Minha cabeça dói intensamente, latejando como se estivesse prestes a explodir. Tento abrir os olhos, mas a luz é forte demais, e eles estão pesados. Com muito esforço, consigo abrir os olhos lentamente, piscando várias vezes até minha visão começar a clarear. O que vejo é um quarto completamente desconhecido."Onde estou?" penso, sentindo meu coração acelerar. Olho ao redor, tentando identificar algo familiar, mas nada faz sentido. As paredes têm um tom escuro, e a mobília é minimalista, quase fria. De repente, as lembranças do sequestro voltam como uma onda, enchendo- me de pavor. O carro, o segurança, a arma… tudo retorna com uma clareza terrível.Sento-me rapidamente na cama, enquanto a ansiedade e o medo tomam conta de mim. O que está acontecendo? Onde estou? Por que estou aqui? Meu coração bate descontroladamente, e minha respiração fica rápida e superficial. Antes que eu possa processar tudo, uma voz calma e fria interrompe meus pensamentos.— Olá.Olho rapidamente na direção da
Quando Oliver a trouxe para mim, nunca pensei que ele realmente conseguiria sequestrá-la, mas ele fez um trabalho excelente. Enviar aquele jatinho particular foi uma jogada inteligente; trouxe-os rapidamente e sem problemas. Ainda não conseguia acreditar que Matteo tinha essa mulher como sua. Desde que vi a foto dela, ela não saía da minha cabeça. Não acreditava que ele tivesse tido a sorte de encontrar uma joia dessas.Mas eu a destruiria. Faria com que ela o odiasse. Envenenaria cada pensamento, fazendo-a acreditar que ele não estaria vindo atrás de si. Sou mestre em manipular minhas vítimas, e Scarlett não seria diferente. Oliver me contou que conseguiu sequestrá-la porque eles tiveram uma discussão, e Matteo saiu da mansão, deixando-a vulnerável. Foi o cenário perfeito para colocar o plano em ação.O plano de Oliver foi brilhante em sua simplicidade: hackear o celular da amiga dela e enviar uma mensagem, dizendo precisar conversar sobre algo muito sério. E ela caiu feito uma otári
Sento-me à mesa, girando a taça de vinho entre os dedos, enquanto um pensamento sombrio toma forma em minha mente. E se eu a tocar? Tocar sua preciosidade. Matteo vai surtar ainda mais. A ideia me faz gargalhar como um louco, um riso que ecoa pelas paredes do escritório.Matteo nunca deveria ter assumido o controle da máfia. Admito que, por muito tempo, tive medo dele. Sempre intocável, sempre no controle. Ele reinava sobre Sedona com um punho de ferro, sempre atento a tudo. Mas agora chegou a hora de sua ruína.Levanto-me e caminho pelo escritório, a excitação crescendo dentro de mim. A imagem de Scarlett, sua beleza vulnerável, está gravada em minha mente. Saborearei o corpo dela e gravarei tudo para ele ver. Cada toque, cada suspiro será uma tortura para Matteo. Ele assistirá, impotente, enquanto destruo a única coisa que ele realmente ama.Gargalho ainda mais, o som se tornando quase maníaco. Será uma grande vitória para mim, uma vingança perfeita contra aquele que sempre se achou
A tensão no galpão é sufocante. Já se passam dois dias desde que Scarlett desapareceu, e não consigo dormir nem comer. Cada minuto sem notícias dela é um golpe direto no meu coração, um lembrete cruel da minha impotência. Meu corpo e mente estão exaustos, consumidos pela necessidade desesperada de encontrá-la. A falta de sono exacerba meu humor sombrio e cruel, e a pressão sobre meus homens é insuportável. Ontem, em um momento de pura fúria e desespero, matei um dos hackers por sua incapacidade de encontrar Scarlett. O caos reina, e todos estão sobrecarregados, lutando para lidar com o frenético ritmo da busca.De repente, uma lembrança atravessa minha mente como um raio: o anel que dei a Scarlett. O maldito anel contém um rastreador. Sinto uma onda de raiva e ódio por mim mesmo. Se eu tivesse lembrado desse detalhe crucial, talvez já a tivéssemos encontrado. A culpa me consome, e a frustração só aumenta. Como pude esquecer algo tão vital?Sem hesitar, caminho firme em direção aos hac
