Roma, Período Imperial.
A cidade crescia cada vez mais nas mãos do grande Imperador Celsus II, que executou uma grande transformação após a guerra civil, onde o líder dos centuriões, General Bratus tentou executar o imperador e tomar toda a cidade para si.
Com um grande esforço, a Legião III Cyrenaica conseguiu frustrar os planos de Bratus e colocar ordem ao caos que se alastrava pelas ruas da cidade.
Era uma manhã grandiosa para o povo de Roma. O Imperador havia anunciado semanas antes sobre uma grande veação, espetáculo onde os protagonistas são animais selvagens, que aconteceria no anfiteatro do Coliseu. Foi escolhido um dos guerreiros para enfrentar quatro leões ao mesmo tempo e isso atraiu bastante o público, pois nada parecido havia acontecido antes. Geralmente, o guerreiro enfrentava apenas um animal, seja um leão, um urso ou um elefante. Se o tal guerreiro sobrevivesse, participaria a seguir do Múnus, combate entre gladiadores e levaria para casa um prêmio em moedas de ouro, além do reconhecimento popular como grande guerreiro.
A fila se formava do lado de fora do Coliseu enquanto o Imperador Celsus II se acomodava em sua poltrona de ouro na tribuna imperial, que ficava no podium e era ladeada por outros assentos dourados separados para os senadores e magistrados da época.
Em questão de tempo, o local preenchia sua lotação máxima de 80 mil pessoas. Os assentos eram feitos de mármores e as arquibancadas dividia-se em três partes, correspondendo a cada classe social. O Podium, como mencionado, era destinado as classes altas; a meaniana, setor exclusivo para a classe média e os pórticos, separados para a plebe e as mulheres.
Com o local abarrotado de pessoas, o conselheiro do Imperado, Cícero, alcançou a frente do podium. De pé, ele anunciava para o povo.
— Cidadãos! – gritava o homem — Hoje, teremos uma apresentação especial em homenagem ao nosso grande herói e conquistador, Imperador Celsius II. O povo começou a gritar, em uníssono, o nome do imperador. — Vou apresentar a vocês o mais temido guerreiro, invicto desde o gigante Catulus, o único e corajoso, Plautus.
Os enormes portões de madeira foram abertos por alguns soldados e, das sombras, saiu um homem forte, vestindo uma túnica marrom e segurando uma espada longa. O rosto estava coberto por um elmo fechado, não revelando assim sua face. Ele começou a girar a espada com movimentos parecidos com uma dança, mostrando assim, sua grande habilidade com a arma para o público, que vibrava.
— Ele enfrentará quatro leões ao mesmo tempo, coisa nunca vista antes. — gritava o conselheiro. — E que os jogos comecem!
O guerreiro se posicionou no centro do anfiteatro enquanto dois soldados girava uma grande roda, abrindo assim, as grades que mantinham os leões aprisionados. Um dos leões correu em direção ao guerreiro, enquanto os outros saiam de forma tranquila. Com o girar de sua espada, o leão teve seu peito cortado, caindo pesadamente no chão, morto.
Quando os outros leões resolveram atacar o guerreiro, faíscas começaram a sair do chão do anfiteatro. Um dos leões tomou uma descarga elétrica e se afastou rapidamente, caminhando de costas em direção a jaula do qual havia saído. Os outros animais somente se afastaram devagar. O guerreiro não entendia o que estava acontecendo até ser devorado por uma enorme fenda que surgiu no centro do local. A fenda começou a se abrir rapidamente transformando-se em um enorme buraco negro. Os leões correram para a jaula, mas antes que pudessem alcança-la, também foram devorados.
— O que está acontecendo? — perguntou o Imperador levantando do seu trono — Que diabos é aquilo?
Uma mão de ferro gigantesca saiu do buraco negro e atingiu a arquibancada, matando alguns espectadores. O desespero tomou conta das pessoas que empurravam umas às outras em busca da saída.
Um rosto se formou e parecia uma estátua gigante, porém toda feita de aço. Os soldados que protegiam o Imperador lançaram seus pilos, uma lança composta de uma ponta de ferro, pontiaguda em uma base madeira, maior e pesada, para impedir a criatura de emergir do buraco negro, mas todas apenas tocaram sua pele impenetrável e caíram no chão.
A criatura de ferro levantou seu corpo destruindo grande parte da arquibancada. O Imperador Celsius II e seus magistrados foram retirados às pressas e colocados em suas bigas, um tipo de carroça de duas rodas, movido por dois cavalos e levados ao Palácio. O local foi devastado. Havia muito sangue de pessoas esmagadas nas arquibancadas. O gigante saiu do buraco negro, que simplesmente desapareceu assim que seu corpo alcançou a superfície.
