Eram 6 da manhã e eu já estava de pé.
Liz acordou consequentemente, e seu humor era melhor que o meu. Eu estava com sono, mas não conseguia dormir, minha cabeça doía e a cama começou a se parecer muito com um cacto.Estava pronta para o dia, sentada à mesinha que tinha em meu quarto e encarando o livro. Me faltava um capitulo, e eu estava totalmente sem coragem de ler. Liz estava no banheiro havia 20 minutos, se arrumando.Ela sugeriu que saíssemos para o jardim, queria pintar ao ar livre antes de sairmos para os planos do dia. Eu concordei. Não aguentava mais esse maldito quarto.Alguns 10 minutos depois, Liz finalmente saiu do banheiro, pronta. Levantei para ir em direção à porta quando ela deu um gritinho dizendo que esqueceu de passar rímel, e voltou para dentro do banheiro.Grunhi de desgosto.-- É melhor você se apressar ou vai ficar sozinha aqui. -- Disse para ela, já abrindo a porta.Gritei ao dar de cara com dois lindos olhos de cores diferentes.--Aquelas simples palavras resultaram em um frio na barriga e um gosto amargo na boca, e imediatamente comecei a imaginar possíveis futuros em que os bruxos me sacrificavam em algum ritual sinistro, que eu realmente não queria conhecer.Comecei a me perguntar onde Liz estava e quando apareceria.-- Se lembra de sua visita a Anhatomirim? -- Sim.-- Antigamente, os bruxos eram os seres mais poderosos dessa ilha, não somente por conta da magia, mas possuíam uma fortuna maior que a de qualquer outro. Por isso, eram os que comandavam a região, coronéis e líderes, e foram eles os responsáveis por cada morte na ilha de Anhatomirim. "Como líderes, tinham a função de condenar e executar prisioneiros de todos os tipos, e após tantas mortes e atrocidades dentro de um mesmo de espaço, a ilha desenvolveu uma energia poderosa, como se o campo magnético de cada alma se juntasse e pairasse sobre ela. A forte energia resultada prendia cada alma executada, ali. Não que elas quisessem r
Eram mais de 7 da manhã quando finalmente saí da cama. Foi uma noite um tanto agitada, e me custei a dormir sabendo que Nick estava provavelmente sentado no chão na porta do meu quarto. Fui conseguir finalmente pegar no sono 2 horas depois que me deitei. Me arrumei o mais rápido que pude, a final, eu não tinha muito o que fazer além de vestir roupa e fazer uma maquiagem que levaria 5 minutos para ficar pronta. Abri a porta e dei um pulo para trás, pela segunda manhã dando de cara com um lindo par de olhos de cores diferentes. Meu grito ficou entalado na garganta. Talvez eu já esteja me acostumando com isso.-- Desculpe, já ia bater. -- Ele disse sorrindo.--Tem alguma ideia do quanto odeio levar sustos?-- Acredite, sei exatamente como se sente toda vez que leva um.-- Ele dizia sorrindo ainda mais. Definitivamente achava meu tormento algo muito engraçado. Por um momento, parei de me sentir mal por tê-lo d
Jeff ligou para o pai durante o caminho de volta. Nossas notícias não eram muito boas, e a situação não havia mudado. Ele disse que ainda não haviam encontrado um feitiço eficientemente forte para expulsar uma alma poderosa para uma distância tão grande. E Nick e Jeff seriam obrigados a passar por mais tempo de vigília.Chegamos ao hotel por volta das 9 da noite, e meus pais nos esperavam com feições muito infelizes na recepção. E se levantaram assim que pusemos os pés no recinto.-- Você por acaso sabe que horas são?!-- Gritou meu pai, dando passos pesados na nossa direção.Comecei a preparar minhas explicações, e a me preparar para um sermão sem fim, quando meu pai simplesmente...parou.E suas feições foram lentamente se acalmando.Olhei para minha mãe, e encontrei nela o mesmo efeito. Parecia tranquila.Nick abaixou a cabeça até ficar na altura do meu ouvido e sussurrou:-- Qual o nome do seu pai?-- Luiz -- Sussurrei de volta.Ele deu alguns passo até
