CAPÍTULO 59: “O Passado Secreto” (Sofia Narrando) A chuva caía fina naquela noite, cobrindo as ruas de uma película brilhante e traiçoeira. Leonardo disse que sairia para resolver algo "urgente" no escritório. Ele mal me olhou antes de sair, o que já era estranho, mas o tom de sua voz me deixou ainda mais desconfiada. O homem tinha uma habilidade sobrenatural para mascarar suas emoções, mas eu vinha aprendendo a decifrar suas nuances. Algo não estava certo. Quando sua sombra desapareceu pela porta, minha curiosidade me consumiu. Peguei meu casaco e deixei a mansão sem alertar ninguém, não era a primeira vez que eu o seguia. Precisava saber o que ele escondia. ❤️🔥❤️🔥As luzes fracas do galpão à beira do porto cintilavam à distância. Mantive meu carro longe o suficiente para não ser vista, estacionando sob a sombra de uma árvore retorcida. Aquele não era o escritório, nem algo que pudesse ser confundido com negócios legítimos. Eu saí do carro e caminhei até uma pilha d
CAPÍTULO 60: “Clara Intensifica o Jogo” (Sofia Narrando) O envelope estava sobre a mesa, discreto, mas impossível de ignorar. Foi deixado na porta da mansão sem qualquer remetente ou aviso. Desde o momento em que o abri, senti o gelo se espalhar pelo meu peito. A caligrafia era elegante e firme, mas o que ela dizia fazia meu sangue ferver: "Você realmente conhece o homem com quem está casada? Parece que continua sem conhecer. Mas se quiser respostas, venha me encontrar. Hoje, às nove, no armazém abandonado no bairro do Porto." Eu sabia quem estava por trás disso antes mesmo de terminar a leitura. Clara. Sempre Clara. A mulher parecia ter sido enviada do inferno para me atormentar. Olhei para o relógio. Passava das oito. Meu primeiro instinto foi ir até Leonardo e confrontá-lo, mas algo dentro de mim hesitou. Clara sabia demais, e as perguntas que eu tinha sobre ele só aumentavam. Ela parecia ter as respostas que eu buscava, respostas que Leonardo nunca me daria vol
CAPÍTULO 61: “La Regina Nera Coloca as Peças Finais no Tabuleiro” (Leonardo Narrando) As mensagens começaram a chegar de madrugada. Meu telefone vibrava incessantemente ao lado da cama, cada alerta como um martelo no meu crânio já cansado. Peguei o aparelho com uma mão pesada, os olhos semicerrados. Não reconheci o número, mas a mensagem era clara e perturbadora. "Você foi traído. E não sou eu quem está traindo você." Levantei-me da cama em um pulo, o peso da ameaça infiltrando-se na minha mente. Sofia dormia ao meu lado, a respiração leve, alheia ao turbilhão que começava a se formar ao nosso redor. Por instinto, enviei a mensagem para os meus homens, exigindo que rastreassem o remetente. Mas, no fundo, eu já sabia quem estava por trás disso. Não precisava de confirmação. La Regina Nera. Ela jogava com todos nós, como um maestro controlando uma orquestra de caos. Suas ações eram calculadas, precisas, e sempre devastadoras. E agora, ela insinuava que alguém próximo
CAPÍTULO 62: “Sofia encontra um aliado inesperado”(Sofia Narrando) A noite estava caindo e, com ela, o peso das últimas descobertas se fazia cada vez mais presente. Eu estava sozinha na biblioteca, os pensamentos e perguntas se atropelando em minha mente. As mensagens anônimas de Clara me perseguiam, como fantasmas a rondar os corredores escuros da minha mente. A promessa de segredos revelados ainda me ecoava:“Seu marido não é quem você pensa.”Eu olhei o relógio. Já era tarde, mas a sensação de que algo estava prestes a acontecer era inescapável. Quando o telefone vibrou, meu corpo se enrijeceu. Era uma mensagem anônima, mas diferente das anteriores. Havia algo mais incisivo nela.“Você está mais perto da verdade do que imagina. Cuidado em quem confia. Ele está envolvido em algo muito maior do que você pensa.”Eu fechei os olhos por um momento, tentando processar as palavras. Mais uma pista sobre Leonardo, ou seria apenas mais uma tentativa de me confundir? As peças estavam