— O que era aquilo? — perguntou o Imperador ao homem que conduzia sua biga em alta velocidade, batendo as rédeas freneticamente.
— Eu não sei, meu senhor. — respondeu o homem com o desespero nítido nos olhos. — Só sei que preciso tirar o senhor daqui o mais rápido e leva-lo em segurança.
Chegando ao Palácio, a primeira ordem do Imperador foi solicitar que uma Legião fosse enviada para o centro de Roma e destruir a criatura que ameaçava acabar com toda a cidade. Ele adentrou as portas do local com medo, mas sem demonstrar para as pessoas que estavam lá.
— Cícero! — gritou o Imperador — Convoque os senadores para uma reunião. Precisamos agir rápidos.
O gigante destruía a cidade, derrubando casas e torres. Os soldados romanos que já estavam no local para segurança, tentaram parar a criatura, mas em vão. Ou foram lançados longe ou esmagados. O monstro não falava, apenas destruía tudo o que alcançava seus olhos amarelos e brilhantes.
Os centuriões alcançaram o centro da cidade e usaram a formação Testudo. Nessa formação, a primeira fileira de soldados, excluindo os homens das laterais, seguravam seus escudos entre a altura de suas canelas até os seus olhos, para cobrir a frente da formação. Os escudos eram levantados de forma que representasse uma parede de escudos para todos os lados.
Os homens da fileira de trás colocavam seus escudos sobre suas cabeças para proteger a formação por cima, usando seus elmos como base de equilíbrio. Essa formação dava pouca mobilidade para os soldados, porém, seu poder de defesa era bastante forte.
O que os soldados não imaginavam era que não se tratava de soldados humanos e sim de uma figura gigantesca feita de fogo e aço. A criatura cerrou seu punho e o acertou na base superior da formação, quebrando os escudos e esmagando os soldados. Os que estavam fora da formação tentaram cortar o monstro com seus gládios, uma espécie de espada curta, mas nem um arranhão sequer deu na lataria do monstro, que os matou em seguida.
Um dos cidadãos que conseguiu escapar, correu em direção ao palácio para avisar ao Imperador sobre o ocorrido. O soldado abriu a porta do salão de reunião para que o pobre homem conseguisse dar a informação. A reunião foi interrompida.
— Senhor. — disse o homem quase sem folego. — Os legionários foram derrotados pelas criaturas. Ela não sofreu nenhum dano e continua destruindo tudo. O que faremos?
— Precisamos de ajuda. — disse um dos senadores — Não seremos capazes de deter esse monstro sozinhos.
— Acredito que eu tenho a solução. — respondeu o Imperador levantando de sua cadeira e solicitando a presença de seu mensageiro.
O imperador Celsius II pediu para que seu mensageiro, Silus, viajasse a cavalo para o vilarejo próximo as montanhas e entregasse a mensagem que ele disse ao pé do ouvido do jovem, que as pressas correu para o estabulo.
A viagem do mensageiro durou algumas horas até alcançar um pequeno vilarejo próximos as montanhas. A vista do local era linda. As colinas eram verdes e um rio atravessava o local, mantendo a terra sempre úmida, ajudando assim as plantações.
O jovem, desceu do seu cavalo e amarrou suas rédeas num tronco de uma arvore ao alcançar a casa mais alta. Assim que o rapaz alcançou a porta da frente da pequena casa, começou a bater freneticamente.
— Acalme-se. — respondeu uma voz feminina de dentro da casa. — Já vou atender.
A porta se abriu e a uma mulher com corpo esbelto e cabelos dourados presos por uma tiara azul recebeu o rapaz desesperado.
— Em que posso ajudá-lo? — disse a mulher secando suas mãos no avental amarrado em seu vestido meio amarelado.
— Preciso falar com o General Malleolus? — disse o homem suando feito um porco deitado no numa churrasqueira de pedra. — É uma mensagem direta do Imperador Celsius II.
— No momento, Malleo não está aqui. — respondeu a mulher. — Você poderá encontra-lo nos campos de trigos, a oeste.
— Obrigado, minha senhora. — disse o rapaz correndo em direção aos campos de trigo.
Longe dali e num calor muito intenso, o mensageiro pode avistar um homem alto e forte, vestindo um chapéu de palha e carregando um cesto abarrotado de gramíneas de trigo.
— General Malleolus! — gritava o rapaz ao longe.
