Eu mal me aproximo da Emma com todas as sacolas e ela já se levanta rapidamente, pegando- as das minhas mãos e me olhando como se eu fosse uma pessoa suspeita de um crime.— Ei, porque você está com esse monte de sacolas de loja de baby, se você me disse que só ia começar a comprar as coisas quando soubesse o sexo do bebê? — indaga enquanto dá uma xeretada dentro delas.Surpresa com a reação dela, eu pego um pouco de cabelo entre os dedos e começo a enrola- los enquanto penso se devo ou não dizer a ela, que na realidade nem fui eu que comprei todas essas coisas, e sim o senhor Price. .." O duro será a reação histérica dela no meio de tantas pessoas, assim que eu contar quem foi.— Pera aí, pela sua cara e o seu jeito meio retido, eu acho que já sei quem foi. — diz toda empolgada — Foi o Dominic, não foi? — indaga- me com um sorriso de orelha a orelha — Vocês se encontraram aqui na cidade e fizeram as pazes de novo?!Ao ouvi- lá dar crédito a pessoa errada com tanto entusiasmo e convi
Depois de me trocar, saio do quarto e me encontro com a Emma no corredor.— Nossa, tão cedo e já toda chiquetosa. — especulo curiosa — Onde você vai vestida desse jeito?— É que eu conheci um cara na internet e estou indo encontrá-lo no * Trinity Bellwoods Park *. — Mas o Emma, você não acha meio perigoso ir se encontrar com um homem que você nunca viu pessoalmente?— Sim. — concorda — Por isso é que marquei nesse Park. Hoje é sábado, então com certeza ele estará bem movimentado.— É, verdade. Nos olhamos fixamente por alguns segundos.— Bom, deixa eu ir que eu não quero chegar atrasada no meu primeiro encontro aqui em Toronto. — Vai lá, e boa sorte. — sorrio.— Obrigada. — retribui o sorriso.Enquanto a vejo ir para o seu encontro, fico parada e pensando no que eu vou fazer agora. Em um pleno sabadão.— Eh, o jeito agora é colocar os pés para cima e assistir a alguns filmes. — digo baixinho a mim mesma — Fazer o que não é? — suspiro fundo meia desanimada.— Grace?! — chega de repe
Por sorte ela cai no senhor Price, dando um grande alívio para mim.— Boa!! — diz animada — Noah, você faz a pergunta para o senhor Price, e ele escolhe se quer verdade ou desafio.— Ok! — concorda — Então.. o senhor escolhe verdade ou desafio?— Verdade. — responde sem hesitar.Com essa escolha eu fico muito apreensiva.— O senhor desistiria, abriria mão de tudo que tem por amor?Ao invés de responder olhando para o Noah, ele olha para mim.— Eu já abri. A indireta é tão certeira que engulo em seco. E sem graça por todos os olhares estarem mirados para mim, eu pego o copo de suco que está quase cheio ainda e bebo em uma só golada.— Tá bom pessoal, bora continuar. — pega a garrafa e coloca perto de mim — Agora é a sua vez de girar, Grace.— Ok! Giro a garrafa e dessa vez é o senhor Price que perguntar para a Emma.— Verdade ou desafio?— Ahm.. verdade. — Você alguma vez mentiu ou omitiu algo de sua melhor amiga? — olha rapidamente de canto de olho para mim.— Sim. — olha- me arrep
É um poster grande, onde estou com o meu pai em um carrossel, num parque de diversões em Belfast. Minha mãe havia tirado a foto da gente sem que nós dois percebessemos. Uma das fotos que sempre carreguei comigo em minha bolsa.Um pouco logo a frente há uma de eu e minha mãe numa loja de artigos femininos. Eu estava escolhendo o primeiro sutiã e para me trolar depois, meu irmão mais velho tirou escondido, mas acabou desistindo logo depois e me entregou a foto.Uma atitude tão nobre da parte dele, que nos aproximou ainda mais.— Sinto saudades maninho. — uma lágrima escorre enquanto me lembro dele.Olhando para o lado, quase próximo a ela, está uma que tirei com toda a minha família na minha despedida no aeroporto. O dia que sai de Belfast para ir fazer faculdade em Los Angeles. — Eu achei que essa despedida seria a mais difícil e a mais dolorosa de toda a minha vida, até eu descobrir que estava errada. — mais lágrimas escorrem — A mais difícil e dolorosa, é a que somos obrigados a dar
