As pessoas também me prepararam presentes de inauguração da casa.Gilberto me entregou uma caixa de presente elegante, dizendo, -Espero que goste.-Obrigado, Gilberto.Respondi com um sorriso agradecido.Fiquei surpreso ao ver dentro da caixa um vestido de estilo requintado e único, olhei para ele, -Foi você quem desenhou?-Sim, é uma peça única.- Gilberto disse com um sorriso.-Gilberto é sempre tão atencioso!Depois que Zoe elogiou, ela provocou Lucas de propósito, -Presidente Franco, já que veio ao aquecimento, imagino que também trouxe um presente, não é?Eu queria intervir, mas Zoe me impediu.Mesmo antes de entrar na casa, eu não sabia que eles haviam preparado uma festa de aquecimento da casa para mim, como Lucas poderia ter preparado um presente com antecedência.Lucas fixou seus olhos castanhos em mim, retirando de seu bolso de paletó uma caixa de veludo, colocando-a diante de mim.Ele escondeu a emoção em seus olhos, e seu sorriso era sutil, -Ainda não tinha encontrado a opor
Naquele momento, pareceu-me ridículo.Na noite de núpcias, fui eu quem ficou sozinha, nos aniversários, era sempre eu quem não tinha a companhia do marido, os presentes que eu tanto desejava sempre acabavam nas mãos de outra pessoa, e até nos exames de pré-natal, ele esteve acompanhando outra, não eu...Agora, chegamos ao ponto de nos divorciarmos, e quando amigos vieram para fazer uma pequena festa de aquecimento da casa para mim, ele simplesmente não pôde aceitar.Forcei um sorriso e olhei para ele, -Se você não sair, vou ligar para a Rosa.Quando a Rosa viesse confrontá-lo, ele não teria como resistir.De repente, Lucas me abraçou apertado, encostando a testa no meu peito, com uma voz rouca, -Nora, eu nunca quis que as coisas chegassem a esse ponto, de verdade.Ele agindo assim, quase me fazia ceder.No exato momento em que eu ia falar, o celular dele, que estava em cima da mesa, começou a tocar.Era Rosa que aparecia na tela da chamada.Foi como um balde de água fria me acordando,
-Quer mesmo me agradecer?Chegando ao carro, Gilberto empurrou Orfeu para o banco de trás, encostou-se no carro e, com um sorriso, olhou para mim.Eu assenti, -Claro.-Então prometa-me que não vai ficar sempre me dizendo 'obrigado'.Essas palavras me deram uma sensação incomum, mas antes que eu pudesse refletir sobre isso, ele sorriu novamente e acrescentou: -Parece que estamos distantes demais.Eu ri levemente, -Tudo bem, entendi.Justo quando o motorista substituto chegou, ele entregou as chaves do carro e com um olhar gentil disse: -Estou indo, sobe logo.Quando subi, a sala estava vazia.Lucas tinha ido embora.Senti um vazio por um momento.Mas foi só isso.Ir embora sem dizer uma palavra sempre foi o seu estilo.Provavelmente foi algum "imprevisto" de Rosa.Voltei para o quarto e gentilmente acordei Zoe, -Zoe, acorda, vou trocar seu pijama para você dormir mais confortável.--OK.Zoe, esfregando os olhos, me viu e, manhosa, levantou os braços para me abraçar, permitindo que eu ti
Se ela tivesse me feito essa pergunta há algum tempo atrás, talvez meu humor fosse afetado.Mas agora, até mesmo aceitei o fato de que Lucas nunca teve sentimentos por mim, então perdi o interesse em questioná-la.Apenas olhei para ela calmamente e perguntei: -Se você está tão confiante, por que precisa me provocar todos os dias?Nervosismo puro.Ela veio ao meu escritório bem cedo, como se fosse a esposa oficial confrontando a amante.Ao me ver indiferente, Rosa ficou um pouco ansiosa e, sem esperar que eu a questionasse, falou como se já tivesse vencido: -É por minha causa.Ela apoiou as mãos na minha mesa e se inclinou levemente, como se estivesse olhando para um adversário derrotado. -Nora, se não fosse por mim, ele nunca teria se casado com você! Você nem sabe por onde se entra na casa da Família Franco!Ao ouvir isso, apertei a palma da mão com força, sentindo uma emoção indescritível se espalhando pelo meu coração, como se estivesse sendo espremido.Ela sorriu satisfeita com seu