Rapidamente, Malleo se virou em direção a voz. Havia anos que ninguém o chamava pelo seu título. General Malleolus foi o líder da Legião III Cyrenaica que derrotou o General Bratus quando o mesmo tentou dominar Roma. Depois daquele fatídico dia, Malleo havia prometido se aposentar do exército e morar com sua recém esposa, Anallis. Juntos, eles vivem no vilarejo, com uma vida comum de agricultor.
— Tenho uma mensagem para o senhor, General. — disse o rapaz alcançando o homem na plantação de trigo. — São mensagens diretas do Imperador Celsius II.
— O imperador sabe muito bem que já não faço parte de sua Legião e nem comandarei uma. — respondeu Malleo limpando sua barba negra e áspera suja de grãos de trigo. — O que ele deseja comigo?
— Uma criatura gigantesca apareceu no centro de Roma, destruindo a cidade e matando seus moradores. — disse o mensageiro parecendo uma criança contando uma história, gesticulando a cada palavra.
— Sabe que os gigantes foram banidos a muito tempo, não é mesmo?
— Senhor, este é diferente. Ele apareceu no anfiteatro do coliseu por uma espécie de buraco. — o rapaz já não se continha de medo e euforia para entregar a mensagem — Além do mais, não é um gigante comum. Esse é feito de ferro ou aço, não sei explicar para o senhor. General, precisa se apressar.
— Vamos até minha casa. — disse o agricultor levantando com seu cesto e arrumando seu chapéu na cabeça. — Preciso avisar minha esposa.
Os dois correram em direção a casa de Malleo. Lá, sua esposa o esperava na porta, preocupada com o que estava acontecendo. O antigo general abraçou sua esposa, recebeu-a com um beijo e contou o que estava acontecendo.
— É perigoso demais, Malleo. — disse a mulher preocupada. — Você pode morrer.
— Anallis. — disse seu marido, segurando suas mãos. — Eu prometo a você que vou voltar e vamos cuidar do nosso filho. — Malleo abaixou na altura da barriga de sua esposa e deu um beijo. — Espere, pois, o papai vai voltar.
Malleo foi até seu quarto, retirou o tapete lilás próximo da cama e retirou algumas tabuas, revelando um baú vermelho com detalhes dourados. Dentro, havia seu antigo armamento de general: uma túnica de cor vermelha, uma lorica, uma armadura com a musculatura desenhada, tornando assim mais flexível, porém não deixando de ser tão resistente. Um bálteo de ombro, espécie de cinto para segurar a arma. Como as espadas ficavam no quadril esquerdo como de costumo, o cinto era apoiado pelo ombro direito e atravessava sobre o peito. Seu casse prateado, um elmo com proteção para o pescoço e orelhas. No fundo do baú havia seu gládio, um clípeo, um escudo de formato circular feito de madeira com bordas de aço e três Pilos.
Ao sentar na cama, ele calçou sua cáliga, uma sandália militar com solado pesado. Após vestir todo seu armamento, beijou sua esposa em menção de despedida, pegou seu cavalo e antes de sair, Anallis entregou a ele um cordão de ouro com uma medalha dourada na ponta.
— Você havia me dado isso quando nos conhecemos. — disse a mulher colocando a cordão nas mãos de seu marido e fechando seus dedos em seguida. — Quero que carregue isso com você, lembrando que você tem que voltar para casa vivo.
— Obrigado, querida. — disse Malleo colocando o cordão envolta do pescoço e batendo as rédeas do cavalo. — Prometo que estarei de volta.
Quando os dois alcançado o Palácio em Roma em menos tempo que na ida do mensageiro ao vilarejo e logo foram recebidos pelos soldados do Imperador. Foram acompanhados para o salão de reunião, onde o Imperador e os senadores ainda discutiam ideias para deter o gigante.
— Graças a Deus, Malleo. — disse o imperador levantando de sua cadeira e sendo imitado pelos outros senadores. — Você é nossa única esperança.
— Então ele é a nossa salvação? — perguntou um dos senadores que o tratou com indiferença. — Achei que iam trazer uma catapulta ou uma arma que pudesse destruir o monstro, não outro soldado.
— Não ouça o que ele diz, Malleo. — o imperador alcançou o general e o tocou nos ombros. — Você é quem realmente preciso para dar fim a ameaça. Você será muito bem recompensado pelo seu serviço, meu general.
— O que este homem tem de tão importante assim que fará ele ser o vitorioso dessa batalha? — retruca novamente o senador — Ele pode ser um excelente guerreiro, mas não é uma máquina de guerra.
— Você está mesmo interessado em descobrir do que sou capaz? — Malleo aproximou o rosto a 2 centímetros do nariz do senador, que, com medo, não sequer respirou.
