Ele sai de trás da sua mesa, me olhando e diz:"Sei o quanto nossos mundos tomaram dimensões inesperadas... (ele passa uma das mãos pelo rosto enquanto continua) Você tem razão, vou parar com as flores, vou te deixar em paz!"Opa, não achei que seria tão fácil assim!Será que posso acreditar nele?!?Parece fácil demais.Vim preparada para enfrentar um dragão, mas ao que parece, esse dragão está mais para gatinho, será?!?"Sério?!?”, pergunto, desacreditada e incrédula dessa facilidade toda. "Sim, srta. Mars! Tem minha palavra!”Mars??? É estranho ser chamada assim e não mais Stuart, ainda mais ouvindo Lucas usar esse meu novo sobrenome. Não sou mais apenas Stela! Será que ele está sendo sincero???Estranho, será que ele está sendo verdadeiro?!? No entanto, uma normalidade é muito bem vinda! Sinto meu coração apertado, mas porquê?!? Deveria estar aliviada, mas não, estou esquisita!Mesmo assim, prefiro deixar as coisas seguirem como devem, chega de loucura! Isso nunca irá ac
Logo estou na porta esperando meu motorista/segurança, pois é, agora tenho que ter um agente multi uso.Se eu soubesse que essa noite terminaria assim, nem teria saído de casa e quando avisto meu carro, aquela maldita voz surge:"Stela…"E quando me viro, lá está ele diante de mim para me atrapalhar, mas dessa vez não! Começo a caminhar na direção do meu carro, preciso sair dali, preciso da minha calmaria, preciso ficar longe dele. Silver me vê e para o carro, enquanto isso sinto uma mão me segurar. "Stela espera!", diz aquela voz que me faz tremer todinha!Preciso ir, não posso viver à mercê desses sentimentos e assim me movo, tentando me soltar da mão dele. Ele se aproxima ainda mais, mantendo meu corpo contra o seu. Nesse momento Silver surge gritando:"Srta Mars está tudo bem???”, vejo ele se projetando contra Lucas, que me apoia ainda mais forte contra seu corpo. "Lucas pare!!!", grito."Você não vai embora assim!", esbraveja."Srta Mars!”, dispara Silver.Sem saber ao certo
Achei bacana Dougue me chamar para um final de semana com os caras. Ficamos de pescar, ele me falou que a área é cercada por grandes peixes. Fiquei de levar minhas varas de pescar. Quando Dougue me falou da viagem eu já iria recusar, porque depois daquela noite que aquela mulher avançou sobre mim e a Stela viu, me senti um grande idiota. Se fosse qualquer outra mulher, eu não estaria nem aí. Mas era a Stela, a mulher que meu coração escolheu para amar e que por azar, nem quer ouvir falar de mim. Tentei ir atrás dela para que visse que aquela mulher não era nada, mas droga, consegui foi distancia-la ainda mais. Devo confessar que nunca, jamais, imaginei sentir isso por alguém. Andei conversando com minha mãe e ela me pediu para deixar a Stela em paz, eu havia até cogitado em lhe mandar flores, mas minha mãe me fez ver o quanto fui inconveniente, enviando todas aquelas flores. "Filho, se coloque um pouco no lugar dela - disse minha mãe - olhe o quanto você a machucou. Nunca pense
Isa me falou que aqui não tinha sinal, que era para eu deixar tudo programado e não esquecer nada.Percebo que Lucas se serviu do vinho e está na varanda em silêncio, observando seja lá o que for.Por meus neurônios só pode ser brincadeira! Lucas aqui e eu sem poder fazer nada para ir embora.Deve haver algum barco no píer, deixo as coisas e saio procurando o lugar. Minha cabeça ferve. Passei as últimas semanas azeda, quase desidratada de tanto chorar e caramba, para me deparar com ele!Só pode ser alguma zueira de muito mal gosto, meus amigos sabem como ele me faz mal. Eu não acredito!Lucas percebe minha agitação e pergunta:"O que está procurando?"Que merda! Ainda tenho que responder suas indagações, mas sem muita escolha, acabo falando. "Preciso ir embora, deve haver algum barco ancorado""Sinto te dizer, mas a lancha que me trouxe, voltou para buscar Dougue e os outros""Mesmo assim, quero ver se não há um meio de me levarem embora", disparo sem paciência."Bom… vim daquel
