Se ela tivesse me feito essa pergunta há algum tempo atrás, talvez meu humor fosse afetado.Mas agora, até mesmo aceitei o fato de que Lucas nunca teve sentimentos por mim, então perdi o interesse em questioná-la.Apenas olhei para ela calmamente e perguntei: -Se você está tão confiante, por que precisa me provocar todos os dias?Nervosismo puro.Ela veio ao meu escritório bem cedo, como se fosse a esposa oficial confrontando a amante.Ao me ver indiferente, Rosa ficou um pouco ansiosa e, sem esperar que eu a questionasse, falou como se já tivesse vencido: -É por minha causa.Ela apoiou as mãos na minha mesa e se inclinou levemente, como se estivesse olhando para um adversário derrotado. -Nora, se não fosse por mim, ele nunca teria se casado com você! Você nem sabe por onde se entra na casa da Família Franco!Ao ouvir isso, apertei a palma da mão com força, sentindo uma emoção indescritível se espalhando pelo meu coração, como se estivesse sendo espremido.Ela sorriu satisfeita com seu
-Minha cintura está doendo demais...Ela, abraçada a Lucas, chorava, -Eu só tinha perguntado sobre o progresso do trabalho dela, e ela me empurrou... Lucas, por que não a promove a diretora? Todos parecem protegê-la, e eu realmente não quero mais trabalhar num ambiente assim.Eu escutava, franzindo a testa, admirado com a capacidade dela de inventar histórias, quase rindo de raiva, mas encontrando o olhar investigativo de Lucas.-É isso mesmo?Sua voz era fria como gelo, fazendo-me sentir um arrepio da cabeça aos pés.Eu disse, meio que zombando de mim mesmo: -Se eu disser que não, você acreditaria?-Lucas...Rosa, com lágrimas nos olhos, puxava a gola da sua camisa, aquela que eu tinha desenhado e costurado com minhas próprias mãos.Era o presente que dei a ele no Dia dos Namorados.Ele não me respondeu, apenas baixou os olhos para a mulher em seus braços, franzindo a testa, parecendo impaciente, mas na verdade preocupado: -Você já não é mais criança, por que chora assim por uma queda
Fui pega de surpresa por ela.Só então percebi e toquei o lóbulo da orelha, o sangue já havia secado, e tocado em algumas crostas vermelhas.Isso fez com que a dor voltasse a surgir.Estava sangrando e eu nem havia percebido.Zoe deu um tapa na minha mão, -quem mandou você mexer assim, não dói?Depois disso, ela tirou um cotonete com iodo da bolsa, prendeu meu cabelo todo para trás e começou a desinfetar com cuidado, -Como isso aconteceu?-Foi a Rosa que puxou.Contei a ela rapidamente o que havia acontecido.Zoe ficou furiosa, xingando sem parar, -Que absurdo, aposto que ela é daquelas que só vendo o código QR pra saber quem é. Não é dela e ainda assim se atreve a pegar, literalmente uma ladra reencarnada.-Por que você sempre tem um jeito próprio de xingar?Depois dela desabafar, meu humor, que estava sombrio o dia todo, melhorou bastante.Zoe me lançou um olhar severo, -Tendo um amigo como você, claro que tive que aprender a xingar.-Está bem.Deixei que ela cuidasse da minha orelha
Para que se esforçou para fazer tal coisa.Zoe reprimiu sua irritação - Certo, então vamos logo pagar a conta e sair daqui. O que os olhos não veem, o coração não sente.Após liquidar a despesa, o consultor de pós-venda nos levou até a porta da loja para ver o carro.Depois de tantos dias de reparo, não havia mais vestígios do acidente, a aparência era indistinguível de um carro novo.- Me espera um segundo, estou com a bexiga prestes a explodir, preciso ir ao banheiro.Zoe largou essa frase e correu para o banheiro.Eu sorri, decidindo esperar dentro do carro.No momento em que entrei, ouvi uma voz límpida ordenando - Eu quero aquele!Qualquer preferência não tinha nada a ver comigo.Fechei a porta do carro, pensando apenas em sair assim que Zoe voltasse.Inesperadamente, antes de Zoe voltar, um vendedor veio bater no vidro do meu carro.Abaixei um pouco o vidro, impaciente perguntei - O que foi?- Olá, é que uma cliente gostaria de ver o seu carro, seria possível...- Não é ver, eu q
