Capítulo 2

Holly 

4 anos depois.

    Até hoje eu lembro do rosto banhado em lágrimas da minha mãe mesmo depois de quatro malditos anos que estou presa nesse quarto que parece a torre de um maldito castelo às vezes me pego pensando se meus pais e meu irmão estão bem diariamente uma senhora vem trazer a refeição para mim no dia que eu cheguei tentando pergunta porque eu estava aqui mais nada ela entrou muda e saiu muda não tem nada aqui além de umas prateleiras cheias de livros para me entreter às vezes abro a janela e fico olhando para o horizonte pensando na merda de vida que eu tenho agora eu já pensei em fugir pela janela mais assim que olhei para baixo desiste, pois, eu não sou suicida escuto o barulho da porta se abrindo e vejo a mesma senhorinha de sempre entrar com uma sacola e a colocar em cima da cama

— Senhorita Montoro eu lhe trouxe esse vestido, pois o senhor Terranova quer que a senhorita desça para o jantar para conversar com você - ela diz e vai até o banheiro

— Descer - digo na hora que ela volta e meus olhos chega brilham na expectativa de tentar fugir ela vem até mim e segura minhas mãos

— Por favor, senhorita não tente nada, pois quando o senhor Terranova quer ele pode ser muito ruim - ela diz preocupada e aperta minhas mãos antes de sair

     E me deixar só com meus pensamentos no que ela me disse ele pode ser mais ruim do que me trancar aqui durante cinco malditos anos da minha vida como não tenho nada a perder caminho até o banheiro retiro minha roupa e entro no box a água quente caindo em meu corpo me faz relaxar depois de longos e demorados trinta minutos, saio me enrolando em uma toalha me olho no espelho do banheiro eu estou um trapo cheia de olheiras como aqui não tem maquiagem vou de limpa mesmo dou alguns beliscões nas minhas bochechas para deixar um rosa natural pego a escova e começo a pentear meus cabelos saio do banheiro alheia a tudo perdida em meus pensamentos só percebo que a senhora de sempre está no quarto quando tomo um susto

— Desculpe senhorita eu não queria lhe assustar - ela diz quando me vê com a mão no coração

— Não me assustou não eu só estava perdida em meus pensamentos - lhe encaro - qual é o nome da senhora - questiono a olhando atentamente

— Me chamo Justine - me olha e sorri para mim sinceramente e retribuo

Ela caminha até a caixa que estava na cama e tira de dentro dela lindo vestido rosa bebe fico admirada ela caminha até mim e ela me ajuda a colocá-lo e o fecha coloco o salto que estava na caixa me olho no espelho meio assustada eu estou linda ou uma voltinha o vestido rosa bebê rendado caiu como uma luva em meu corpo.

— A senhorita está linda - Justine me olha encantada

— Obrigada......mais não me chame assim me chame de Holly tudo bem? - digo lhe passando confiança

— Mais o senhor Terranova não vai gostar disso - me responde meio que com medo 

— Ele não precisa saber - pisco para ela lhe passando confiança

— Vamos menina o senhor Terranova não gosta de atrasos - fala caminhando até a porta e abrindo.....

     Saímos do quarto lado a lado e começamos a caminhar pelo corredor olho em volta e olhar para nas paredes de pedra e não tem mais nenhum quadro fico me perguntando será que eu estou mesmo em uma torre mais a frente vejo as escadas que não tem mais fim quando parece uma eternidade chegamos até o fim dela que dá para uma sala ampla com móveis vitorianos isso aqui parece e um castelo será que estamos em Avalon porque se for fica mais fácil de fugir e continuamos caminhando 

— nós estamos em Avalon? - pergunto Sussurrando só para ela escutar

— Não menina estamos em uma ilha perto da Escócia - responde baixo para mim ouvir

    Eu poderia ter muito bem ter grita para todos os empregados escutassem continuamos andando até chegar em uma sala ricamente ornamentada que parece ser a sala de jantar e nela a um homem loiro de costas os músculos faltam saltar por sua camisa apertando seus braços

— Você está atrasada - sua voz sai forte como um trovão me fazendo arrepiar de medo 

— Desculpe senhor.... - ele a corta e faz um gesto com a mão ela sai rapidamente

Que cara mais estúpidos porque não trata ela melhor custa ser mais educado 

— Está gostando da hospedagem Senhorita Montoro - pergunta se virando para mim.

    Eu não estava preparada para tamanha beleza, um corpo musculoso só falta rasgar a camisa os cabelos loiros impecáveis os olhos que dizia perigo o cara e um deus grego com cara e aura de mal saio dos meus pensamentos 

— Estaria melhor se eu não estivesse presa - termino de falar e mordo a língua quando me dou conta do que falei 

— Que lingua afiada mais eu terei o prazer de doma-la - quando ele terminou sua frase me subiu um arrepio de puro horror

— Para um sequestrador que prende sua refém durante cinco anos, até que e muito benevolente da sua parte dar um jantar - falo com escárnio 

    Olho para ele com um olhar desconfiado e o maldito está rindo da minha cara que tipo de sequestrador e esse que dá um jantar para sua vítima?

— Quem disse que você foi sequestrada - diz com sarcasmo evidênte 

— Como não? - indago tremando da cabeça aos pés 

— Logo chegaremos lá - diz e me indica o lugar perto dele 

     Caminho temerosa parecendo que a cada passo que eu dava estava indo direto para o abatedouro afasto a cadeira e me sento seu rosto não transparecia nada o olhar era frio como o polo norte estava atento a cada movimento meu e eu me sentia com mais medo ainda com o rumo que esse jantar abaixei meus olhos e foquei na comida que estava em meu prato que até que estava boa esse silêncio me mata 

— Então senhor.... - como eu não sabia o nome dele 

— Jason Terranova - falou sem paciência e tamborilando os dedos na mesma

— Qual é o intuito desse jantar - vou direto ao ponto largando os talheres que fazem barulho quando eu os solto no prato 

— Simples a gente vai se casar - joga a bomba com toda a tranquilidade do mundo

— EU NÃO VOU ME CASAR COM VOCÊ - grito empurrando a cadeira que faz um barulho horrível e me levanto 

— Ah vai sim - fala em um tom calmo com uma voz fria que me dava medo

Ele me encara com fúria nos olhos mais não abaixo minha cabeça 

— E quem vai me obrigar você - falo o encarando com raiva 

— Você não tem escolha - me analisa ainda sentado com os dedos cruzados

Ele tem razão que escolha eu tenho nenhuma eu estou presa aqui a mercê dele não tenho para onde ir e nem para onde correr essa e a minha triste realidade infelizmente

— Como eu não tenho escolha que seja feita a sua vontade - digo e lhe dou as costas, corro o mais rápido possível daquela maldita sala e subo as escadas correndo o mais rápido que posso vou pelo caminho que eu vim entro por uma porta e subo os lances de escada correndo assim que entro no meu quarto/prisão e me jogo na cama e me permito chorar em meio ao choro e soluços me permito dormir .

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