LÚCIANo sábado pela manhã, após as crianças, terem saído para ir conhecer a fazenda do cunhado de Nilas, resolvi seguir os conselhos de Maria, que tem sido uma grande amiga, fui à moça que tem um salão aqui, tirar um tempo para mim, e gastar comigo também.Antes de sair, uma senhora com uma menina chegou num tipo de carroça, que descobri depois chamar charrete.— Bom dia professora Lúcia!-Bom dia! Em que posso ajudar.— Professora, sou Cida e essa e a minha filha Barbara. Hoje a noite faremos o aniversário dela lá no sítio, fica aqui perto. Sei que está em cima da hora, mas essa menina ira ficar doida se não viesse trazer o seu convite.A mulher entregou um convite delicado, onde pude descobrir que a menina faria oito anos.— Ela vai ser uma das suas alunas. Liguei para o senhor Nikolas, ele e o irmão também irão, disse que leva a senhora e os seus filhos.— Sendo assim agradeço, e irei. Obrigada Cida.— A senhora saía ia onde?— Vou passar uma cor nas unhas.— Suba levamos a senhor
NIKOLASUm a noite antes de voltarmos para casa, depois de tudo resolvido para Brenda e Victor, mamãe chamou-me para conversar.Sabia que Brenda e Geovane não iriam dizer nada sobre Lúcia e as crianças.Mas, sei que madrinha Ana, Maria, as outras mulheres da fazenda não eram tão confiáveis, e não guardavam nada de mamãe.Dona Briana é um exemplo em tudo que faz, mamãe é a melhor, em tudo.Principalmente nas brigas, até hoje escuto o povo contando como ela ajudou papai quando veio para a fazenda, como enfrentou um bandido, acabou levando um tiro por isso, como colocou para correr uma interesseira, que queria envenenar ela e vovó, como enfrentou a própria mãe.Sim, estou com medo da forma que ela vai ver Lucia, pois estou apaixonado por ela, irei lutar por esse amor, mas não queria mamãe contra isso.Sentamos na varanda da casa da cidade.— Quantas coisas nesses dias.— Verdade, mas tudo se resolveu.— Sim, Brenda e Victor sempre deveriam estar juntos.— Mas, se ela tivesse revelado o a
LÚCIAFazia alguns dias que Nikolas estava na cidade.Cidade, nunca imaginei pensar na cidade, como algo longe, distante do meu mundo.Pois é assim que ando a pensar, acho que nasci no lugar errado.Nunca havia ido se quer num sítio, agora acordar com o cantar do galo, ver os meus filhos indo à mangueira buscar o leite fresco, conversar com as vizinhas, comer pão quentinho.Esse lugar já me conquistou.Mas, não quero ser hipócrita, a presença de um certo alguém aqui, facilitou muito.Estou com saudade do bom dia dele, a sua pescadinha, que me deixa corada.Sei que não devo sonhar, mas sim, já sinto algo por Nikolas, não apenas por ele estar a ser maravilhoso com os meus filhos, mas porque o meu lado mulher deseja ele, como nunca desejou nem um homem.Um desses dias ele tirou o pouco juízo que eu tinha, estava no escritório, de lá, tenho a visão da mangueira, então vi ele chegando. Estava um dia quente, ele tirou a camisa, e entrou debaixo de um chuveiro que existe ali, para eles se re
LÚCIAO casal na porta, era um complemento um do outro, dava para ver a cumplicidade ente eles, a forma que ele olhava para ela.— Professora Lúcia, prazer em conhecê-la. Sou Briana esposa desse moço bonito aqui, Nikolay. Podemos entrar.— Claro, por favor, bom dia! — Estava toda atrapalhada, ainda mais com o que ela tinha na mão.— Lúcia, viemos dar-lhes as boas-vindas, a nossa fazenda, dizer que ficamos felizes por aceitar o convite para ajudar na educação desses pequenos. Esse é um presente para você.Não consegui disfarçar, uma lágrima desceu por meu rosto, deixando dona Briana preocupada.-Lucia, minha linda, desculpe por falar algo inapropriado.-Não, desculpe. Desculpe crianças, a professora ficou emocionada com o presente. — Falei cheirando a flor. — Crianças, esses é o lírio azul, representa segurança, bons sentimentos, estabilidade e confiança. Além de serem lindos. O lírio é uma flor majestosa, cada cor tem uma cor, sei disso, pois os meus pais sempre colocavam um desses na