Olha vou esganar as meninas! Porque elas acompanharam meus dias tenebrosos. Elas foram testemunhas do quanto penei esses dias, tentando arrancar esse homem da minha cabeça e pior ainda, do meu coração! Não posso acreditar que elas fariam isso comigo!Não consigo pensar em uma enrascada desta!Mas enfim, melhor aproveitar este sol, porque se já estou aqui, ficar encarfunada dentro do quarto que não ficarei, até porque, olha o sol que está fazendo!Passei na cozinha, peguei algumas coisas para beliscar e trouxe um livro. Ocupar a cabeça com outras coisas, é a melhor coisa que posso fazer.Pelo barulho, Lucas segue nadando!Me recuso a olhar na direção dele, não quero dar Ibope a sua performance. Mesmo sendo tentada a olhar, vou resistir, deixando bem claro minha indiferença a sua presença. Não quero que ele tenha dúvidas, que não estou para compartilhar da sua amizade. Se a ideia foi nos trazer aqui para sermos amigos, minha turma irá se frustrar, porque não irei abrir a guarda.Não
Poucas vezes me vi tão longe com meus pensamentos, como por agora, enquanto caminho, fico pensando em como seria se Lucas e eu pudéssemos ser um casal. Fico imaginando, nos dois cozinhando juntos, depois nos sentando para conversar na companhia de um bom vinho e uma música tranquila ao fundo. Para mais tarde, irmos nos deitar no aconchego um do outro e desfrutar de um momento cheio de amor e luxúria. Ahhh para!!!Isso só pode ser efeito da comida dele, porque desde quando fico imaginando tolices. Dificilmente seremos um casal algum dia, somos totalmente incompatíveis, temos uma maneira muito aquém de viver e isso por si só, já nos mantém bem longe um do outro. Perdi um pouco a noção do tempo e voltei para casa já quase que anoitecendo.Ao passar pela sala, vejo Lucas sentado em uma poltrona lendo, parece que nem percebeu minha chegada e resolvo deixar assim. Bom, só mais dois dias e esse incidente infeliz acaba. Não é a tarefa mais fácil me esconder no quarto, mas a verdade é qu
E nessa hora um raio ricocheteia lá fora e claro, meu berro ecooa na casa. Lucas me aperta ainda mais. “Shiii, calma, estou com você e tudo ficará bem!”Permaneço quieta, encolhida nos braços dele. "Achava que você não tinha medo de chuva?", me pergunta carinhosamente.Suspiro profundamente."Quando não há raios e trovões, não me importo! Mas tempestades dessa forma sempre me apavoram! Não são todas, mas quando há tantos raios, trovões, fica complicado para mim", acabo confessando envergonhada. Ele fica comigo nos braços, até a chuva dar uma trégua, ficamos em silêncio e a calmaria volta a me alcançar. Mas ainda estamos sem luz, que bom que a lareira é a gás."Vou te colocar aqui sentada e ir pegar algumas coisas. Como estamos sem energia é melhor ficarmos aqui, a temperatura caiu bem e estamos sem ar condicionado" Sem esperar resposta, ele sai.Me sinto sem jeito pelo papelão. Estou me sentindo péssima por me aproveitar dele, nesse momento, mas o que posso fazer se me apavor
Lembro de ter visto uma barra de chocolate no armário, pego uma lanterna que Lucas deixou para mim e decido fazer um chocolate quente, fazendo com que as coisas voltem a ser comuns, sem sustos ou entreveros, sem nostalgia ou saudosismo. Apenas a calmaria e a paz que precisamos para passar a noite. Tempos depois Lucas está arrumando as coisas nos sofás e eu volto com duas canecas fumegantes com chocolate quente. "Olha, isso é para você!", e entrego uma caneca, ele agradece e começa a beber."Nossa isso aqui está bom!", comenta. "Receita da minha vó", falo."Puxa, senhora Mars mandava bem no chocolate" Mas assim que termina a frase, percebe a asneira que falou. Mas decido, por ignorar."Não foi ela né?”, me pergunta envergonhado. Balanço a cabeça negativamente, compreendo que nem todo mundo entende a bagunça que é ter minha história."Minha avó Carmem, sempre me ensinou muito do que sei. Graças aos Stuart, fui muito bem educada"Ele senta no sofá, que estava ocupando antes e se