— Este homem simplesmente derrotou um ciclope, matou dois leões ao mesmo tempo no Coliseu e derrotou o exército do General Bratus.
Todos os senadores ficaram em silêncio e com apenas um acenar de cabeça, consentiram que o Imperador estava certo.
— Não podemos perder mais tempo. — disse o imperador empurrando Malleo para fora do salão. — Precisamos derrotar essa criatura antes que ela destrua toda a Roma.
Malleo pegou seu cavalo e cavalgou até o centro de Roma, onde a criatura já havia destruído muito edifícios, matado muitas pessoas. Com um bater de rédeas, o general cavalgou mais rápido em direção ao gigante e lançou o primeiro pilo que o acertou no calcanhar. A arma não causou danos a pele da fera, mas chamou a atenção para o guerreiro.
O general atraiu a criatura para os limites da cidade, assim, evitando que mais pessoas pudessem morrer. Lançou mais um pilo. Esse acertou a perna da criatura. Não causou ferimento, mas continuou mantendo-o seguindo Malleo.
Após chegar aos limites da cidade, Malleo pulou de seu cavalo e começou a escalar a torre de vigília. Do alto, ele lançou o ultimo pilo, acertando assim o olho esquerdo da criatura. Finalmente, dessa vez, a lança cravou no olho brilhante do gigante, que apagou instantaneamente, mas não o impediu de correr em direção a torre.
A criatura segurou a torre com uma das mãos e retirou-a do chão, juntamente com Malleo encima. O gigante começou a espremer a estrutura, fazendo com que o teto da torre cedesse e matasse nosso herói. Com bastante agilidade, o general sacou seu gládio do cinto e saltou na outra mão do gigante. De lá, ele tentou cravar sua espada na pele metálica da fera, mas não foi possível. Nada era capaz de atravessas aquela carapaça.
Rapidamente, o gigante pegou as pedras que sobrou da torre e lançou contra Malleo, que se posicionou a tempo com seu escudo. As pedras destruíram o escudo, mas não o feriu. O general jogou o resto do escudo de sua mão fora e correu para os braços do gigante. A fera abaixou os braços, forçando nosso herói a segurar nas placas e parafusos gigantesco que se estendia.
Quase na altura dos cotovelos da fera, o gigante usou a outra mão na tentativa de esmagar novamente o general. Malleo aguardou o momento certo e saltou para cima da mão do monstro. O monstro não tentou esmaga-lo dessa vez e sim, aproximou a mão com o guerreiro encima para próximo do rosto e um raio vermelho escaneou todo o corpo do nosso herói. Ele não entendeu o que estava acontecendo e pulo em direção ao Pilo cravado no olho esquerdo. Infelizmente ele não conseguiu alcançar a lança, pois o monstro afastou a mão do rosto muito rápido, prejudicando o salto. Nosso herói começou a despencar.
Num ato desesperador, Malleo conseguiu cravar seu gládio entre duas placas da cintura do gigante, salvando-o de uma queda fatal. Ele usou as fendas das placas para alcançar o peito da criatura, que não mediu esforços para tentar esmagar o herói.
Quando a criatura bateu sua mão contra o peito, Malleo deu um salto e alcançou o pulso da criatura, correndo em direção ao ombro, com receio da fera abaixar seu braço e ele ter que escalar novamente. Já nos ombros, era possível ter maior equilíbrio. O que o general não esperava era que, do ombro, abrisse três pequenos dutos e de lá saíram pequenas aranhas mecânicas que correram em direção a ele.
— Esse gigante não para de me surpreender. — disse o herói destruindo as criaturas com seu gládio.
Ainda tentando manter o equilíbrio no ombro, pois mesmo um pouco reto, as placas metálicas eram lisas e escorregadias, nosso herói tentava manter-se de pé, mesmo com os movimentos do gigante.
Quanto mais tempo Malleo permanecia nos ombros do gigante, mais pequenas aranhas de metal apareciam para tentar mata-lo. Fora o fato de que a mão do gigante tentava alcançar o ombro a fim de esmaga-lo.
Quase esgotado, o general deve uma ideia. Ele correu até alcançar uma determinada velocidade e pulou, agarrando ao Pilo cravado no olho esquerdo da criatura. Dali, ele retirou a lança do olho e aguardou o momento certo para usa-la.
A criatura abriu a boca e foi nesse exato momento que nosso herói, agarrada ao olho destruído da criatura, lançou a arma travando assim sua boca. Ele sabia que a lança não era forte o suficiente para manter a boca dela aberta por muito tempo, mas o suficiente para que ele pudesse adentrar.
