Mavie Neumann BlakePor um momento, o tempo congelou enquanto os três se posicionavam lado a lado, suas silhuetas imponentes contra a vasta escuridão tornava a situação ainda mais caótica. Era como se o próprio ambiente registrasse o peso de suas chegadas, um misto de quietude e expectativa envolvendo aquela chegada tão súbita e potente.Lian foi o primeiro a falar conforme levava sua mão até o coldre em sua cintura. Sua voz saiu baixa, mas transmitiu toda a sua firmeza.— Não estamos sozinhos aqui.Sebastian abriu a lâmina que brincava entre seus dedos, um sorriso sombrio curvando os lábios conforme ele se posicionava ao lado de Ghost.— Espero que não estejam com pressa de sair vivos.Ghost não disse nada, mas o olhar que lançou à casa foi o suficiente para fazer o ar parecer ainda mais pesado. Com um gesto sutil, ele olhou para mim, e então murmurou assim que estendeu sua mão em minha direção, me chamando para seus braços. — Eles tocaram em você?Eu engoli em seco conforme me apro
Mkavie NeumannTodo o ambiente estava escuro, exceto pelo abajur do lado do Ghost e engolindo em seco, franzi a testa quando percebi pela primeira vez que era ele quem estava me sacudindo esse tempo todo.— Foi só um sonho…Murmurei para mim mesma, me fazendo sentir uma dor em minha garganta que eu não sentia antes.— Tudo parecia tão real…Passei a mão pelos cabelos úmidos de suor, tentando me acalmar conforme era observada pelo Ghost, que me posicionou entre seus braços e começou a me embalar com cuidado conforme seus dedos tiravam o excesso de fios emaranhados sobre minha pele úmida.— Foi só um pesadelo, minha vida.Ouço Ghost murmurar enquanto me apertava em seus braços mas meus olhos vagavam pelo ambiente, buscando qualquer coisa fora do lugar, qualquer coisa que confirmasse que eu realmente estava na nossa casa. Na nossa segurança. O relógio na mesa de cabeceira marcava 3:47 da manhã, e o silêncio lá fora era tranquilo, nada parecido com aquela sensação assustadora que tinha n
Luisy RomanowskiAndando de um lado para o outro, sinto o peso da fúria me atingir com força. Sei que estraguei todo o plano quando decidi buscar a Mavie e levá-la de volta até o Blake, entretanto, ela estava correndo perigo, e tenho certeza que nenhum de nós estava disposto a vê-la correr aquele risco sabendo que eu poderia tirá-la em segurança daquele lugar. Meu erro foi ter mostrado minha identidade logo de cara. — Não me venha dizer que não faria o mesmo por ela.Resmunguei tentando me defender, conforme soltava o ar com frustração enquanto tomava o meu lugar na poltrona e negando com um gesto, ele me repreendeu com um brilho furioso nos olhos.Era muito difícil vê-lo assim, pois poucas coisas o tiravam do seu controle. — Sabe bem que eu faria isso por ela também, mas com certeza eu não iria me expor como você fez.Ele virou de costas para mim e bufou enquanto seus dedos percorriam sua cabeça, que se tivesse cabelo, com toda certeza teria bagunçado cada fio. — Você estragou tod
Lian BlakeAbri os olhos com desespero quando minha mente me despertou, fazendo-me lembrar do que houve a horas atrás. Estremecendo, sinto o cheiro de sangue pútrido de algum corpo se decompondo nesse mesmo ambiente em que estou. Fechei meus olhos à medida que tentava controlar a vontade de vomitar que só crescia em meu estômago. Consigo distinguir o meu suspiro de desespero no meio de tantos outros que estão perdidos por entre a escuridão assim como eu. Não sou o único a estar nesse inferno, mas a diferença é que eu realmente não queria estar aqui. Não sou a pessoa certa para esse tipo de vida. Minha respiração pesada atravessa meu peito de um jeito dolorido. A onda de vertigem pesa e cria um bolo em minha garganta depois de sentir o cheiro fétido de dias em uma sala fechada, sem qualquer ventilação, parece que a sensação só faz aumentar ainda mais aquela angustia.Em minha boca aumenta o sabor de desgosto. O desespero por não ter escolha. Eu nem queria estar aqui.Não gosto nada d