- Uau.. minha nossa!! - diz num tom de surpresa e espanto ao mesmo tempo - Eu não sabia que vocês dois estavam.. - pigarreia virando- se rapidamente de costas - ..ahm.. bem, vocês sabem?!- Oh, Emma,.. - cubro meus seios com os braços - ..meu deus.- Me desculpem gente, mas é que as duas portas estavam abertas então eu peguei e entrei.O senhor Price me coloca para o lado e me cobri com o seu corpo. E com isso eu noto que o clima que estava quente entre nós dois, se esfria bem rapidamente.- Grace, eu não acredito que além de você deixar a porta do banheiro aberta, você também deixou a do quarto. - ri debochadamente.- É que eu estava tão irritada com você por conta de todas aquelas fotos na parede, que eu acabei me esquecendo de fecha- lá. - sinto- me constrangida - E como é que eu ia adivinhar que nós dois iriamos acabar assim.. nus e transando na banheira.- Bem, na realidade nós dois não chegamos a transar por conta da interrupção da Emma, então acho que teremos que continuar depo
- Bom dia, Grace! - olha- me surpresa - Você está melhor?O olhar de surpresa dela em mim, não me surpreende nem um pouco. Afinal durante uma semana eu só saí do quarto apenas para me alimentar, e muita das vezes, nós duas não se tombou.- Bom dia, Emma! - vou até o armário e pego uma vasilha mais um copo para tomar café junto dela - Eu estou muito melhor agora.Sento do lado dela na mesa da cozinha, pego um copo de leite e uma vasilha de cereal com pedaços de morango.- Você ficaria muito chateada comigo se eu lhe pergunta- se o que você está sentindo agora, a respeito da perda do seu bebê? - indaga meia receosa.Eu percebo pelo tom de voz dela e pelo olhar dela, que ela está tentando descobrir se eu estou com depressão ou se eu corro o risco de entrar em depressão, por conta do que aconteceu comigo a uma semana atrás. Pois foi por causa de uma depressão que a mãe dela se suicidou.- Emma, eu não quero que você se preocupe tanto comigo, como eu já havia lhe dito dias atrás.- Sim, eu
— Grace, você sabe que mesmo agora estando com o senhor Price, você sempre poderá contar comigo, não sabe?Me afasto de seus braços e o olho fixamente enquanto limpo meus olhos discretamente.— Nic, eu e o senhor Price, nos estamos juntos.— Mas ele te chamou de amor. — relembra- me.— Sim, mas foi só para te irritar, para se vingar de você. — Então você está..— Solteira? — completo — Sim! E assim pretendo ficar por um longo tempo agora.— Nossa, só porque eu ia lhe convidar para jantar comigo essa noite.Rio divertidamente.— Nic, por incrível que pareça, esse é o segundo convite que recebo para sair para jantar em menos de meia hora. — Sério? — olha- me surpreso — Será que eu o conheço?! — indaga com um sorriso de canto de boca.— Ahm.. até bem de mais. — Ah, então acho que ele não vai se importar de sairmos para jantar a três. Afinal nós já fizemos isso lá no Quênia, lembra? Pelo modo como ele diz, noto que ele sabe de quem eu estou falando.— Sim, como eu me esqueceria. Aquel
Estou eu mesmo fazendo o pedido do meu almoço no meu restaurante favorito, quando ouço batidas na porta do meu escritório da minha mais nova conquista.— Entre!. — digo num tom brando.— Com licença e desculpa incomoda- lá novamente, senhorita Butler. — abre uma pequena brecha na porta e diz num tom meio reprimido — Mas é que tem alguém aqui fora, insistindo muito para falar com a senhorita. Eu até disse que estamos fechado para o almoço, mas ela..— Tudo bem, Ashley. — sorrio simpaticamente — Deixe- a entrar. — autorizo mesmo sem saber quem é.— Ok, senhorita Butler! — suspira aliviada — Eu vou fazer isso agora mesmo, com licença.Aceno positivamente, ela sai e eu aproveito para finalizar o pedido antes da pessoa entrar em meu escritório.— Quem será e o que quer tanto falar comigo que não pode esperar a hora do almoço passar para eu reabrir a minha galeria de artes? Eu mal termino de indagar a mim mesma e a porta se abre outra vez.— E aí sumida, bora almoçar comida japonesa?! — en