Penélope Sanchez
Mais uma vez sou surpreendida só que desta vez por Evelyn que chega dizendo que eu tenho visita. Pergunto quem é e ela responde ranzinza que eu verei quando chegar lá em baixo. Dou de ombros e olho para Álex indagando-o, e ele meneia a cabeça em aprovação para que eu vá ver de quem se trata.
— Já vou avisando que se for minha mãe de novo eu volto para trás — digo estendendo as mãos para que ela me algeme.
— Tomara que seja e que ela te dê outra surra — ouço Jenniffer burburinhar e não dou a mínima, cansei dessa palhaçada.
Evelyn não dá uma palavra durante o percurso, e eu estou eufórica demais, desato a perguntar:
— A pessoa que veio me visitar é mulher?
— Não me interessa! — ela responde sem me olhar.
“Eu não acho que você esteve apaixonado. Pelo menos não recentemente. Não tenho certeza se você se lembra como é. Isso compromete você. Ele assume o controle do seu corpo. Como uma palavra de barro. Acho que o amor é uma palavra de ordem. ” Max BarryÁlex Francis CartterDou um pulo na cama quando o celular vibra debaixo do meu travesseiro em plena madrugada. Meu sono é alertado quando vejo que se trata do Red, meu capanga. Atendo-o rapidamente, minhas mãos estão tremendo de ansiedade. Ele vai logo dizendo que, após estudar as plantas do presídio por dias, descobriu uma grande brecha. Como eu desconfiei que em todo lugar existem brechas, no Klark Jackman não é diferente. Red me disse que há uma porta no fim do corredor do calabouço que leva a um túnel de aproximadam
“Se eu fosse um menestrel, cantaria seis canções de amor para você. Para contar ao mundo inteiro sobre o amor que compartilhamos. Se eu fosse um comerciante, traria seis diamantes, com seis rosas vermelhas de sangue para o meu amor usar.” Six Ribbons – Jon EnglishPenélope SanchezEnquanto o plano vai de vento em poupa, meu gato assassino e eu aproveitamos para ouvir uma boa música e conversar. Ando ansiosa com tudo isso ao mesmo tempo em que sinto uma pontinha de medo de não dar certo. Com certeza, o FBI em peso virá atrás de nós, teremos de ser ligeiros. Mais cedo, escrevi uma carta para Paul e a confiei à Megan que me garantiu que irá procurá-lo para entregar em suas próprias mãos. Quero que ele saiba que, mesmo eu tendo errado e sendo uma louca, eu o amo, independen
Penélope Sanchez— Nossa, você é gostosa demais! — Álex diz e acelera um pouco mais, as caras e bocas que ele faz aumentam o meu tesão. Ele dá tapas em meu rosto e a ardência corresponde na minha boceta que fica ainda mais sedenta por ele. Amo apanhar na hora da transa.Mudamos de posições algumas vezes, mas quando ele me penetra de quatro, sinto que não demorará muito para gozarmos. Ele fica fora de si e tanto geme quanto se remexe com euforia. Ele dispara tapas em minhas nádegas e vibra quando minha pele fica completamente vermelha pelo atrito. Quando estamos próximos a cair do abismo, ele segura meu quadril firmemente com a mão direita e com a esquerda masturba meu clitóris. Nossos pulsos se aceleram, nossas mentes vagueiam, o som dos gemidos vizinhos e o cheiro de sexo que emana por toda a cela me dá uma certeza, estamos: insana
“Uma canção superlativa, a existência o preço. Mas o mundo inteiro ainda quer ouvir, e Deus em Seu céu sorri. Pois o melhor só é comprado às custas da grande dor... ou assim diz a lenda.” Collen McCulloughRick TravorMeu corpo não para de tremer, desde que o dia amanheceu, nem consegui comer nada, apenas tomei café e isso só me deixou mais afoito. Robert perguntou o porquê de eu estar aflito e eu disse que havia corrido antes de vir trabalhar. Que nada, nem consegui pregar os olhos a noite inteira.Ontem à noite visitei a cela de segurança máxima uma última vez. Angelic e eu choramos juntos, e ela cantou para mim uma canção que ela mesma compôs e que tem o meu nome como título. Fiquei emocionado com a música que fala sobre recomeços, amo
