Com Evans instalado no hospital Sr. Christian conseguiu relaxar um pouco e falou com a esposa onde estavam instalados e também ligou para Eleanor dando notícias sobre seu filho e não falou com Mariana, preocupado com a sua condição. Mariana já não tinha mais expectativas em relação a família Smith, pois até antes do acidente estava tudo acabado. Ela tinha planos de voltar para sua casa nos Estados Unidos e ter seu filho por lá. Ela ficaria por lá por um tempo e ninguém saberia sobre a sua gravidez, pelo menos até ela vir visitar os pais. Mas o anúncio de sua mãe sobre o conveniente não anúncio do término da relação deles, assustadoramente faziam Mariana suspeitar de algumas coisas, que na verdade nem queria pensar. Eleanor: Você precisa pensar em como deverá proceder daqui para frente. Porque seu noivo precisará muito de você. - entrou no quarto da filha, invadindo seus pensamentos. Mariana simplesmente tomou um grande susto e logo se virou para mãe com um olhar espantado. Mariana
É uma plantação de laranjas longo como uma via longa e enxergava o verde das folhas e as flores desabrochando. O cheiro peculiar invadia suas narinas. O caminho não acabava e todas as flores e também frutos estavam lá. Era tudo muito colorido, com flores brancas, folhas verdes e aquela cor alaranjada e cascorenta que levava a infância. O encanto das flores e do vento que as faziam soltar um perfume delicioso encantavam. O céu era azul, tão profundo e o sol com seu dourado fazia com que o cenário se tornasse uma tela viva, maravilhosa. Era o cheiro da vida, o cheiro de querer viver. E a infância voltou! E aquela criança estava correndo e brincando nos corredores entre as árvores, como se tivesse recebido um presente. Riso solto e muito para correr. Um corredor imenso que fazia as árvores parecerem longas e o fim não se aproximava. Evans ainda estava perdido em seus sonhos delirantes na cama do hospital. Ele já não estava mais correndo risco de morte, mas sua condição ainda era deli
Era uma viagem de quatro horas até a capital de carro. Mayara se acomodou no banco de trás e Flávia sentou-se ao lado de Jonas. No trajeto conversavam sobre várias coisas. Jonas: Quando chegarmos levarei vocês para o hotel e assim que se acomodarem iremos para o hospital. Mayara: Você pode me deixar no hospital, depois encontro com vocês é só me passar o endereço do hotel. - Mayara protestou. Jonas olhou rapidamente para Flávia e a mesma assentiu com a cabeça. Jonas: Iremos todos para o hospital então e depois ao hotel. Mayara sentiu-se aliviada e recostou sua cabeça no encosto do banco imaginando como está o homem que havia deixado a vida dela de ponta cabeça. Quando chegaram em São Paulo e as ruas eram levadas para o hospital onde ele estava, ela sentia seu coração acelerado. O carro parou em frente ao prédio imponente parecendo um hotel e não hospital. O que o diferenciava era o movimento de muitas pessoas com seus uniformes e jalecos. Os três se identificaram na recepção e Jo
Mariana cheia de remorsos abraçou seus sogros e começou a chorar. Não eram lágrimas por Evans, mas sim pelo que acabara de fazer. Ela sabia que o sentimento dos dois era verdadeiro, mas não estava disposta a desobedecer a sua mãe.Elanor: Onde já se viu tamanha audácia? Precisam proibir a entrada dela para visitar Evans. Celine olhou para os pais e para o Sr. Frederico tenta entender tudo o que aconteceu ali. Ela sabia que quem estava ganhando naquele momento era Mariana, mas sentia que precisava fazer alguma coisa.Os três seguiram rumo ao hotel. Era um hotel três estrelas, mas ficava no centro de São Paulo, Jonas deixou as amigas alojadas no quarto de hóspedes e logo que se acomodaram pediu um lanche para eles. Sentados em uma pequena mesa com quatro cadeiras na sala de jantar começaram a conversar.Flávia percebeu que a amiga havia somente mexido no lanche, mas não comeu nem um pedaço, apenas pegava, olhava fazia menção de colocar na boca, mas devolvia ao prato. Estava apenas brin