NIKOLASÍamos voltar para fazenda logo de manhã, mas mamãe disse que precisava fazer compras.Então lembrei, que as crianças, haviam dito que as coisas delas, tinham sido tomados pela mãe do pai delas.Fui numa loja de roupas infantis, lá comprei conjuntinhos, de roupas, básicas, para eles poderem andar na fazenda a vontade, nada chique, mas nada muito simples.Comprei também alguns brinquedos, para Luciano, carrinho e tratores de madeira, ele viu os que tenho em casa e gostou, serão dele, mas enquanto não conquisto a mãe dele, ele vai ter os dele. Para Lua, comprei bonecas de pano.Comprei uma roupa para Lúcia também, percebi que ela está sempre da mesma forma, deve ter comprado mais roupa para os filhos, o que me faz admirar ela ainda mais. Comprei uma roupa country e um vestido rodado e florido, e claro um chapéu, igual para eles.Voltamos para fazenda após o almoço.Quando chegamos, passei na frente da casa de Paulo e já peguei as crianças.Cheguei em casa, os meus pais nem entrar
LÚCIAO que é tudo isso?Primeiro esse homem de camiseta, com esses braços fortes, na sala o dono da fazenda, fazendo trancinha no cabelo da minha filha.Nikolas apresentava, a casa, que era linda, então parou na porta de um quarto, e olhou-me, com um sorrisinho, que dá um frio, ou calor, será que é o quarto dele.— Esse quarto era nosso quando crianças. Agora vai ser o quarto de Vini, Lua e Luciano.Ele abriu a porta, um quarto espaçoso, com três camas de solteiro, em duas delas, tinham sacolas, foi quando lembrei, Lua já estava com uma roupa nova, havia tomado banho. Olhei para ele já nervosa, como assim.— Que roupa era aquela que Lua usava não me diga que eram da época que a sua irmã era criança.— Não, nunca, aquelas roupas são de Lua, que ue comprei, como as de Luciano. Mas, não precisa ficar com ciúmes, comprei-lhe também.-Mas...-Sem mais dona orgulhosa. Vamos terminar logo esse passeio, antes que achem que estamos a providenciar mais netos aqui em cima, por esse motivo, não
LÚCIAO restante da semana, foi tranquilo.Dentro do possível, os meus filhos, já não ficam mais comigo.Logo de manhã, Nikolas busca eles, após tirarem o leite, volta tomam café da manhã comigo, depois somem.Lua está grudada em dona Briana, disse que quer ser veterinária, como Nikolas.Luciano grudado com Nikolas, em cima do cavalo, no começo era no mesmo, agora, o meu filho de quatro anos, anda sozinho num cavalo.Já me convidaram para o churrasco que terá domingo, Brenda, marido e o filho estaram aqui.Com pouco tempo também quis ajudar, por isso as mulheres pediram que fizesse os potinhos de doce de leite, que seriam servidos com queijo.Por isso na sexta-feira quando cheguei da escola, já comecei os preparativos, Nikolas veio para casa, mais cedo, acendeu o fogão a lenha, e me ensinou como manusear.O meu doce ficou ainda melhor.Terminei já passava das nove da noite, nem percebi o tempo passa.Foi quando lembrei que não havia colocado as crianças na cama.Quando fui ao quarto d
BRIANAO meu mais velho está apaixonado, já consigo ver o casamento dele e Brenda aqui na fazenda.Conheci pessoalmente Lúcia, que mesmo sendo mãe, viúva, tem um jeito de menina.Dá para ver que está um pouco perdida, mas sei que o meu filho saberá cuidar dela.Nikolas tem um jeito, distraído desde pequeno, os professores até reclamavam, levei em médicos e tudo, não tinha nada, nos teste, descobrimos que tem um QI a cima da média, mas discreto, não gosta de ficar a falar que conseguiu cursar mais de uma faculdade ao mesmo tempo.Porém, tem um coração gigante, e sim, nesse coração já está a morar, a minha nora Lúcia e os meus netos Lua e Luciano.Brenda, está diferente, mais mulher, mais segura.Mas, chegou chamando a outra de cunhada, o que a deixou assustada, não mais do que Lua falou, mas elas estão certas.Estava com o jipe, levei elas para perto do campo, Paulo e Nikolay eram os juízes.Cada funcionário recebeu o seu vale cerveja, ali tinha a arquibancada, e os quiosques em volta