PAULA

Observava tudo, compreendia tudo, guardando para si o que julgava impróprio ao mundo e mais ainda sabia seu lugar em tal mundo. Assim fora educada e assim julgou que seria durante muito tempo. Lembrava-se de quando era menina, todas as coisas que fora proibida de fazer por não convirem a uma dama de sua fortuna.

 Amargava no fundo da garganta as brincadeiras que perdera por não poder se juntar as outras crianças, por ter que seguir as regras, regras que ela não tinha criado para uma vida que ela não escolhera.

 Na terça-feira quando ouviu o barulho dos cavalos no lado externo de sua casa, correu a janela, ouviu o riso do marido e pensou que desfaleceria ao ver com quem Karl confraternizava tao animadamente, a irmã do governador e Matilda.

 Paula Hardy, sentiu vontade de correr até a porta e falar umas verdades para aquelas garotas tao inapropriadas e rebeldes. Explicar-lhes que haviam condutas a serem seguidas e que tais coisas existiam, para que

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