Na clínica, como Diego havia dito, estava vazio o local e Mayara conseguiu atendimento com o médico. Apresentou sua identificação do clube e não teve problemas. Ela entrou no consultório juntamente com a amiga. Cardiologista: Posso saber o que a traz aqui, senhorita? - Perguntou o médico com tamanha simpatia.Mayara: Então doutor, foi indicação médica e ontem tive um mal súbito e tive um leve desmaio. Tenho andado com o coração um pouco acelerado.O médico levantou-se da cadeira e se aproximou dela. Disse sentir-se na maca. Escutou seu coração e fez alguns exames ali mesmo. Como verificação de saturação, pressão e outros exames. Cardiologista: Quais seus hábitos alimentares? Você bebe ou fuma?Mayara: Sou atleta, por isso me preocupo muito com minha alimentação. Não bebo e nem fumo. Na maioria das noites durmo 8 horas por dia.Cardiologista: Solicitei uns exames e assim que ficarem prontos preciso que volte aqui. Pode marcar o exame com a recepcionista. Não precisa agendar a consult
Mayara estava de cabeça baixa lavando seu rosto na pia, ela levantou a cabeça rapidamente com o cabelo caindo no seu rosto. Olhou desesperada, através do espelho. Então se lembrou de que não havia se preparado para ter uma vida sexual ativa. E quando estava com Evans não se lembrava de nenhum tipo de proteção.Mayara: Não pode ser!Secou o rosto e pegou a amiga pela mão. Elas passaram por Jonas, e sem falar nada com ele saíram correndo em busca de uma farmácia. Dentro da farmácia.Flávia: O que estamos procurando?Mayara: Teste de gravidez. - Ela pegou três tipos de marcas diferentes de testes. Nem se importou, pois estavam em uma cidade que ninguém conhecia.Saíram da farmácia e foram apressadas para o apartamento. Jonas já estava em casa.Jonas: Por que vocês sumiram? Trouxe sua bolsa, Flávia. Aconteceu alguma coisa?Flávia: Depois te explico. Você pode aguardar um pouco, por favor. Ela ainda está muito abalada. - conseguiu despistá-lo.As duas entraram para o quarto, Mayara foi ao
Celine estava sentada na poltrona quando Jonas saiu do quarto seguido por Mayara e Flávia. Mayara olhava firmemente para Celine, apreensiva e com receio de que ela percebesse alguma coisa, mas Celine em sua pureza não tem maturidade suficiente para apenas no olhar saber o estado de fertilidade da pessoa. Celine impulsivamente se levantou e deu um caloroso abraço em Mayara. Mayara resistiu um pouco, mas logo retribuiu o abraço e sentiu o quão triste ela estava.Celine: Vim me desculpar pelo que aconteceu no hospital. É tudo um mal entendido e com certeza será esclarecido quando Evans acordar. Só quero te pedir que não desista dele.Mayara: Com certeza as coisas se esclareceram. Mas não posso ficar parada esperando. Preciso seguir em frente com minha vida. Acredito que Evans será feliz e não me atreverei a atrapalhar. - Respirou fundo e afastou- se um pouco de Celine, segurando as mãos dela.Celine: Preciso que você confie em mim. Só ouve o que tenho a dizer. - Mayara deu um sorriso e
Sr. Frederico deixou Celine no apartamento e voltou para o hospital não para visitar Evans, mas para visitar o piloto do helicóptero, Leon. Ele havia sido levado logo após a saída de Evans do pronto socorro, pois o Sr. Christian exigiu que ele fosse tratado no mesmo hospital que o filho. Leon: Ainda bem que você veio, Frederico. Ele ainda estava deitado na cama, de repouso, seguindo instruções médicas para tratamento das costelas quebradas. Sr. Frederico estava bem sério e foi direto ao assunto. Sr. Frederico: O que aconteceu com vocês? Leon sacudiu a cabeça como se não soubesse dizer. Leon: Não consigo entender até agora, porque eu sempre faço a inspeção de tudo uma hora antes de cada voo. A aeronave estava com combustível suficiente, inclusive o tanque estava cheio e o que é mais assustador foi o cinto de segurança do Sr. Evans está cortado. Sr. Frederico: Explica isso direito, como assim rasgado? - Lançou um olhar profundo para Leon. Leon: Antes do resgate consegui perceber