Vincent BlakePuxando a porta que dá acesso ao interior do calabouço, adentrei o ambiente que já tem um cheiro particular de sangue e brasa impregnados em cada parede deste local. E isso não me incomoda nenhum pouco.Apesar de calabouço estar sempre em funcionamento, hoje foi um dia atípico. Por onde olho, encontro corpos sem vidas, espalhados e até mesmo destroçados pelos cantos. As paredes sujas de sangue demonstram o quanto foi sangrento essa ultima seção. Através dos corredores, é possivel ver marcações de mãos e dedos ensanguentados e muitos projéteis de munição que se perdem através do longo galpão.A brincadeira realmente rendeu e eu não participei.. Atravessando o corredor principal, levantei meu pé para desviar de um corpo atravessado no caminho. Há alguns metros de mim, tem soldados puxando pelos pés cada corpo sem vida para o local correto. Cada soldado levando seu cadáver para ser incinerado. Ao meu ver, serrá um longo trabalho. Assim que cheguei na última sala do cor
Vincent BlakeArqueando a sobrancelha, me aproximei dele e perguntei me interessando no rumo que a conversa havia tomado.— Quem é esse homem? Ele sorriu com dificuldade e respondeu após descansar por longos segundos. — Alguém que vai tirar a sua paz por completo. De repente ele olhou para mim, esboçou um sorriso e em questão de segundos, ele franziu a testa como se sentisse dor, e de repente, os seus olhos se reviraram, e logo começou a espumar pela boca. Seu corpo começou a convulsionar diante de mim e logo me afastei dele, vendo que seria questão de segundos para ele morrer. Esse homem que está convulsionando até a morte, é culpado de muitas transgressões dentro da Ghost, mas o que me chamou a atenção foi o fato de que uma mensagem criptografada havia sido enviada do celular dele. Uma mensagem que deixava claro a informação de que um homem havia entrado no nosso quarto na Rússia, entretanto, Diego foi envenenado e deixado para ser pego propositalmente. Ele já sabia o que iria l
Vincent BlakeAssim que cheguei em casa, estacionei meu carro e soltei o ar com força. A verdade é que estou irritado mais que o normal, e parece que essa busca por respostas só tem me deixado mais agitado.Fechando a porta do carro, tirei o coldre da minha cintura, e abri a porta que da acesso a sala de visitas, onde encontrei a Mavie sentada no sofá com um livro em mãos. Suas pernas estavam confortavelmente dobradas sobre o estofado, onde deixava a mostra somente os seus pés descalços e assim que seus olhos recaíram sobre mim, um sorriso cresceu em seus lábios. Parei de andar a menos de um metro do sofá, abri meus braços devagar, fechei os olhos, e poucos segundos depois, ela já estava grudada em meu corpo. Seu cheiro invadiu minhas narinas me fazendo apertar meus braços em sua volta. Seu calor reconfortante me trouxe a paz que eu tanto precisava. Para mim, Mavie é como o céu azul depois de uma noite de tempestade. Os últimos dias têm sido tão difíceis que só estão sendo suportad
Vincent BlakeOuvi Mavie provocar enquanto se aproximava de mim. Me empurrando contra a parede, ela me beijou, seus dedos desceram até meu cinto e rapidamente o arrancou. Abrindo o botão da minha calça, sua língua invadiu minha boca com fome e num movimento rápido, ela tocou em meu pau. A essa altura eu já nem pensava em preliminares. O fogo crescia em meu peito, a medida que ela se esfregava em meu corpo, e a apertando em meus braços, a prensei contra a parede.Ofegante, espalmei a mão na parede e acabei derrubando um quadro que eu nem havia reparado antes e abrindo a porta do quarto, deixei os estilhaços de vidro para trás enquanto me direcionava para a cama com a minha mulher entre beijos.Colocando Mavie na beirada da cama, ela se posicionou entre meus braços e me acompanhou com os olhos enquanto eu me despia. Abrindo os botões da minha camisa, eu a joguei longe, seguido pela minha calça e cueca. — Acho que eu nunca vou me acostumar com essa comoção. Engoli em seco à medida que