- Verdade?Ele duvidou.Eu estava furiosa - Verdade, se apresse!Bento, radiante de felicidade, começou a desatar as cordas num frenesi.No entanto, quando recuperei a minha liberdade, alguém atrás de mim agarrou no meu braço de maneira brusca, e antes que eu pudesse reagir, algo frio foi pressionado contra a minha têmpora.Minha experiência com filmes de gangster e de guerra me disse que era a boca de uma arma.Meu corpo inteiro ficou tenso, não ousei mover-me, deixando-o me levantar.- Sr. Franco! Se você mover um dedo, terei que ser desagradável com a Sra. Franco.Assim que a pessoa atrás de mim falou, reconheci a voz rouca.Naquele momento, muitos dos seus homens já estavam caídos, claramente Lucas e os seus homens levavam a melhor.Lucas parou, sorriu friamente - Você não deve ser tolo, se ela perder sequer um cabelo, vocês não sairão deste lugar.A voz rouca vacilou por um momento, mas manteve-se firme e disse - Mas pelo jeito que o Sr. Franco está, parece que você não planeja de
- Aquele terreno a oeste da cidade, o Sr. Franco o cedeu para mim.Careca falou com uma tranquilidade despreocupada - Ousar mexer com a Sra. Franco, foi ele que não soube o que fez. Quanto ao resto, eu resolvi por conta do Sr. Franco, com certeza que o deixarei satisfeito.Lucas esboçou um sorriso de canto de boca, com uma voz fria e dura disse - Feito.- Sr. Franco, Sr. Franco...Foi então que Hector percebeu que as pessoas que vieram não estavam ali para ajudá-lo, mas sim a aproveitar-se da situação para se darem bem com Lucas.Ele saiu a correr em pânico, agarrou-se às pernas de Lucas implorando por misericórdia - Sr. Franco, por favor, tenha piedade de mim, me deixe ir!- Felipe.Lucas falou com uma voz fria.Felipe chutou Hector para longe - Antes de mexer com a nossa senhora, você deveria ter pensado bem, agora é tarde demais para implorar!Ele tentou se arrastar de volta, agarrando-se aos meus pés - Sra. Franco, Sra. Franco, eu não reconheci o meu erro! Por favor, me perdoe!Min
- Sim.Felipe suspirou aliviado.Depois de chegarmos ao hospital, Lucas foi logo colocado numa maca móvel.As luzes do hospital eram intensas e, foi apenas nesse momento que percebi que, por causa da grande perda de sangue, o rosto de Lucas estava pálido a ponto de não parecer saudável.Ele, no carro... estava a fazer um esforço para eu não me preocupar.À medida que a porta da sala de emergência se fechava, o meu coração era firmemente agarrado pelo medo.Até respirar se tornava difícil.Encostei-me à parede, sem conseguir definir exatamente o que sentia.Só sabia que, quando a porta da sala de emergência se abriu e o médico disse que a bala tinha sido removida, e que, com o devido cuidado, ele ficaria bem, soltei um grande suspiro de alívio.Ao entrar no quarto, os seus olhos escuros estavam fixos em mim, intensamente.Como se quisessem ver-me por dentro.Mordi os lábios, e servi-lhe um copo de água morna - Felipe foi buscar os seus pertences e roupas, quando ele chegar, eu vou embor
Eu não fiquei surpreendida de todo, nem mesmo um leve movimento no coração.Onde quer que Lucas estivesse, nada do que ela fazia era surpreendente.Lucas tinha um leve tom de descontentamento no rosto, falou friamente - Eu não estou mais com sede.- Como assim não está mais com sede? Nora não estava prestes a te dar de beber...Rosa franzia a testa, claramente confusa, e então falou consigo mesma - Também, ela não te conhece tão bem quanto eu, não sabe distinguir quando você quer alguma coisa ou não.Dito isso, colocou o copo de lado.Eu estava preocupado com a possibilidade de Lucas estar ferido, sem saber como abordar o assunto de Rosa com ele, mas então a oportunidade surgiu.Olhei para Lucas, curvando ligeiramente os lábios - E sobre ela, você já decidiu o que vai fazer?Você disse que iria pensar sobre isso durante o dia, agora provavelmente já deve ter chegado a uma conclusão, certo?- Sobre o que decidir?Rosa, sabendo que o "ela" em questão era ela mesma, falou com suspeita.Lu
