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                                     O desejo é a causa de todos os males.

                                                                                       ___ Epicuro

Jannifer

Tudo aconteceu muito rápido. Em um minuto estava deitada na cama com aquele homem enorme, cheio de músculos, em outro já estava na igreja dizendo sim. Havia tanta gente. Todos desconhecidos para mim. Não foi como imaginei, sonhei. Quando disse o sim, não sentir nada, está tudo vazio por dentro de mim. Sentir vontade chorar. Minha Kátita seria minha madrinha, e faríamos tantas coisas juntas, nós duas organizaríamos com todo carinho e amor.

Fui tratada como uma rainha. Acordei pela manhã sendo recebida por um batalhão de profissionais de beleza. Fiz unha, cabelo, maquiagem e por último vestir o vestido que Aidan escolheu pessoalmente. Assim a estilista falou. Eu me encantei com a peça, assim que coloquei os nela. Ele é modelo sereia tomara que caia justo nos seios. Há pedrarias que vai do busto até a cintura. Realmente me apaixonei pelo vestido e, se não fosse as circunstâncias eu amaria está casando.

Quando vir meu futuro marido no altar me aguardando, por alguns segundos minha respiração ficou suspensa. Ele é um homem lindo, está faixa dos trinta anos. Pele branca, cabelos negros como carvão, olhos azuis piscina, queixo quadrado e uma covinha linda nele. Sei que estou atraída por ele, não sou hipócrita para dizer o contrário, porem tenho medo de tudo isso. Sou uma boba. Não posso entregar o meu coração ara um homem que praticamente me estuprou, e ainda por cima me forçou entrar em um casamento sem amor.

__ Está na hora de irmos! __ Me assustei. Estava tão entretida nas lembranças de mais cedo que não vir se aproximando.

__ E seus convidados? __ Indaguei preocupada. Aliás, as pessoas presentes em meu casamento são bem estranhas. Não todas, mas a maioria sim. Não sei explicar, apenas meu sexto sentido gritou quando mirei em alguns.

__ Não estou nem aí. __ Me respondeu malcriado. Eu não sei porque ele não pode ser mais cordial comigo. Se não está satisfeito com nossa situação, por que o fez? Não entendo.

Sem me dar oportunidade de raciocinar puxou-me pelo braço. Não doeu, contudo, me peou desprevenida. Dei boa noite a Jason e os demais seguranças e entrei no carro com ele. Confesso que estou nervosa. Ele está me levando para sua casa, não sei como vou me sentir.

__ Quero que conheça a minha filha Chiara! __ Exclamou do nada.

Como assim, filha?

__ Você tem uma filha e não me contou antes? __ Questionei um tanto furiosa.

__ Não achei relevante, __ Respondeu-me saindo do carro. Minha cabeça está uma bagunça. Eu tenho uma enteada. Isso é sério? E o idiota me falar assim sem dar a devida importância.

Saiu do carro e me deparei com uma enorme mansão. É tão grande que meus olhos não alcançam. Toda branca com um muro baixo da mesma cor que rodeia toda a casa. Esse muro é cercado por muitas plantas. Aliás, a casa toda é cercada por verde, e confesso que me deixou apaixonada. O chão é coberto por gramas verdinhas e há um mini coqueiro que achei fofo.

 __ Sua casa é muito bonita! __ Disse sincera. É muito grande, todavia é linda. De alguma forma, combina perfeitamente com o dono.

__ Agora é sua casa também. __ voltou a me puxar pelo braço __ Ali está a quadra de tênis. Aqui temos de tudo. Salão de jogos, cinema, biblioteca. Não precisa sair.

__ Quer dizer que não poderei sair? __ Fiz a pergunta com os olhos arregalados. Serei uma prisioneira dele, é isso?

__ Sair pode, mas com a minha autorização e com pelo menos três seguranças. __ Informou impaciente. E para testificar voltou a me puxar pelo braço. Entramos pela casa e não tive como observar nada. Ele estava muito apressado. Subimos as grandes escadas em espirais. Paramos em frente a uma porta de quarto na cor lilás, Aidan abriu a porta e foi direto para um berço enorme. Ele é grande mesmo. Me aproximei do móvel e vir a bebê mais linda que já vir. Sua cabeleira negra como do pai e os lábios não deixam, duvida que é sua filha.

__ Está é a minha filha Chiara, ela tem cinco meses. __ Me apresentou saudoso. Menina começou a se mexer, depois a choraminga. Vir a intenção dele em chamar alguém.

__ Não precisa, eu cuido dela. __ falei pegando Chiara do berço e pondo no trocador. __ Você é muito linda e fofa.

Não conseguir deixar de fazer aquela voz horrorosa de bebê. Troquei a fralda e peguei a mamadeira guardada na porta mamadeira para dar de mamar-lhe.

