__ Nunca vi tanta beleza, juntas.Ele tem razão. Penso olhando para Elisa. Elas agradecem ao elogio e sorrir envergonhada.__ Dmitri?__ Sim? __ Pergunto tirando meus olhos de Elisa.__ Preciso de sua ajuda para resolver um problema lá em cima.__ Quando?__ Agora! Será rápido.__ Estou indo. __ Digo, ele agradece e sai em direção ao elevador.Mateo chama um garçom para fazer os pedidos das meninas, o meu e o de Andrei. Eu e Andrei pedimos o de sempre.__ Nos aguardem aqui, já voltamos. __ Peço chamando Andrei para ir comigo. Deixamos as meninas fazendo o pedido delas e saímos.Os outros seguranças ficam para trás e Serguei vem logo atrás de mim e Andrei.Caminhamos em direção ao elevador. Entramos no elevador e Serguei aperta o botão do terceiro andar. Assim que o elevador parou, seguimos em direção ao escritório de Mateo e escutamos vozes altas.Olho para Andrei franzindo a face e bato na porta e Mateo nos pediu para entrarmos.__ O que está acontecendo aqui? __ Indaguei olhando par
__ Por favor, me perdoe, Dmitri?Perdoá-la? Eu que sou um idiota.__ Aquela nossa briga no restaurante foi totalmente sem sentido. __ Ela continuou a dizer aparentando realmente sentir-se culpada pelo ocorrido, assim como eu também me sentia.__ Não suporto brigas! __ Sua voz soa triste para mim e corta o meu coração.Outra coisa que amo em minha deusa, além de sua doçura que vai totalmente contra a minha dureza. Ela é uma mistura de ousadia e coragem, amo a sua delicadeza, seus sorrisos, às vezes chego a imaginar seus sorrisos literalmente me tocando por dentro. Amo a forma que ela me olha, acredito que se eu pudesse, emoldurava a doçura que seus olhares sempre refletem para mim. Amo até essa sua teimosia. Em tão pouco tempo ela me conquistou de uma forma que nenhuma outra fez.Como pode? Eu nem notei isso… Até hoje!Não que a gente costume brigar sempre, o que tivemos no restaurante nem dói uma briga, mas descobrir que não suporto brigar ou discutir com ela também. Elisa parecia im
__ Não saiu matando pessoas por aí, Elisa. __ Exponho meu pensamento de agora a pouco.__ Sei que não, ministro.__ Então, porque está me dizendo isso?__ Minha mãe me dizia que meu avô tem um ditado, eu era apenas uma criança, mas lembro algumas coisas que ela me falava e ensinava. Ela dizia que: existe uma escolha mesmo quando parece não haver nenhuma, mas é a reação que determina se a escolha é boa ou ruim, não á pessoa que a toma. __ Aspiro o ar mais aliviado em saber que ela não me considera um monstro ou algo parecido.__ Eu não o matei, Andrei vai levá-lo de volta ao Brasil para responder pelos seus crimes.Menos pelo que ele fez você e sua mãe passar. Penso com raiva.__ Ele não sabe sobre você, a menos que você decida vê-lo…__ Você me deixaria ver ele?__ Se dependesse de mim você não veria mais esse cara, mas a decisão é sua, minha deusa. __ Não quero ver o Joel, não agora, não me sinto preparada. __ Contenho um sorriso de agradecimento ao ouvir as suas palavras.__ Admito
Acordo e vejo que o ministro já havia saído. Noto uma folha em cima de seu travesseiro e apego com rapidez. É um bilhete dele, escrito pelo próprio punho com sua caligrafia perfeita.“Você estava dormindo tão lindamente que fiquei com pena em te acordar. Não se esqueça de comer algo. Beijos no corpo todo, te amo.Seu Dmitri!”__Também te amo. __ Sorriu bobamente. __ Pego meu celular no criado mudo e percebo que já passa das dez da noite. Caramba! Fiquei a tarde toda na cama.Decido mandar minha primeira mensagem para ele, pelo WhatsApp.“Oi, meu lindo, acabei de acordar, acredita? Um alguém me deixou muito cansada.”Ponho um emoji com a cara maliciosa. “Estou com fome sim, mas o meu prato preferido não está aqui para me saciar. E você? Espero que já tenha se alimentado. Também te amo, espero notícias… Vários beijos, você decide o lugar.”Mando as mensagens e volto a sorrir abertamente.Estou me saindo uma safada de primeira.Meu sorriso se alarga ao lembrar do exato momento que ele
