Samantha sai do banheiro e encontra Dante cantando em italiano para que Valentina pegue no sono. A menina mantinha seus olhos fixos em seu pai. Ele para de cantar assim que percebe a presença da moça. - Me desculpe, eu não queria atrapalhar. Ela fala um pouco sem jeito e Dante volta a olhar para sua filha. - Estou na sua casa, não precisa ficar se desculpando. Dante acaricia a face de sua filha e ela boceja com sono. Ele a coloca no bebê conforto e Samantha serve a sopa para ele comer. Ela também se serve de uma porção e senta no banco um pouco afastado de Dante. Ele prova a sopa. - A sopa está deliciosa. Dante comenta sério e Samantha o olha um pouco surpresa. - Sério? Minha ex-sogra vivia dizendo que a minha comida era horrível e que parecia uma lavagem. - A velha deveria estar gagá. Dante ri e isso faz Samantha também rir. Fazia muito tempo que ele não se sentia assim. - A verdade é que ela não gostou de mim desde a primeira vez em que fomos apresentadas. Ela fazia de t
Vicenzo chega na mansão de Dante com um enorme urso de pelúcia para sua neta e uma caixa com o chocolate favorito de Dante. Ele sabia que havia passado do ponto e queria ver se Dante estava zangado. Ele entra na mansão e o mordomo já vem atendê-lo. - Em quê posso ajudá-lo? John Manfred olha para Vicenzo e o mafioso olha ao redor. - Eu vim ver o meu filho. - Lamento lhe informar, mas o senhor, Savoia não está. Vicenzo estranha, pois Dante não era de passar a noite fora. Ele só saia a pedido da máfia ou para executar algum trabalho do Escorpião, mas como ele estava afastado, então tinha alguma coisa acontecendo. - Qual foi a última vez que você o viu? - Foi ontem quando ele chegou do trabalho com a menina. Desde então, ele não voltou para a casa. Vicenzo pega seu telefone e liga para Dante, mas cai na caixa postal. - Filho, onde foi que você se meteu. Espero que você tenha uma boa desculpa para poder me preocupar desse jeito. Ele desliga o celular e já com
Samantha olha para Dante sem entender e ele sorri dizendo: - Já arrumei um lugar provisório para você ficar. - E o trabalho? Eu não posso faltar, pois sou nova e podem me despedir - Não precisa se preocupar com isso. Quem falar alguma merda com você, irá ser demitido. Agora se apresse, pois quanto antes sairmos daqui será melhor. Dante fala a olhando sério e Samantha vai até o quarto e fecha a porta. Ela troca de roupa e já pega as malas. A detetive escuta o som de Dante lavando a louça e, sem perder tempo, ela pega todas as suas armas e as munições que estavam em pontos estratégicos e as colocam dentro da mala. Ela pega o seu distintivo e o guarda em um bolso secreto dentro da mala que possuía uma espécie de fundo falso. "Ele não pode nem sonhar com isso." Ela guarda todas as suas roupas nas malas e vasculha todo o quarto para ter certeza de que não deixou nada que entregasse o seu disfarce. Dante vai até ela assim que a porta do quarto é aberta, então ele pega duas m
O mordomo vai até o carro de Dante e abre o porta-malas. Samantha vai até ele e o ajuda. - Não precisa fazer isso, moça. Ele fala olhando para ela com estranheza e Samantha sorri. - Faço questão em te ajudar. O senhor, na sua idade, não deveria carregar tanto peso. Samantha vai e pega outras malas. Ela ajuda o mordomo a levar tudo para o quarto de hóspedes que ficava no andar de baixo. A mansão de Dante era enorme e luxuosa. Ela era toda decorada com quadros e esculturas caríssimas. Dante apreciava a arte em geral, então o mafioso tinha o costume de comprar obras de arte para poder lavar um pouco do dinheiro da máfia. - A senhorita ficará aqui. John fala abrindo a porta do quarto. Samantha entra e nota que o quarto era o dobro do tamanho do apartamento em que estava. Ele era bem decorado com móveis modernos na cor preta. - Logo o almoço será servido, então fique a vontade. O mordomo sai do quarto e Samantha já olha ao redor a procura de alguma escuta ou câmera escond
