Quando saíram da clínica o silêncio entre os dois era ensurdecedor... Michael chamou um táxi ao ver que seu carro havia sido guinchado... _Droga...ele grunhiu. Rebecca continuava em silêncio... certamente agora que estava grávida de Michael suas chances de voltar para Alessandro se acabaram por completo...sentia seu mundo se desmoronar a cada dia...ela se perguntava se Michael faria com que essa notícia chegasse a Alessandro e a dor que invadia seu peito parecia que a sufocaria a qualquer momento, mas ela não iria se deixar abater, precisava lutar, precisava encontrar uma saída...ainda que a felicidade jamais voltasse a sua vida... agora ela tinha um pequeno ser crescendo dentro dela e ela não seria capaz de abrir mão dele...ela estava completamente absorta por seus pensamentos... não se deu conta que o carro havia parado... quando Michael falou. _Chegamos...ela olhou em volta, não estavam no estacionamento do apartamento e sim em frente a uma casa belíssima...era uma construção an
Michael a seguiu sem quebrar o silêncio instaurado entre o dois... dentro da casa Rebecca admirava o requinte e a sofisticação do ambiente...uma senhora se aproximou, indo em direção a Michael envolvendo-o em um abraço caloroso. _Quanto tempo meu menino...essa velha sentiu sua falta...ela falava enquanto seus olhos brilhavam mostrando a felicidade em vê-lo. _Também senti saudades Ana, mas tive muitos compromissos...ele falou retribuindo o abraço e depositando um beijo na cabeça da mulher. _Ana essa é Rebecca Bianchi, por favor leve-a para o antigo quarto de Alice, lá ela terá o que vestir, nós não trouxemos bagagens... _ Tem certeza filho? a mulher o olhava desconfiada. _Sim Ana leve-a e apresente tudo a ela, depois peça para prepararem o jantar e também uma sopa de legumes e frango Rebecca tem tido muitos enjôos. A mulher tomou a mão de Rebecca e a guiou para parte de cima da casa... quando se afastaram ela não pôde mais conter a curiosidade e disparou. _Você está grávid
Andie chama Rebecca para entrar, mas ela se nega...sua mente está um turbilhão e ela precisava ficar sozinha para organizar seus pensamentos...a notícia de que seria mãe ainda lhe parecia um fardo pesado demais...ter aquele bebê significava abrir mão de Alessandro para sempre... desistir dele significava matar uma parte de si mesma...e apesar de sentir a dor martelando seu peito, ela sabia que jamais abriria mão do seu bebê. _Porque não dá uma chance a ele? Patrick a tira de seus devaneios. _Do que está falando? Rebecca finge não entender. Patrick é um homem alto, moreno, incrivelmente musculoso, seus lábios são grossos e bem feitos... cabelos curtos e negros ele parece um soldado pronto para ir a guerra...ele era uma versão masculina de Andie, a única diferença entre os dois eram os olhos... enquanto os dela eram negros como a noite...os dele eram verdes como a floresta... diferentes dos de Rebecca que eram verdes esmeralda. Ele caminha preguiçosamente até um banco um pouco a
Rebecca ouvia tudo atentamente e sentia um peso em seu coração ao imaginar a criança que aos sete anos perdera o pai, a mãe a segurança de um lar indo parar nas ruas sozinho e desprotegido...com um gesto de proteção levou sua mão ao ventre querendo transmitir segurança aquele pequeno ser que ali crescia... Michael vendo que ela continuava em silêncio continuou. _Depois de alguns anos Pablo foi pego e morto em uma emboscada, não que Michael ou qualquer outra pessoa nessa vila tenha sofrido por isso, o homem era cruel e tratava a todos com pulso de ferro...aqui ele fôra tratado pelo homem que dizia ser seu pai com requintes de crueldade, para que assim ele se tornasse tão ou mais cruel que o próprio Pablo..._Mas depois que o homem se foi ele conheceu Alice e o amor, os dois se apaixonaram e Mick lutou contra toda a máfia para libertar todos dessa vila que eram escravizados e forçados a trabalhar no tráfico pelo Pablo... foram tempos de uma guerra sangrenta, essa região era muito luc
