“Sem que você se torne pleno, não terá nada a dar a alguém. Portanto, é imperativo que você primeiramente cuide de si. Primeiramente, garanta sua satisfação. As pessoas são responsáveis por sua própria satisfação. Quando você atende à sua satisfação e faz aquilo que o deixa satisfeito, você é um prazer para quem está por perto e se torna um brilhante exemplo para todas as crianças e todas as pessoas em sua vida. Quando se tem prazer não é preciso sequer pensar em dar. É um fluxo natural.” Rhonda Byrne
Penélope Sanchez
O despertador soa bem antes do horário, agora que são seis e meia. Sinto saudades das sextas-feiras em que tudo era mais tranquilo. Sinto saudades até mesmo das vindas de Francesca nas celas trazendo livros que nem sempre líamos, mas era maravilhoso ouvir suas palavras de apoio e ter em mão uma história para ler.
“Atenção, detentas, acordem e se vistam em dez minutos!” — Abby diz
Rick Travor Johann fica boquiaberto ao ver a situação em que os presos se encontram. Alguns iluminam as faces ao vê-lo. Johann é carrasco, às vezes meio ranzinza, mas ele tem uma qualidade que poucos têm aqui: humanidade. Ele franze o cenho ao ver as atitudes dos novos guardas para com os presos, mas não fala nada. — Rick, onde estão as mulheres? — ele pergunta. — Na horta, senhor. — Vamos lá! Caminho devagar ao lado dele que se mantém calado por alguns instantes, com certeza, sua mente está um turbilhão. — Que bom que o senhor veio ver de perto — digo quebrando o silêncio. — E não estou nem um pouco satisfeito com isso. O que os familiares vão pensar e dizer ao verem os detentos desse jeito? — Concordo, senhor, mas a minha preocupação não é a família e sim, o sentimento de revolta que está sendo gerado dentro deles. — Verdade, Rick! Ver as mulheres debaixo do sol escaldante, cavando bur
“São as coisas inúteis que dão sentido à sua vida. Amizade, compaixão, arte, amor. Todos eles inúteis. Mas são o que impede a vida de perder o sentido” Tim Winton Megan Shelby Evelyn, Abby e eu voltamos para a horta e os homens voltam para os fundos do presídio. Deixamos as fotos de Leona na mesa dela, caso ela queira matar as saudades mais uma vez antes de jogar fora. Chegamos à horta e está tudo nos conformes, todas as mulheres trabalhando no sol como se a vida delas dependesse disso. Johann vai discutir feio com Leona, isso é certo. Abby e Evelyn caminham entre as detentas como se fossem chefes de lavoura. — Onde estão Penélope e Angelic? — Evelyn grita perguntando, e as detentas iniciam os burburinhos. — Andie, Jenniffer e Anny também não estão aqui — Abby responde. — Alguma de vocês sabem onde elas estão? — pergunto enquanto checo as expressões de um
Jenniffer McDonald Anny e eu caminhamos abraçadas e sorrindo pelos corredores do presídio. Os ataques dos detentos nos serviu de boa distração. Aproveitamos e fomos para o banheiro fazer amor. Ela está mais apaixonada a cada dia que passa e eu amando as nossas putarias. Levamos um baita susto quando topamos de testa com a policial Abby. Ela nos olha com uma expressão carrasca e começa a nos rodear com indagações: — De onde estão vindo? O que estavam fazendo? E por que esse sorriso nos lábios? — Se acalme, Abby, estávamos no banheiro, agora não podemos nem fazer nossas necessidades físicas mais? — respondo. — Será que estavam no banheiro mesmo? — ela me fuzila com o olhar. — A Jenniffer já disse, agora, se você não acredita, problema seu — Anny a enfrenta e ela fica ainda mais carrancuda. — Saibam que o nosso diretor Johann se acidentou e foi levado para o hospital. Rezem para que ele não esteja morto, porque se
“Não há lua quando o Homem de Barro aparece. A noite colocou um par de luvas de couro finas; ele espalhou um lençol escuro sobre a terra: um truque, um disfarce, um feitiço para que sob sua capa tudo caia em um doce sono.” Kate Morton Penélope Sanchez Fomos obrigados a permanecer em nossas celas. As grades dos pátios foram trancadas, e nós só conseguimos ver o corre-corre dos policiais contra o tempo e o prejuízo. A noite cai e a aflição se faz presente. Talvez seja a fome, ou, a vontade de tomar um banho. Mas antes fossem essas as nossas maiores preocupações. Coisas piores estão por vir, é notório. Nossas vidas estarão nas mãos de Leona, se Johann não acordar. Andie está chorando desde a hora em que fomos para a horta, não faço ideia de como ela consegue e de onde saem tantas lágrimas. Se eu pudesse, encontraria o safado do irmão dela só para vê-la sair deste inferno.