Já faz uma semana que estou em Nova Jérsei. Vim visitar minha tia e também meu namorado. Estamos juntos desde que eu tinha quinze anos. Hoje tenho dezoito; faz três anos que estamos juntos, e ele tem sido um homem maravilhoso. Mas há um problema: sinto que algo está acontecendo com Thiago. Desde que cheguei, ele mal tem tempo para mim, sempre dizendo que está ocupado, que tem trabalhado demais e que precisa descansar.Sinto que ele não é o mesmo de antes. Thiago é dois anos mais velho e trabalha como segurança em uma empresa famosa de Nova Jérsei. Tento não desconfiar dele, pois nem avisei que passaria minhas férias aqui. Queria fazer uma surpresa. Implorei muito aos meus pais para que me permitissem vir, mesmo sendo maior de idade. Eles são muito protetores e rígidos.Neste exato momento, estou na porta da casa dele. Tenho a chave reserva que me deu no nosso primeiro aniversário. Quero conversar seriamente com ele; desejo entender por que ele está me evitando tanto.Destranco a porta
Dois anos depois.Hoje faz dois anos desde que voltei para minha cidade natal. Estou com vinte anos e, no início, enfrentei uma grande dificuldade ao lidar com a dor da traição. Cheguei até a considerar o suicídio ao descobrir que até minha própria tia sabia do caso entre minha prima e meu ex- namorado. Minha vida estava em completo caos, tudo porque não quis fazer sexo com ele. Mentalidade de merda. Meus pais só vieram para me dar sermões, dizendo que eu havia sido ingênua por namorar alguém à distância, que a culpa era minha por ter sido traída. Não me matei por causa da minha amiga da escola, que agora é minha colega de quarto.Ela sempre foi uma mulher independente, vivendo sozinha desde os quinze anos, e devo minha vida a ela. Sou imensamente grata por sua ajuda; se tivesse permanecido na casa dos meus pais, talvez não estivesse mais aqui. Minha adorável amiga sempre esteve ao meu lado, inclusive me ajudando a encontrar um emprego em uma lanchonete como garçonete, algo que jamais
Saímos do nosso apartamento e caminhamos tranquilamente até o elevador. Logo, as portas se abriram, entramos e ela apertou o botão da garagem. Gosto muito deste prédio porque é bem calmo, sem vizinhos brigando ou com som alto; é uma maravilha. Aqui, todo mundo se respeita, e eu aprecio essa tranquilidade.— Amor, seus pais falaram alguma coisa? — Perguntou de repente.— Não, nunca mais me encheram com ligações ou mensagens.Agradeço muito por isso.— Que bom, porque, se continuassem, eu os denunciaria. — Disse, bem séria.— Sei que sim, mas fico feliz que eles não estejam mais me incomodando.Desde que vim morar com a Gabi, meus pais insistem para que eu volte para a casa deles. Quem precisa de inimigos ao ter pais assim? Mas quando a Gabi os ameaçou, dizendo que os denunciaria, eles pararam rapidamente de me ligar e enviar mensagens. As portas do elevador se abriram, e descemos, indo em direção ao carro dela. Ela destravou a porta assim que nos aproximamos, entramos no carro e já col
Visto o terno enquanto a voz insistente de Francisca tenta prender minha atenção.— Já está indo? Por que não fica mais um pouco? Você sempre vai embora sem se despedir. — A voz dela me irrita profundamente.— Você só serve para ser usada, Francisca. Não te devo nenhuma satisfação. — Minha resposta sai fria e cortante, fazendo-a resmungar.— Porque você é assim, Matt… — Cortou sua frase, agarrando seu pescoço com força e vendo o pânico surgir em seus olhos.— Não ouse dizer meu nome! Para você, é senhor Muratori! Só porque te uso como qualquer uma, não significa que te dei intimidade para me chamar pelo meu nome. Na próxima vez, arranco sua língua fora. — O medo em seus olhos me dá uma satisfação sádica.Jogo-a na cama como se fosse lixo. Seu silêncio é a confirmação da minha dominação cruel.— Na próxima vez que eu te chamar para minha cama, é melhor não ter a ousadia de me chamar pelo nome. — Jogo algumas notas de dólares sobre ela, comprando sua dignidade. — Aproveite seu dinheiro.