Pov: Meg Prescott-- Vocês tem algum tipo de escola de magia?Nick começou a rir da minha cara, ele estava deitado de barriga para cima, atravessado, nos pés da minha cama, e ignorando completamente o colchão que ele simplesmente fez surgir no chão quando eu disse que o convite de ficar no meu quarto não se estendia a dormir na minha cama.Eu o bombardeava com perguntas.-- Você pode parar de me comparar com Harry Potter? Não, não temos. Nossos familiares são encarregados de nos ensinar o básico para que possamos ao menos controlar nossos poderes."Ir além disso ou não fica a critério de cada família, a minha decidiu ensinar a Jefferson e eu tudo o que sabem"-- Então você é um bruxo de nível avançado?Ele sorriu-- É, podemos dizer isso.-- E como é? estudar em casa?-- Perguntei.-- Fomos à escola como todas as outras pessoas, só aprendíamos magia em casa. Nosso pai nos ensinava a maior parte. Nossa mãe nos ensinou tudo o que sabia sobre ervar medicina
Abri meus olhos e tudo parecia brando.Muita luz, muito claro.E meu rosto doía como se carregasse dezenas de hematomas.Meus olhos estavam tão inchados que sentia um peso em abri-los, e não queria nem imaginar o quão horrível meu rosto estava.Há Deus sabe quantas horas, Jeff saiu correndo do quarto procurando por Liz, e deixou Nick encarregado e evitar que eu morresse desidratada por lágrimas. Por sorte, Jeff entendeu tudo com uma única palavra, sem precisar que eu explicasse mais nada. E Nick me abraçou quieto, não disse nada, e tenho certeza de que a chuva de perguntas vai recair sobre mim agora, quando eu me virar para o corpo que consigo ver ao meu lado pela visão periférica. Virei o rosto o mais devagar possível, ainda não queria dar indícios de que estava acordada, e o corpo ao meu lado, não era de Nick.-- Liz! -- Falei, com o maior entusiasmo que consegui juntar na voz, e me sentei na cama. Rápido demais. Minha visão escureceu e o côm
Eu estava pronta, havia vestido a primeira coisa que vira pela frente, e não tinha ânimo algum para passar maquiagem.Liz estava dentro do banheiro trocando de roupa.O tempo extremamente curto que os outros bruxos tinham para realizar o sacrifício parece ter deixado Jeff levemente desesperado, não que ele admita isso, mas se recusou a perder Liz de vista por um segundo sequer.Não que eu o julgue, pois seria capaz de espernear e gritar para evitar que tirem ela de perto de mim.-- Temos alguma chance de resolver isso? -- Perguntei, receosa, e baixo, para que Liz não escute.-- Não se você não acreditar em si mesma. -- Jeff respondeu simplesmente.A porta do banheiro se abriu, e Liz saiu de lá. Vestia uma roupa básica como a minha, short jeans, uma blusa de alcinha, com florezinhas e babados, e tênis.A diferença é que eu odeio estampas, e usava uma simples blusa preta.Saímos do quarto atrás de Jeff, nenhuma de nós fazia ideia de para onde estamos indo, e eu
"Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de formar grandes sofrimentos também de remedia-los"-Harry Potter e as Relíquias da Morte. Anti-Cristo. As palavras me causavam arrepios. Eu não sabia o que era aquilo, nem o que significava. Mas para alguém que vem de uma família de cristãos, parecia algo extremamente perverso.-- O-o que é isso? -- Perguntei, meus esforços para não gaguejar eram inúteis.-- Será uma pessoa de habilidades e capacidades incríveis, o maior líder de toda terra. -- O monge respondeu. -- A Bíblia dá vários outros adjetivos ao Anticristo: O filho da perdição; O abominável da desolação; O rei que há de vir; O homem vil. No apocalipse, 'A besta que domina o mundo'."O Anticristo será uma pessoa que surgirá em meio às crises mundiais existentes, de forma que sua aparição surpreenderá o mundo. Seu governo se tornará,
Querido Deus, o quão ferrada eu estaria se enviasse Nicholas ao inferno bem antes da hora?Liz, Jeff e eu estávamos parados na calçada em frente à um estabelecimento chamado "Café de La Musique". À nossa frente, a Avenida dos Merlins não abrigava um único taxi ou ônibus. Liz e eu tentávamos encontrar ao menos um Uber disponível, enquanto Jeff estava há 20 minutos ligando para Nick, sem respostas. Graças à nossa pressa, Jeff havia parado o carro em uma vaga para cadeirantes, e o mesmo havia sido rebocado.Na pior das hipóteses, seriam mais de 40 minutos de caminhada, a pé, em pleno sol de verão às duas da tarde.Havíamos deixado a casinha da floresta há duas horas e meia. O monge, que se denominou Castiel, em nada mudara sua opinião sobre o que deveria ser feito.Queria que recrutássemos mais bruxos, insiste que precisaremos deles para que o plano dê certo. Então decidimos fazer uma tentativa hoje mesmo, para podermos procurar pela tal bruxa da floresta o mais r