-Minha cintura está doendo demais...Ela, abraçada a Lucas, chorava, -Eu só tinha perguntado sobre o progresso do trabalho dela, e ela me empurrou... Lucas, por que não a promove a diretora? Todos parecem protegê-la, e eu realmente não quero mais trabalhar num ambiente assim.Eu escutava, franzindo a testa, admirado com a capacidade dela de inventar histórias, quase rindo de raiva, mas encontrando o olhar investigativo de Lucas.-É isso mesmo?Sua voz era fria como gelo, fazendo-me sentir um arrepio da cabeça aos pés.Eu disse, meio que zombando de mim mesmo: -Se eu disser que não, você acreditaria?-Lucas...Rosa, com lágrimas nos olhos, puxava a gola da sua camisa, aquela que eu tinha desenhado e costurado com minhas próprias mãos.Era o presente que dei a ele no Dia dos Namorados.Ele não me respondeu, apenas baixou os olhos para a mulher em seus braços, franzindo a testa, parecendo impaciente, mas na verdade preocupado: -Você já não é mais criança, por que chora assim por uma queda
Fui pega de surpresa por ela.Só então percebi e toquei o lóbulo da orelha, o sangue já havia secado, e tocado em algumas crostas vermelhas.Isso fez com que a dor voltasse a surgir.Estava sangrando e eu nem havia percebido.Zoe deu um tapa na minha mão, -quem mandou você mexer assim, não dói?Depois disso, ela tirou um cotonete com iodo da bolsa, prendeu meu cabelo todo para trás e começou a desinfetar com cuidado, -Como isso aconteceu?-Foi a Rosa que puxou.Contei a ela rapidamente o que havia acontecido.Zoe ficou furiosa, xingando sem parar, -Que absurdo, aposto que ela é daquelas que só vendo o código QR pra saber quem é. Não é dela e ainda assim se atreve a pegar, literalmente uma ladra reencarnada.-Por que você sempre tem um jeito próprio de xingar?Depois dela desabafar, meu humor, que estava sombrio o dia todo, melhorou bastante.Zoe me lançou um olhar severo, -Tendo um amigo como você, claro que tive que aprender a xingar.-Está bem.Deixei que ela cuidasse da minha orelha
Para que se esforçou para fazer tal coisa.Zoe reprimiu sua irritação - Certo, então vamos logo pagar a conta e sair daqui. O que os olhos não veem, o coração não sente.Após liquidar a despesa, o consultor de pós-venda nos levou até a porta da loja para ver o carro.Depois de tantos dias de reparo, não havia mais vestígios do acidente, a aparência era indistinguível de um carro novo.- Me espera um segundo, estou com a bexiga prestes a explodir, preciso ir ao banheiro.Zoe largou essa frase e correu para o banheiro.Eu sorri, decidindo esperar dentro do carro.No momento em que entrei, ouvi uma voz límpida ordenando - Eu quero aquele!Qualquer preferência não tinha nada a ver comigo.Fechei a porta do carro, pensando apenas em sair assim que Zoe voltasse.Inesperadamente, antes de Zoe voltar, um vendedor veio bater no vidro do meu carro.Abaixei um pouco o vidro, impaciente perguntei - O que foi?- Olá, é que uma cliente gostaria de ver o seu carro, seria possível...- Não é ver, eu q
No caminho para jantar, fiquei pensando no que havia acontecido mais cedo e ainda me sentia confusa.Quando Rosa realizou aquela pergunta, eu realmente almejava que Lucas tecesse algo em minha defesa.Algo como "Ela possui todo o direito de utilizar meu dinheiro." ou "Ela necessita da sua permissão para gastar meu dinheiro?"Como Lucas respondeu?Ele pronunciou - Este carro foi um presente do avô para ela.Com isso, silenciou Rosa."Entretanto, ostensivamente, este carro foi um presente de Dia dos Namorados que ele me conferiu recentemente. Quando Rosa realizou confusão, ele não reconheceu que o carro era meu, tudo bem. Todavia, ele também esqueceu como o carro realmente chegou até mim. Ou possivelmente, recordou-se. Porém, não desejava que Rosa soubesse que ele também era generoso comigo. Eu, a Sra. Franco, deveria estar nessa posição incômoda, sem poder utilizar o patrimônio do casal? Ainda mais ter que ocultar e dissimular na presença de um amor do passado."Entretanto, ele pode, em