Donatello odiou a notícia, mas precisava manter o controle na frente de Moretti e principalmente, concluir a reunião. Se sentou novamente e respirou fundo. — Obrigado, Moretti. Tem outro assunto que quero conversar, como sabe, estamos com alguns cargos em aberto, quero pessoas leais ao meu lado e você além de estar desde o início do meu lado, vem mostrando ter o que eu procuro. Quero que assuma a posição do Marconi e seja capo na região norte. O até então segurança ficou sem palavras, era uma enorme responsabilidade, mas se Donatello viu potencial nele, não poderia rejeitar. — Obrigado, Capitano. Eu aceito a oferta. — Donatello se levantou e logo Moretti fez o mesmo, apertaram as mãos e se despediram. Donatello se sentou novamente, precisava pensar, e muito bem, em sua decisão. Ele estava com ódio e sendo o don, era uma questão de honra se livrar do homem que tocou em sua mulher. Poupá-lo, seria vergonhoso, entretanto, matar Enzo implicava em mais um cargo de confiança vago num mom
— Vou te dar duas opções… — Donatello disse antes de finalizar a noite. — Você continua trabalhando para mim e fica aqui até alguém te ajudar. Ou, eu te levo ao hospital e você some do país. Em todas as opções eu estou sendo piedoso. — Eu não caio nessa conversa. Por que não acaba comigo logo? — Enzo respondeu com certa dificuldade, sentia muita dor, mas tentava não transparecer tanto. — Você ainda é útil. Enzo conhecia Donatello o suficiente para saber que nunca sairia vivo do hospital. Ele pensou em Isabella, ela era o motivo pelo qual ele estava ali e não valia a pena morrer por uma única noite. Então optou por ficar. — Ótimo. — Don respondeu. — Você vai assumir a posição de Pasini de agora em diante. Donatello deu seu golpe final, que deixaria Enzo quase que completamente surdo e deixou a boate. *** Pela primeira vez, Diego visitava a mansão Puzzo e não pôde deixar de se maravilhar pelo tamanho e beleza do local, nunca imaginou estar num ambiente tão luxuoso, muito menos com
Donatello estava tendo problemas com um carregamento, seu fornecedor de armas lhe enviou menos do que era o combinado. Após uma longa e intensa reunião, eles chegaram a um acordo que colocaria um fim na parceria. Ele sabia que não foi por acaso e colocou Diego para investigar, o rapaz estava sendo treinado e esse seria um teste definitivo para permancer na sua posição.Don desconfiava de Lavínia, após a festa, os dois tiveram alguns encontros ocasionais, para ele não era nada, ainda tinha esperanças que Isabella entendesse que ele não tinha nada a ver com as coisas que seu pai fez e estava disposto a esquecer que ela beijou Enzo. O único porém, é que Lavínia se envolveu com Santini e Don foi o responsável por colocá-lo num caixão, era bom manter ela por perto.Ele estava estressado após a longa discussão com o fornecedor e se esqueceu do compromisso que marcou com Isabella e os advogados meses atrás. Era o dia de assinar o divórcio. Chegou meia hora atrasado, todos, incluindo seu novo
Isabella chegou em casa acreditando que Catarina já estaria lá, mas encontrou sua avó apreensiva sentada no sofá ao lado de Lúcia. Marietta se levantou rapidamente, foi até ela e lhe deu um longo abraço. — Essa era sua chance, querida, deveria ter partido. — A senhora tem alguma arma? — perguntou sem expressão e Marietta se assustou, Isabella se lembrou de sua promessa, nunca mais viveria presa, tampouco seria fraca novamente. — O-o que está pensando? Quer matá-la? — a senhora perguntou assustada. — Só defender todas nós. Você tem? — insistiu e após pensar um pouco, ela afirmou e saiu da sala, retornou com um revólver .36 com 4 balas. Isabella analisou bem, teria que ser o suficiente. — Era do seu avô, ele comprou após o acidente. — ela observou a neta limpar e recolocar as balas no lugar. — Sabe usar isso? É perigoso demais, para você e para o bebê. — Sinto te decepcionar vó, mas eu ainda tenho o sangue do meu pai. — elas ouviram um barulho na porta principal e ficaram em alerta