Depois de deixar todas as coisas em ordem e Bryan estar se recuperando bem, Gael se prepara para ir até Rebecca e promete ao pai que a trará de volta..ele deixa o hospital e segue com Drika para o aeroporto com destino a América, irá ao endereço informado por Dianna. Rebecca sente-se em meio a um turbilhão de sentimentos...odiava Michael por tudo que fez a ela, mas não conseguia deixar de sentir tristeza por ele...achava que o pai era o único culpado por todas as suas dores...e até seria capaz de perdoa-lo, não fosse pelo pequeno ser que crescia em seu ventre, lembrando-a até onde a ira do homem havia chegado..as palavras de Patrick a respeito do comportamento de Alessandro não lhe saía da cabeça e atormentava seu coração...ela se recusara sair do quarto por três dias desde que chegara, não queria se familiarizar com aquele lugar...aquela não era sua casa e aquelas pessoas não eram seus amigos...mas ela havia feito um pacto com Patrick e sabia que em breve ele viria lhe cobrar que c
Alessandro enviou um detetive que vem acompanhando todos os passos de Michael e Rebecca e enviando fotos e documentos a respeito dos dois... a cada foto ou vídeo enviado sente o ódio crescente em seu peito...agora está com mais um relatório em suas mãos com os relatos dos últimos acontecimentos...sentado em um bar a horas pensando se continua com esse martírio ou se simplesmente segue em frente...devido as imagens e vídeos onde constantemente Michael a carrega em seus braços pensa que ele de fato conseguiu conquistar o coração dela em tão pouco tempo...sente seu coração destroçado e seu olhar é de puro ódio...as olheiras são visíveis...seu corpo agora magro e sua aura é sombria...perdido entre abrir ou não aquele envelope, não percebe quem o observa. Alice do outro lado do bar o observa...pensando que jamais imaginara que o homem pelo qual Michael abriu mão do seu amor para fazer-lo sofrer acabara de salvar sua vida...achava os incrivelmente parecidos e pela aparência do homem a sua
Alessandro e Alice saíram do bar e caminhavam por um parque, onde pessoas se exercitavam... crianças corriam...e casais namoravam...eles iam em silêncio. _Sabe...tivemos um filho...ela confessou... Alessandro sabia, mas queria ouvir a história dos lábios dela. Eles se sentaram na grama de frente para um lago, a tranquilidade de suas águas contrastava com os sentimentos de ambos. _Quantos anos ele tem agora? ele fingiu não saber. _Ele está com quatro...meu pequeno...ele é minha vida...se não fosse por você...as lágrimas correrem pelas bochechas coradas dela... Alessandro a envolveu em um abraço... sentia-se culpado por tê-la salvo apenas para usá-la em seu plano de vingança. _Desculpe...ele murmurou, fazendo-a se afastar de deu peito para encara-lo. _Porque está me pedindo desculpa...salvou minha vida...agora posso ficar com meu filho... não me pediu nada em troca disso. _Mas eu apenas fiz com a idéia de usá-la em um plano de vingança...e isso é cruel não é? _Mas então
Alice estava na entrada da aldeia...pela primeira vez depois que deixara Michael, sentia que sua vida realmente tinha algum sentido... talvez o fato de Alessandro ser tão parecido com Michael em alguns pontos a fizesse se sentir mais feliz...a verdade que apesar de sentir-se magoada, jamais pôde se relacionar com outros homens...e também tinha Noah...ela não queria que ele se apegasse a alguém que depois poderia simplesmente desaparecer. _Prometa que independente do que acontecer entre você e o Michael nunca o deixará... ele...ele... _Não se preocupe, jamais o magoarei...ele a puxou para um abraço. _É simplesmente incrível, como eu me sinto segura e feliz com você. _Seria porque eu sou um homem forte, lindo e charmoso, sem nem nenhum traço de psicopatia? Ela gargalhou, enquanto o puxava para o centro da aldeia. _Então foi aqui que se escondeu do Michael? _Fui criada por meu pai, mas minha mãe é índia então pude me afastar de tudo. _Mamãe... você voltou...um lindo garoto de cab