Ele pulou e agarrou a base da boca da criatura e de lá, se jogou para dentro do corpo. Ele escorregou por um grande tubo até a base do estomago. Dentro, ele pode ver um maquinário complexo e confuso, cheio de dutos transparentes com líquidos verdes, engrenagens de metal, cabos de aços e telas por todos os lados. Malleo não sabia o que era aquilo, mas soube que era tudo isso que fazia daquele gigante o gerente do caos em Roma. Quando ele pensou em começar a destruição, várias aranhas desceram até o local onde ele estava para detê-lo. Com seu gládio em mãos, além de derrotar as criaturas, ele também destruiu alguns dutos e cabos de aço do local. Logo, uma luz vermelha tomou conta do ambiente e um alarme sonoro anunciava danos críticos a máquina. Um agua começou a sair de um dos dutos e encher a sala.
Malleo conseguiu cravar seu gládio nas paredes e escalou o duto até a base da cabeça. Na altura da boca, viu que seu pilo já tinha sido destruído e a boca fechada. Não era possível sair, então, a única forma de sair é subindo mais.
Ao alcançar o topo do gigante, Malleo se viu num pequeno corredor com paredes brancas e uma porta de ferro fechada. Ele fez do seu gládio uma alavanca, cravando-a na base da porta e forçando para abri-la. Dentro, havia um ser estranho conectado a vários cabos de energia. Parecia um cérebro grande, com pequenos tentáculos ligados a várias máquinas dentro da pequena sala. Não tinha olhos e nem boca, mas pulsava como um coração. O general cortou os tentáculos e cravou sua espada na criatura. A pequena criatura emitiu um chiado estranho que incomodava os ouvidos do nosso herói.
O gigante exalou fumava pelas juntas dos ombros e joelhos e começou a despencar. Quando alcançou o chão, deu um grande estrondo e algumas de suas peças soltaram. O silêncio tomou conta do local até que uma das placas na região da cabeça se soltou e Malleo, com sua túnica rasgada e segurando seu gládio, saiu de dentro. Uma mescla de sentimentos de vitória e confusão tomou conta da mente de nosso herói.
Ao sair, Malleo olhou bem para a criatura, enxugou o suor de sua testa com seu braço e finalmente pode respirar tranquilo. Sentando-se no chão, dobrou os joelhos e analisou bem o titã de aço adormecido. Parecia bem inofensivo agora.
De repente, o céu escureceu, como se fosse cair uma tempestade, mas ao invés disso, vários buracos negros surgiram entre as nuvens escuras e vários gigantes de ferro caíram.
— Acho que esse era só o começo! — disse Malleo posicionando seu gládio.
O planeta Terra chegou ao seu limite.Doenças, mortes, poluição, guerras. Um coquetel de desgraças que levou o planeta para próximo de seu fim.Nossas novas tecnologias permitiram que os humanos pudessem viajar pelo espaço e encontrar algum planeta que pudesse fornecer as mesmas condições do atual. Enquanto isso, a população restante da Terra vivia numa imensa nave: a Kulis Air One. Uma verdadeira Arca de Noé flutuando em meio a imensidão vazia do espaço.O problema era que a população da nave estava crescendo e os recursos estavam ficando cada vez mais escassos. A Ordem Militar resolveu enviar robôs para o planeta mais próximo que, pelos estudos, havia as mesmas condições da Terra.Semanas se passaram e não obtiveram nenhum retorno dos robôs de reconhecimento. O Major Alfred R. Goldsworth solicitou que a melhor
(...)“Você é a razão de eu estar aquiVocê é a metade de mimNão estou procurando por emoçãoPois já lhe entreguei meu coração&
Thayla era uma garota triste e perturbada pelos seus pesadelos. Alguns anos atrás, ela havia perdido seus pais num incêndio dentro de casa. Os dois estavam brigando na cozinha e sua mãe deixara o gás aberto ao deixar o ambiente e continuar a discussão. Num ato já mecânico, devido ao seu vício, o pai de Thayla acendeu um cigarro e uma língua de fogo devorou a casa. Desde aquele dia, a garota mora num pequeno apartamento no centro com sua melhor amiga Alex. As duas se conhecem desde a infância e sempre foram companheiras em tudo: nos jogos, nos passeios, na paquera dos garotos.Thayla ainda não havia superado essa perda. Acreditava que se ela estivesse em casa e não em uma festa com a Alex, ela teria impedido aquele acidente.Daquele dia em diante, Thayla mal se alimentava, dormia pouco e não saia muito do seu quarto. Apenas para ir ao banheiro ou assistir televisão por horas.
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