- Eu e o filho da Nora, como assim? Esqueceu-se?Os olhos de Lucas estavam como cobertos pela geada de um inverno severo, e a sua voz era assustadoramente fria.Rosa chorava descontroladamente, como um coelho assustado - Não foi de propósito... eu não sabia que ela estava grávida! Lucas, você sabe, eu fiz aquilo naquele dia porque estava com muito medo de te perder, perdi a razão por um momento! Se soubesse que ela estava grávida, jamais me teria atrevido... e, além disso, eu também estava grávida... Se soubesse que teria consequências tão sérias, onde eu teria coragem... Será que eu não queria o meu próprio filho?"Teatro. Ela realmente sabe fazer teatro. Provavelmente é assim que ela age com Lucas quando estão a sós. Uma face para o público, outra completamente diferente quando estão sozinhos."Eu disse friamente - Quem sabe quem é o pai do filho que você carrega, capaz de resistir à luz do dia.O rosto de Rosa visivelmente endureceu, e ela tremia apontando o dedo para mim, como se t
No meio da noite, enquanto dormia ao lado da cama de hospital, senti como se dedos secos estivessem a tocar no meu rosto.- Bobo, você acredita em qualquer coisa que te dizem.- Hmm…Afastei aquela mão e virei-me para o outro lado, só então percebi que estava a cuidar de um paciente e, num sobressalto, levantei a cabeça, confuso, perguntando - O que você disse? Está a sentir-se mal?"O que encontrei foram apenas os olhos fechados de Lucas e a sua respiração profunda. Alucinação? Não pensei muito sobre isso, considerando apenas que o susto do dia anterior tinha me deixado um pouco tenso, e acabei por adormecer novamente."......Na manhã seguinte, Felipe traze um café da manhã.Era do gosto de Lucas.Mas ele mal tocou na comida e saiu para ir cuidar dos negócios.Felipe trouxe mais do que o café da manhã, havia também uma pilha de documentos a serem processados. Ser presidente do Grupo Franco não era fácil.Enquanto comia, de vez em quando, lançava olhares para ele.O sol de inverno ent
O carro parou lentamente diante de um majestoso solar, o motorista saiu primeiro para nos abrir as portas.Brenda, calçando os seus sapatos pretos com saltos altos, levou-me até ao portão, mantendo-se ereta, uma postura que revelava a educação recebida desde a infância.- Na verdade, o motivo de trazer a Srta. Gomes aqui hoje é que tenho um favor a pedir.- Que tipo de favor?- Você saberá assim que vir.Diante dessas palavras, senti-me um pouco confusa, mas não questionei mais.A curiosidade nunca foi algo que me dominou muito.No entanto, ao seguir Brenda através do jardim e vislumbrar a cena dentro do oratório através de uma porta de vidro, fiquei momentaneamente atordoada.Gilberto estava ajoelhado no chão, as cicatrizes nas suas costas eram chocantes, mas o seu rosto não mostrava dor ou raiva, apenas uma calma serena, tranquila como água parada.Uma senhora de meia-idade, enfurecida, apertava os dentes antes de chicoteá-lo novamente, - Gilberto, não pense que não posso fazer nada
Eu vagamente suspeitava que as relações dentro da Família Rocha eram complicadas, mas não parecia apropriado interrogar Brenda, uma pessoa que eu acabara de conhecer.Hesitei por um momento antes de sacudir a cabeça, - Desculpe, acho que não posso aceitar o seu pedido. Ele tem as suas próprias convicções, e como amigo, só posso apoiá-lo.Ele era capaz de gostar de alguém por vinte anos, sempre mantendo a sua calma e serenidade, com certeza já tinha ponderado os prós e contras.Não é algo que estranhos devam intervir.O rosto de Brenda não mostrou desagrado, apenas falou de maneira calma, - Você não tem curiosidade de saber de quem ele gosta?- Quando ele quiser dizer, com certeza dirá.Já que ele ainda não me contou, significa que não quer que eu saiba.Também penso que entre amigos não é necessário ser totalmente transparente, podemos permitir que cada um tenha os seus próprios segredos.Não há nada de errado nisso.Ela de repente mudou de assunto, - Depois de ele se ter formado na un