“A linguagem do corpo é o reflexo externo do estado emocional da pessoa. Cada gesto ou movimento pode ser uma valiosa fonte de informação sobre a emoção que ela está sentindo num dado momento.” Allan e Bárbara Pease Andie Cooler Se eu pudesse sair correndo ou cavar um buraco e sumir, eu o faria, sem sombras de dúvidas. Meu coração bate tão forte que tenho medo de enfartar. Quem será que teve a coragem de matar Johann? Olho à minha volta e não consigo acreditar que estou no meio do bolo. A cada dia que passa, fica mais difícil encontrar Brad e a liberdade parece esvair das minhas mãos. Se eu for tida como culpada desse crime, posso desistir de sair daqui um dia. Ah, meu Deus! Minha alma estremece só de pensar numa vida inteira encarcerada, ainda mais estando rodeada por tantas pessoas que querem o mal umas das outras. Fecho os olhos e tento, sem sucesso, mentalizar coisas boas. Tudo o que eu mais queria neste mo
Megan Shelby Leona manda que os seus sete suspeitos se sentem todos juntos. Enquanto tomam um chá de cadeira por horas, a equipe da perícia colhe depoimentos de todos os outros presos e presas do Klark Jackman, mas pelo visto, ninguém viu quem matou o Johann, ou, não querem contar por medo. Após um vai e vem de informações, já é quase meia-noite quando Leona se pronuncia: — Pelo visto, não sabemos ainda quem é culpado, dessa forma, os sete suspeitos continuarão sob cautela rigorosa — os suspeitos suspiram fundo. — Por isso, tomei uma decisão para manter todos bem debaixo dos nossos olhos. Hahahahaha! — ela solta uma gargalhada macabra. — Acho que poucos aqui sabem, mas temos uma cela especial no terceiro andar. Essa cela foi construída para abrigar os presos que se comportavam como cães raivosos há uns trinta anos. Lá, a segurança é ainda maior, sendo assim, há câmeras até mesmo nos dois banheiros — os demais prisioneiros arregalam os olhos. — Portan
“Cada história escrita são marcas em uma página. As mesmas marcas, repetidas, apenas dispostas de formas diferentes.” Max Barry Angelic Ross Parker Para chegar ao terceiro andar, existe um elevador que fica escondido dentro de uma sala enorme repleta de armários. Leona traz consigo um molho de chaves. A porta da cela é imensa, repleta de cadeados e tem apenas uma pequena janelinha de vidro. Ela a abre e nos ordena a entrar. A cela é composta por um pequeno pátio principal que contém uma mesa com quatro cadeiras e uma bancada semelhante à lá de baixo com coisas para prepararmos chá e café. Em volta, há dez portas, cinco de um lado e cinco do outro. Duas são banheiros e as outras oito são celas. Cada minúscula cela contém apenas a cama e um armário bem pequeno para roupas. A janela das celas é de aproximadamente vinte centímetros, apenas para ventilação mesmo. Ao fundo do pátio principal tem uma janela maio
Megan Shelby Yan me acorda aos beijos. Ele se deita em cima de mim e sinto sua ereção gritar. Correspondo-lhe com carícias e meu quadril trepida de desejo. Ontem deitei nua e vejo que surtiu efeito, farei isso mais vezes. Arranco a blusa e em seguida a bermuda dele. Enroscamo-nos e logo fico por cima no comando da situação. Minha cavidade já está molhada, pronta para receber o membro rígido dele. — Que gostosa você, amor! — ele sussurra apertando meu quadril. Sento com tudo, o pênis entra com facilidade, inicio o movimento e ele geme. — Ah! Que delícia, amor! — gemo. Cavalgo na cintura dele como uma amazona. Inclino a cabeça para trás e fecho os olhos. Gotículas de suor brotam pelos poros da minha pele à medida que eu acelero o movimento. Eu estava precisando aliviar a tensão e nada melhor que fazer amor. Yan me puxa para um beijo, enfia toda a língua em minha boca e sinto meu clitóris latejar ainda mais. — Fic