No caminho para jantar, fiquei pensando no que havia acontecido mais cedo e ainda me sentia confusa.Quando Rosa realizou aquela pergunta, eu realmente almejava que Lucas tecesse algo em minha defesa.Algo como "Ela possui todo o direito de utilizar meu dinheiro." ou "Ela necessita da sua permissão para gastar meu dinheiro?"Como Lucas respondeu?Ele pronunciou - Este carro foi um presente do avô para ela.Com isso, silenciou Rosa."Entretanto, ostensivamente, este carro foi um presente de Dia dos Namorados que ele me conferiu recentemente. Quando Rosa realizou confusão, ele não reconheceu que o carro era meu, tudo bem. Todavia, ele também esqueceu como o carro realmente chegou até mim. Ou possivelmente, recordou-se. Porém, não desejava que Rosa soubesse que ele também era generoso comigo. Eu, a Sra. Franco, deveria estar nessa posição incômoda, sem poder utilizar o patrimônio do casal? Ainda mais ter que ocultar e dissimular na presença de um amor do passado."Entretanto, ele pode, em
Porém, MS era uma das verdadeiras marcas de luxo supremo, o objetivo final que a maioria das pessoas no mundo do design aspira.Nos olhos de Gilberto havia um leve sorriso - Sim, acabei de confirmar.- Foi ele quem finalmente cedeu.Orfeu não permitiu que ele se mantivesse discreto - Antes de ele voltar ao país, MS já estava em contato constante com ele. Mas Gilberto estava indeciso, por isso demorou até agora.Não é só o Gloria, eu mesmo comecei a admirá-lo, e disse sorrindo - Gilberto, parece que não vai demorar muito para a UNIVERSIDADE RIO vir fazer uma coluna sobre você, a glória da nossa alma mater.Por falar nisso, há muito tempo Lucas aparece na coluna interna da UNIVERSIDADE RIO. Embora tenha se formado há muitos anos, muitos alunos da UNIVERSIDADE RIO ainda são fãs fervorosos dele.Talvez ele devesse mesmo ser uma estrela no céu, eu não deveria ter a ilusão de possuí-lo.- Então, você veio hoje especialmente para comemorar a contratação do Gilberto?- Zoe perguntou enquanto co
Capítulo 34Ao ouvir isso, fiquei ligeiramente surpresa.Gilberto era mais atencioso do que eu imaginava.Durante o jantar, comi algumas carnes, e notei que algumas das carnes servidas tinham um cheiro forte, o que me causou certo desconforto, apesar de eu ter tentado disfarçar.Eu não esperava que ele notasse.Sorri levemente - É verdade, havia um pouco daquele cheiro, mas não foi nada demais.- Que bom, a saúde sempre vem em primeiro lugar.Essa frase de Gilberto soou especialmente significativa - Em qualquer situação, você tem que cuidar de si mesmo primeiro.- Certo.Isso aqueceu meu coração.Mas só mais tarde eu viria a entender o real significado dessas palavras.O carro deslizou suavemente para a garagem do Vila Liberdade, Gilberto me ajudou a sair e tive a sensação de estar sendo observado, embora não tenha notado nada de estranho quando olhei ao redor.Quando estávamos prestes a entrar no prédio, um Maybach passou voando por nós, com seu motorista aparentemente consumido por u
- Quem?Eu estava confusa.Ele soltou uma risada sarcástica - Gilberto.Eu franzia a testa olhando para ele, sem entender o que estava pensando - Lucas, você veio pegar mim em flagrante?Era como se o ladrão gritasse para pegar o ladrão.Seu olhar se tornou sombrio, seus lábios se apertaram levemente, e ele disse em voz baixa - Não.- Então, por que você veio?Lucas não disse nada, seus longos cílios lançavam sombras sobre suas bochechas, dando-lhe um ar de desolação.A brisa da noite soprou, fazendo-me tremer, sem escolha - Se você não falar, fecharei a porta.O homem, que havia ficado em silêncio por tanto tempo, de repente falou com uma voz abafada - Eu só estava sentindo sua falta.Meu coração pareceu pular uma batida. Surpresa. Ele havia me dito muitas coisas para flertar, mas a maioria delas era vulgar, sempre provocativa, nunca sincera.Muitas vezes antes, eu esperava que ele dissesse algo genuíno, abraçando seu pescoço na cama e dizendo com um tremor na voz que ‘eu te amo, que