CAPÍTULO 37

No entanto, eu ainda não conseguia entender o porquê de ele querer que eu atingisse meu clímax. Meus olhos estavam fechados devido àquela sensação entorpecente.

— Você está se desculpando por me proporcionar um orgasmo? — Perguntei.

— Não, amor. Eu queria que você tivesse um. Na verdade, eu precisava disso. Me desculpei apenas por ser brusco e apressado. — Ele falou, entusiasmado. Virei para ele, sem entender.

— Por que você queria que eu tivesse um orgasmo?

— Por causa disso. — Com um sorriso no rosto, ele fez com que eu me virasse para a floresta.

Quando olhei para frente, parecia que tudo tinha ganhado vida para mim. Eu conseguia enxergar tudo como se fosse dia, nítido e limpo. Percebia detalhes que normalmente passariam despercebidos. Como isso era possível?

— Ouça, amor. Feche os olhos e concentre-se no som da floresta. — Hector disse próximo ao meu ouvido. Tudo parecia intenso, cada som, até mesmo o estalar de gravetos por algum tipo de animal.

— Como isso é possível, Hector? —
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