Enquanto Isabella se recuperava, Don e Marietta se revesavam para cuidar do bebê e dos outros compromissos. A polícia ainda estava de olho neles, mas graças aos chapéus os moradores não conseguiram reconhecer nenhum dos homens de Donatello e tudo que eles tinham eram os relatos e um corpo.Com o tiroteio, a maioria dos moradores deixaram a pensão e Marietta estava preocupada com o que faria para reverter o prejuízo. Decidiu coloca-la a venda e voltar para a antiga casa da família, agora, aquela casa não seria tão solitária. Ela chegou cedo no hospital para ficar com Isabella e o bebê durante o dia, enquanto Donatello resolvia seus assuntos.Quando entrou no quarto, se surpreendeu ao ver a neta acordada e amamentando pela primeira vez, Donatello estava ao lado dela, juntamente com uma enfermeira que ajudava, pois a nova mamãe ainda estava fraca. Quando a viu, Isabella sorriu e a chamou para perto. Vendo os dois juntos, Marietta percebeu que errado seria se os dois se afastassem.— O mé
Os primeiros dias foram os mais dificeis do ponto de vista de Isabella, seu corpo ainda se recuperava, amamentar doía e não tinha boas noites de sono, mas era um sentimento novo, mesmo cansada ela fazia tudo com um amor que não sabia descrever.Ela tinha uma babá que a ajudava, mas acreditava que quando sua avó fosse embora, as coisas ficariam ainda mais complicadas, ela e Donatello não tiveram de conversar sobre a relação deles e estavam dormindo em quartos separados. Porém Donatello se mostrou um pai zeloso que tambem se importava com o bem estar da mãe e continuou a rotina que teve no hospital, trabalhando durante o dia e cuidando do bebê a noite.Isabella inclusive se assustou no primeiro dia, quando ouviu Leo chorar e foi procurar o filho, ele não estava no berço, com o coração disparado ela foi procurar por ele e encontrou Donatello o acalmando em outro comôdo, apenas para não acordá-la. Essa se tornou uma cena comum nas madrugadas e os dois conseguiam dormir algumas poucas hora
Quatro meses passam num piscar de olhos, tudo estava quieto, tranquilo demais. Donatello seguia seu trabalho preocupado e atento, calmaria era algo raro e suspeito. Até a polícia estava quieta. Com isso ele voltou a treinar Isabella assim que acabou o resguardo e tinha um plano de fuga em mente caso fosse necessário. Nem mesmo Stéfano lhe deu notícias.— Está distraído! — Isabella respondeu após ele reclamar do soco que ela lhe deu no treino. — O que está acontecendo?— Nada... e é isso que me preocupa.— Para mim isso é ótimo, assim o Leo cresce e não vai se tornar um empecilho tão grande quando as coisas piorarem. — ele sorriu e começou a tirar as luvas.— Só vai ser um pouco mais pesado. Vamos para casa, não vou conseguir me concentrar hoje.Mais tarde naquele dia, Don estava em seu escritório quando recebeu ligação de um número desconhecido, ele atendeu sem dizer uma única palavra.— Estou dentro, Don. Não posso te dar muitos detalhes agora ou vão desconfiar, mas preciso de uma pe
Com um plano em mente Isabella desceu as escadas e foi ao escritório de Donatello pegar um frasco que ela viu certa vez de um sonífero potente, nas aulas de fármacia aprendeu sobre o princípio ativo da substância e sabia que em grandes doses poderia até ser letal. Assim que encontrou, ela o pegou e foi até a cozinha. Para todos os funcionários era mais um dia normal, então as duas cozinheiras estavam a todo vapor preparando o almoço quando ela entrou.— Meninas, eu preciso da ajuda de vocês. — pediu assim que entrou e elas se assustaram. — Desculpe não queria assustá-las, mas é um pouco urgente.— O que houve senhora Puzzo? Está tudo bem? — a mais velha perguntou.— Tem a ver com os seguranças novos? Eu estava comentando com ela que achei estranho.— Sim, eles não são os seguranças normais daqui e Donatello foi sequestrado. — ela olhou para trás e foi até porta trancá-la para que entrasse. — Eu preciso que preparem um suco e coloquem isso, só deem para os seguranças e para Branca, ela