um complemento um do outro, dava para ver a cumplicidade ente eles, a forma que ele olhava para ela.— Professora Lúcia, prazer em conhecê-la. Sou Briana esposa desse moço bonito aqui, Nikolay. Podemos entrar.— Claro, por favor, bom dia! — Estava toda atrapalhada, ainda mais com o que ela tinha na mão.— Lúcia, viemos dar-lhes as boas-vindas, a nossa fazenda, dizer que ficamos felizes por aceitar o convite para ajudar na educação desses pequenos. Esse é um presente para você.Não consegui disfarçar, uma lágrima desceu por meu rosto, deixando dona Briana preocupada.-Lucia, minha linda, desculpe por falar algo inapropriado.-Não, desculpe. Desculpe crianças, a professora ficou emocionada com o presente. — Falei cheirando a flor. — Crianças, esses é o lírio azul, representa segurança, bons sentimentos, estabilidade e confiança. Além de serem lindos. O lírio é uma flor majestosa, cada cor tem uma cor, sei disso, pois os meus pais sempre colocavam um desses na
NIKOLASÍamos voltar para fazenda logo de manhã, mas mamãe disse que precisava fazer compras.Então lembrei, que as crianças, haviam dito que as coisas delas, tinham sido tomados pela mãe do pai delas.Fui numa loja de roupas infantis, lá comprei conjuntinhos, de roupas, básicas, para eles poderem andar na fazenda a vontade, nada chique, mas nada muito simples.Comprei também alguns brinquedos, para Luciano, carrinho e tratores de madeira, ele viu os que tenho em casa e gostou, serão dele, mas enquanto não conquisto a mãe dele, ele vai ter os dele. Para Lua, comprei bonecas de pano.Comprei uma roupa para Lúcia também, percebi que ela está sempre da mesma forma, deve ter comprado mais roupa para os filhos, o que me faz admirar ela ainda mais. Comprei uma roupa country e um vestido rodado e florido, e claro um chapéu, igual para eles.Voltamos para fazenda após o almoço.Quando chegamos, passei na frente da casa de Paulo e já peguei as crianças.Cheguei em casa, os meus pais nem entrar
LÚCIAO que é tudo isso?Primeiro esse homem de camiseta, com esses braços fortes, na sala o dono da fazenda, fazendo trancinha no cabelo da minha filha.Nikolas apresentava, a casa, que era linda, então parou na porta de um quarto, e olhou-me, com um sorrisinho, que dá um frio, ou calor, será que é o quarto dele.— Esse quarto era nosso quando crianças. Agora vai ser o quarto de Vini, Lua e Luciano.Ele abriu a porta, um quarto espaçoso, com três camas de solteiro, em duas delas, tinham sacolas, foi quando lembrei, Lua já estava com uma roupa nova, havia tomado banho. Olhei para ele já nervosa, como assim.— Que roupa era aquela que Lua usava não me diga que eram da época que a sua irmã era criança.— Não, nunca, aquelas roupas são de Lua, que ue comprei, como as de Luciano. Mas, não precisa ficar com ciúmes, comprei-lhe também.-Mas...-Sem mais dona orgulhosa. Vamos terminar logo esse passeio, antes que achem que estamos a providenciar mais netos aqui em cima, por esse motivo, não
LÚCIAO restante da semana, foi tranquilo.Dentro do possível, os meus filhos, já não ficam mais comigo.Logo de manhã, Nikolas busca eles, após tirarem o leite, volta tomam café da manhã comigo, depois somem.Lua está grudada em dona Briana, disse que quer ser veterinária, como Nikolas.Luciano grudado com Nikolas, em cima do cavalo, no começo era no mesmo, agora, o meu filho de quatro anos, anda sozinho num cavalo.Já me convidaram para o churrasco que terá domingo, Brenda, marido e o filho estaram aqui.Com pouco tempo também quis ajudar, por isso as mulheres pediram que fizesse os potinhos de doce de leite, que seriam servidos com queijo.Por isso na sexta-feira quando cheguei da escola, já comecei os preparativos, Nikolas veio para casa, mais cedo, acendeu o fogão a lenha, e me ensinou como manusear.O meu doce ficou ainda melhor.Terminei já passava das nove da noite, nem percebi o tempo passa.Foi quando lembrei que não havia colocado as crianças na cama.Quando fui ao quarto d
BRIANAO meu mais velho está apaixonado, já consigo ver o casamento dele e Brenda aqui na fazenda.Conheci pessoalmente Lúcia, que mesmo sendo mãe, viúva, tem um jeito de menina.Dá para ver que está um pouco perdida, mas sei que o meu filho saberá cuidar dela.Nikolas tem um jeito, distraído desde pequeno, os professores até reclamavam, levei em médicos e tudo, não tinha nada, nos teste, descobrimos que tem um QI a cima da média, mas discreto, não gosta de ficar a falar que conseguiu cursar mais de uma faculdade ao mesmo tempo.Porém, tem um coração gigante, e sim, nesse coração já está a morar, a minha nora Lúcia e os meus netos Lua e Luciano.Brenda, está diferente, mais mulher, mais segura.Mas, chegou chamando a outra de cunhada, o que a deixou assustada, não mais do que Lua falou, mas elas estão certas.Estava com o jipe, levei elas para perto do campo, Paulo e Nikolay eram os juízes.Cada funcionário recebeu o seu vale cerveja, ali tinha a arquibancada, e os quiosques em volta
NIKOLASPosso confirmar com toda a certeza, papai educou dois homens, que sabem até podem ir, que sabem respeitar uma mulher.Ele sempre falava, um NÃO de uma mulher, sempre vai ser um não, não existe ela está a fazer charme, respeite o não, para merecer o sim. Uma mulher que tomou mais de três cervejas, não tem mais o mesmo raciocínio, de quando ainda estava apenas na água, o que vale para um motorista, vale para uma mulher também, pois se ela senti desejos, sim, e talvez a bebida possa confundi-la, um homem de respeito, irá esperar, para o efeito da cerveja passar, se ela ainda quiser ótimo, se ela não quiser, você fez um favor para essa mulher, que não irá precisar se arrepender, ou cobrar você no futuro.Seja carinhoso com uma mulher ela lhe dará o paraíso, elas merecem tudo o que tem de melhor nesse mundo, seja homem, pense no prazer dela, não apenas no seu, se for assim, ela vai saber fazer-lhe feliz, apenas faça a sua parte de homem.Devo confessar, que já t*** com algumas, que
LÚCIAO que me deu, bebi além da conta.Chamei ele para dentro da minha casa, oferecia-me para ele.Mas, ele foi incrível, poderia ter aproveitado a oportunidade, não, ele foi respeitoso.Agora estou aqui procurando uma roupa para ir até a casa de Brenda, ou como ele disse a minha cunhada.Nikolas está perto de ser um homem perfeito, se não fosse tão bruto, ao ponto de nem querer ouvir falar sobre poemas, do meu escritor favorito, que descobri ser do senhor Nikolay, que nunca leu um dos contos infantis do Voador, mas ama os seus poemas.Nikolas por outro lado, nem fica perto quando começamos falar sobre.Irei aproveitar o almoço na casa de Brenda e pedir se ela entrega as cartas para Voador.Pontualmente uma hora depois, ele entrava em casa, nem batia mais, entrava direto.Dessa vez trazia uma flor na mão.— Lembrei de você, delicada e linda.— Obrigada!Falei toda corada, recebendo a flor.Saimos da fazenda, que parecia deserta.— Os seus pais não irão?— Eles já estão lá, Ge foi com