"- Merda!" Dante resmunga em italiano já reconhecendo a voz de seu pai. Ele entrega Valentina para ela já dizendo com o semblante fechado: - Fique com ela e não saia deste quarto por nada desse mundo, senão infernizarei a sua vida. Ele sai correndo e Samantha o olha sem entender. Ela olha para Valentina e suspira dizendo: - O seu pai é doido. Espero que você não tenha herdado isso dele. Dante chega no pé da escada e já vê a cena de seu pai discutindo aos berros com seu mordomo. "- Por favor, acalme-se. O próprio senhor, Savoia, proibiu a sua entrada." "- Desde quando você tem que acatar essa ordem absurda? Você, por acaso, esqueceu quem eu sou?" Vicenzo rebate já fuzilando o pobre mordomo com o olhar. "- Eu sei muito bem quem é o senhor, mas só estou cumprindo as ordens do seu filho. O senhor sabe muito bem como que ele é." John tenta se defender já dando um passo para trás. Dante já estava farto de toda aquela gritaria. Ele desce as escadas com a cara fechada. "-
Era tarde da noite e Samantha acorda sentindo sede. Ela levanta e vai até a cozinha pegar um copo d'água. A detetive estava apenas com uma camisola que ia um pouco acima de seu joelho, então não vê importância em ir assim até a cozinha por cachar que não encontraria ninguém. Dante passou o dia todo no quarto com sua filha e a maioria dos empregados nem olhara na sua cara. O mordomo até que foi simpático em lhe fazer companhia durante o jantar. Agora ela estava caminhando pela enorme sala de Dante. O local estava sendo iluminado pelas luzes que ficavam na parede. A iluminação era fraca e deixava o ambiente um pouco sombrio. Ela percebe uma luz vindo de um cômodo que ficava ao lado da sala. Samantha passa em frente a porta, pois ficava no caminho da cozinha, ela para e vê Dante mexendo no computador que ficava na mesa e ele estava com a babá eletrônica ao seu lado. Ele nota a sombra dela e, em um gesto rápido, aponta a sua arma na direção dela. - Ei! Sou eu! Samantha já er
Era domingo e Dante estava arrumando Valentina para poder levar ela na igreja. Ele penteava com cuidado os cabelos dela, enquanto se lembrava de seu nascimento. **************** Dante chega no hospital com a cabeça baixa. Ele estava no meio de uma reunião quando recebeu a ligação de que sua filha teria que nascer. De certa forma, ele esperava que este momento demorasse um pouco, pois isso significava que era hora de se despedir de sua esposa. Ela já não apresentava nenhuma atividade cerebral há dois meses, mas ele ainda mantinha uma pequena e quase inexistente esperança de que os médicos estavam errados e que ela recobrasse a consciência. Todos que o conheciam naquele hospital o olhava com pena por conhecerem a sua história. Ele continua caminhando por aquele corredor comprido e frio. Um enfermeiro o acompanha e o ajuda a vestir a roupa especial para o parto. Dante a veste sem mostrar qualquer tipo de emoção, pois estava destruído por dentro. Ele havia fantasiado como seria o mo
Vicenzo acorda sentindo a cabeça um pouco pesada. Ele olha ao redor e já reconhece ser o apartamento de Tiffany. Ela aparece segurando uma bandeja contendo um copo de suco de laranja, torradas, mel e algumas uvas. - Bom dia, meu ursinho. Espero que você tenha dormido muito bem, pois nos divertimos muito ontem a noite. Ela sorri e coloca a bandeja em cima da cama. Vicenzo cobre os olhos ao ver a claridade. - Que dor de cabeça... - É que você exagerou um pouco no whisky. Se quiser, eu pego um analgésico para você. Vicenzo levanta e vai até o banheiro. Tiffany revira os olhos indo até a gaveta para poder pegar o analgésico. Ela ouve o som da descarga e depois do chuveiro ligando. "Não vejo a hora desse velho insuportável ir embora." Ela pensa já ajeitando a bandeja na cama. Vicenzo sai do banheiro já vestido com a sua roupa e os cabelos molhados. - Aqui está o seu comprimido. Ela estende a mão e entrega para o mafioso. Vicenzo pega o remédio e o toma com um gole de suco. - Que