Capítulo 63: “Um ataque que muda tudo” (Sofia Narrando) A viagem parecia ser a oportunidade perfeita para escapar do caos de tudo o que estava acontecendo. Leonardo e eu precisávamos de um respiro, de um momento de tranquilidade, até podia ser que eu falasse sobre as provas que tinha em meu poder. A proposta de uma escapada para um local isolado, longe das sombras da cidade, parecia ideal. Mas, como eu aprendi desde que entrei nesse mundo, nada é realmente o que parece.O dia começou calmo, com o vento suave e a luz dourada do entardecer iluminando o horizonte. Estávamos indo para um vilarejo afastado, a convite de um amigo de Leonardo. Ele estava calado, observando a estrada com aquele olhar calculista que ele sempre carregava, como se o mundo ao seu redor fosse um tabuleiro de xadrez e cada movimento fosse crucial. Eu me permiti relaxar um pouco, pensando que talvez ele estivesse apenas sendo cauteloso. Mas a paz durou pouco.De repente, o som do motor do carro ficou abafado
Capítulo 64: “La Regina Nera - O Jogo de Poder”(La Regina Nera Narrando) Eu observo a minha posição na sombra, a sala iluminada apenas pela luz suave que filtra pelas cortinas pesadas. A noite é minha aliada, e a quietude do ambiente, uma extensão do controle que exerço sobre o que acontece nesse jogo implacável. Cada movimento, cada respiração, cada palavra dita, tudo é orquestrado. Eu sou o fio invisível que move as peças no tabuleiro, e agora, mais do que nunca, a última jogada está prestes a ser feita.A sala está calma, mas o ar está tenso, carregado de expectativa. Vincenzo está ao meu lado, quieto, sempre atento. Ele nunca se afasta de mim, como se sua presença fosse um reflexo do meu próprio poder. Seu olhar, impassível, está fixo no movimento das chamas da lareira. Ele sabe, como eu, que o que estamos prestes a fazer mudará tudo. O ataque contra Sofia e Leonardo foi apenas o começo.— Tudo foi executado como planejado — Vincenzo diz, sua voz baixa, mas cheia de respeito
Capítulo 65: “A Pressão da Queda”(Sofia Narrando) Acordei em um local escuro, fria e sozinha. Meus braços estavam presos, as cordas cortavam a pele dos meus pulsos. Não me lembrava de quando ou como tinha sido sequestrada. O cheiro de metal e mofo no ar era opressivo. Não fazia ideia de quanto tempo havia se passado desde o ataque, mas meu corpo doía como se tivesse sido esmagado por uma avalanche. Antes que pudesse processar completamente onde estava, ouvi passos. Firmes, lentos, calculados. Então uma figura surgiu à minha frente. Era Dante. — Finalmente acordada — ele disse, com um sorriso que fazia minha pele arrepiar. — Tenho que admitir, você é mais resistente do que pensei. — O que você quer? — Minha voz saiu mais firme do que eu esperava. Ele inclinou a cabeça, como se estivesse analisando cada detalhe meu. — Quero muitas coisas, Sofia. Mas, neste momento, o que eu quero é muito simples, que você veja quem realmente está no controle. Ele se abaixou para ficar
Capítulo 66: “Sombras Entre Nós”(Sofia Narrando) As luzes da mansão lançavam sombras longas pelos corredores enquanto eu me movia em silêncio, segurando a pasta que Matteo havia me dado. Meu coração batia descompassado, como se cada passo fosse um golpe no que restava da confiança entre mim e Leonardo. Ele estava na sala principal, o olhar perdido na lareira acesa, os ombros tensos como se carregassem o peso do mundo. Eu sabia que a discussão que estava prestes a acontecer não seria fácil, mas a ideia de continuar no escuro era ainda pior. — Leonardo. — Minha voz saiu mais firme do que eu esperava, mas ele não se virou de imediato. — Você deveria estar descansando — ele disse, finalmente olhando para mim. Seus olhos estavam mais sombrios do que nunca. — Não consigo descansar. Não com isso aqui. — Ergui a pasta, as mãos tremendo. Seu olhar desceu para o objeto e endureceu instantaneamente. Ele se levantou, caminhando na minha direção com passos calculados, a raiva irradia