Megan Shelby— Nossa, parece que ela chegou da reunião com uma dose de estresse extra — Samantha balbucia e se levanta com a pasta de documentos em mão.— Vou te acompanhar — digo.Caminhamos juntas até a sala, a porta está entreaberta, Samantha entra e em seguida eu dou as caras.— Chamei apenas Samantha aqui, mas pode ficar, Megan. Bom que já se despedem logo — Leona diz com a voz carregada de sarcasmo.— Despedir, como assim? — a indago.— A Samantha não conseguiu descobrir quem é o assassino e, por isso, ela irá embora agora mesmo — ela brada com um olhar de leoa direcionado à Sammy que a observa com um leve sorriso nos lábios, ela logo intervém — Por que está com esse risinho falso nos lábios?— Ahhhh, não é nada demais, é só
Desde pequena que eu sempre sonhei em explodir um prédio inteiro e, agora, com meio século de vida, continuo pensando da mesma forma. Ver todos os preparativos com explosivos altamente perigosos e, por vezes, até proibidos pelo governo, enche o meu coração de esperanças. Sorrisos insistentes povoam meus lábios. Já assisti a todos os documentários que encontrei sobre explosões e, ver corpos carbonizados e destruição, exaltava o meu ego. Seria tão fácil acabar com vários bandidos de uma só vez, será que a polícia não pensa? Bastaria colocar todos no mesmo lugar e explodir. Bummmmm! O mundo estaria livre do crime para sempre. — Senhora, tem certeza de que vai querer instalar explosivos por todo o presídio? — o rapaz novo e bonito me indaga. — Isso eu já lhe respondi um milhão de vezes! — brado. — Sim, quero explosivos por todo o Klark Jackman. — Hum, tudo bem! — ele tem uma cara de nerd, sempre gostei de trabalhar com pessoas assim. — Precisare
Ano de 2.020 Sydney – Austrália “A nostalgia é algo que achamos que está embaçado, mas é dor. Dor sobre o passado.” Peter Carey Penélope Sanchez Olhar para o teto frio e cinza não é exatamente o que me faria feliz neste momento, mas sim ver as estrelas perdidas na imensidão do céu ou, ainda, contemplar a lua prateada. Estes dias estão sendo difíceis e, por mais que eu seja vista como a louca que ama sorrir e que adora um flerte, ao colocar minha cabeça no travesseiro, só eu sei na real o que se passa em minha turbulenta mente. Hoje completa mais um dia de reclusão no Complexo Correcional Klark Jackman[1] em Sydney na Austrália. Noventa dias encarcerada e sem previsão de saída. Eu levava uma vida maravilhosa regada a festas noturnas com bebida de qualidade, homens lindos e muito sexo. Durante o dia, eu trabalhava vendendo armas e drogas.
Willy Foster “Eu só quero relaxar e dançar uma, cara Eu só quero pegar sol no meu 7- 45 Você me deixa louco, mina Eu preciso te ver e senti-la perto de mim Eu darei tudo o que você precisa Eu gosto do seu sorriso e eu não quero ver você chorar Tem algumas perguntas que tenho que fazer E espero que você venha com as respostas, mina.” Curtir um som de qualidade é a única coisa que me faz querer sobreviver dentro desta cela horrorosa. A música “21 Questions – 50 Cent” não para de tocar, já voltei nela umas cinquenta vezes só hoje. Minha amada esposa Kyla adorava essa música e sei que, onde ela estiver agora, ficará feliz ao ver que ainda ouço. Não posso negar que sempre fiz coisas erradas na vida, bom, erradas para a sociedade, porque para mim eram um trabalho. Eu era chefe de uma gangue de tráfi