__ Pode abrir o zíper do meu vestido? Está me sufocando. __ Pedir sem pensar muito. Ele abriu a minha veste e ela caiu como cascata ao chão. Fiquei apenas com a anágua. Ela é da cor do vestido e muito mais justa. Me sentei na poltrona ajeitando a pequena em meus braços e por uma fração de segundo olhei para o meu marido. Ele me observava com luxúria, fiquei muito sem graça, então desviei meus olhos. Foquei apenas na pequena. Ela mamou feito um bezerro. Estava faminta. Assim que terminou me levantei e a coloquei para arrotar. Logo em seguida pus Chiara novamente no berço. Quando me virei Aidan me encarava sério.

__ Espero que esteja sendo sincera ao tratar minha filha com carinho, caso contrário... __ Não terminou. O fitei horrorizada.

__ Quem pensa que sou? Não sou um monstro.

__ Tanto faz! __ Abriu a porta mandando eu sair. Ele me levou para um quarto no fim do corredor. Abriu e novamente entrou na frente deixando-me para trás. Acabei esquecendo meu vestido no quarto de Chiara. Entrei com o coração nas mãos. Aidan já estava no banheiro, parei para respirar. Inicializei uma digressão pelo quarto. A primeira coisa que reparei foi a grande cama dossel no meio do quarto. Ela possui uma estrutura de madeira fixada e véus nas cores marrons escuros. Há grossas cortinas na janela nas cores marrons, acinzentado. As paredes são uma mistura de branco neve e branco marfim. Tem outra porta deduzir se tratar do closet. Quando entrei fiquei extasiada, parece que estou em uma loja. Do lado direito a várias roupas masculinas, muitas mesmas. Há um lugar específico das roupas e dos sapatos. Olhei para o lado esquerdo e vir varias roupas femininas. Tudo organizado perfeitamente. Escutei o som da porta se abrir, peguei o que precisava e me preparei para sair. Me bati com Aidan entrando com uma toalha enrolada na cintura. Nem olhei na cara dele. Escutei uma risadinha sarcástica e fiquei puta comigo. Claro que ele sabe que me afeta de alguma forma.

Entrei no banheiro me deparando com uma banheira espaçosa. Deve cabe pelo menos umas três pessoas dentro. Há um espelho que toma minha imagem de cima a baixo. Desistir inspecionar o lugar. Tirei a anágua e me joguei embaixo do chuveiro com cuidado para não molhar meus cabelos. Sair da água me sentindo renovada. Vestir uma camisola de seda, respirei fundo e sair do banheiro. Me sentei em frente a penteadeira. Não quis olhar para cama e ver o meu marido esparramado. Vir apenas de relance. Ele está, deitado com um braço embaixo da cabeça e com uma cueca preta exibindo seu físico másculo. Ele é gostos, não posso negar. Aidan possui pelos, no peitoral que o deixa ainda mais lindo.

Pequei um hidratante e iniciei uma massagem em minha pele. Não sei que marca é, pois, está nunca vir na vida. Ele é cheiroso e deixou minha pele macia. Amarrei meus cabelos em um afro-Puf! Me virei para cama engolindo seco. Aidan me observava minuciosamente. Me deitei na cama o mais longe possível dele, mas não teve jeito. Scott me agarrou, tirando um grito fino da minha boca.

__ Me larga! __ Exclamei assustada com a reação do meu corpo. Ele o queria sem sombra de dúvidas.

__ O que pensa que estou fazendo menina? Vou transar com minha esposa.

__ Eu não vou transar com você!

__ Tem certeza? Não é isso que seu corpo está me dizendo.

__ Tenho muita certeza. __ Levantei da cama e ele fez o mesmo.

__ Se não vai cumprir com a sua obrigação, vou procurar outra que faça o mesmo. __ Anunciou entrando no closet e saindo com uma calça de moletom. Fiquei estarrecida. Pior que sei que seria muito capaz. Eu não vou sair por baixo, não mesmo.

__ Se é assim posso fazer o mesmo? Achar um homem que me satisfaça. __ Me arrependi assim que terminei de falar. Quando notei Aidan já estava em cima de mim, apertando o meu pescoço. Toda minha respiração ficou escassa. Bati em seus braços tentando fazê-lo me soltar.

__ Acredita que vou deixar que me faça de trouxa? Se me fazer de tolo eu destruo-o você gradualmente até não restar nada. __ Avisou saindo de cima de mim, quando estava quase perdendo os sentidos. Sentir todo o meu corpo reclamar, minha garganta doer a cada respirada. Me encolhi sentindo pena de mim mesma. Será que nossa convivência será sempre assim, dolorosa?

Não a quanto tempo fiquei nessa posição. Escutei a porta do se abrir e me encolhi mais ainda. Não vou suporta outra agressão. Sentir o colchão afundar e o mesmo me puxar para encostar nele. Não teve como não me retesar pelo contato. Não conseguir relaxar enquanto eu não sentisse sua respiração leve. Relaxei quando sentir que dormiu. Eu já estou mais calma, sinto meu corpo cansado pelo choro e o estresse desses dois dias, espero que amanhã seja melhor! Muito melhor.

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