Kátia__ É o certo a se fazer, Kátia, é o certo a se fazer. __ Tento me convencer pela milésima.Após chorar por quase dois dias esperando por Vladimir, eu sentia minhas retinas secas e meus olhos cansados.Passei essas horas todas no escritório de Vladimir, não conseguir dormir nem comer nada, apenas tomei banho e voltei ao meu posto, preocupada com ele e com o seu sumiço.Se sou a mulher dele, mereço respeito.__ Porque tenho que mudar para agradá-lo? __ Torno a me perguntar mais irritada comigo do que com ele. Pois, eu pensei em mudar por ele.Eu o amo, mas eu me amo mais, simples assim.Já decidi, darei um tempo a ele. Se ele quiser tentar outra vez, eu não ficarei de joguinhos. Gosto de resolver minhas brigas na hora. Se ele tivesse ficado a gente já teria resolvido isso.Termino de escrever o bilhete para ele no word de seu computador, em seguida, fecho o site que acabei de comprar minha passagem de avião.Respiro fundo e espreguiço meu corpo, sentindo o cansaço me vencer. Ainda
__ JÁ CHEGAR DIGO EU. __ Gritei me levantando do sofá e fazendo ele sair da minha frente. Aponto meu dedo indicador em sua direção. __ VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE ME EXIGIR NADA DEPOIS QUE ME MAGOOU COM SUAS PALAVRAS E ME DEIXOU SEM UMA NOTÍCIA SUA POR QUASE DOIS DIAS. __ A essa altura o choro estava quase me cegando. __ Eu… Estou indo dormir Vladimir, me sinto cansada. __ Afasto-me dele e caminho em direção a porta. Não gosto de brigar com as pessoas que gosto, me faz sentir a pior pessoa.__ Me perdoe, Kátia. __ Ele surgiu em minha frente e me abraçou apertado, eu tento me afastar empurrando seu peito, mas a sua força é maior que a minha. __ Eu não quis te magoar, eu… sou tão burro! Quando estava voltando da casa de Elisa, recebi uma ligação de meu pai e ele estava muito zangado comigo…__ A ligação que você me afirmou que não foi nada? __ Ele balançou a cabeça concordando. __ Esse foi o motivo de você ter agido assim comigo, Vladimir? __ Perguntei decepcionada.__ Não exatamente, eu
Nanda Em toda minha vida, nunca que imaginaria estar morando na Rússia. Penso tirando minha roupa e entrando na banheira. Eu me sentia tão suja e cansada que precisava de um banho. Vi a banheira e não resisti.Tudo que quero é esquecer o fracasso que terminou o meu dia e o dia das meninas.Fiquei muito preocupada quando a Elisa saiu do restaurante com o ministro, pensei que obrigariam.Mas pelo que vejo, ela se deu bem.Desde que cheguei com Ania que ela está trancada com o ministro no quarto. Sorriu fechando meus olhos e relaxando todo meu corpo na banheira.Mesmo com tanta coisa a ser resolvida ainda, me sinto feliz e segura como nunca havia me sentido, rodeada por pessoas que gostam de mim.__ E você chegou a imaginar que não chegaria aos dezoito anos, Iolanda. __ Exclamei em voz alta. __ Mas aqui está você, na casa dos trinta.Se minha vida fosse diferente da que tive, onde eu estaria?É certeza que eu nem conheceria a minha falecida amiga Mili e consequentemente não conheceria m
Parado a minha frente, está ele, o presidente. Ele me olhava de um jeito, como se quisesse tirar a minha roupa.Ele deu um passo para trás e me olhou de cima a baixo incontáveis vezes e não falava nada.O que ele tanto olha?Olho-me e quando noto a roupa que eu vestia é que constato o que ele tanto olhava.Encarei o presidente e arregalei os olhos, envergonhada e apavorada em está praticamente nua em sua frente. Tento fechar a porta, mas ele não deixa, usando a sua mão enorme para impedir.Ele dá dois passos longos para frente e eu recuou para dentro do quarto, enquanto ele fechava a porta lentamente me olhando fixamente.O que eu faço? Droga!__ Peço que o senhor saia de meu quarto. __ Ordenei assim que recuperei a fala, esforçando-me para ignorar o medo e algo mais que se alojou na boca de meu estômago. Ele só me olhava e nada dizia. __ Não escutou? Saia, agora! __ Declaro firme.__ Nossa, como você é linda! __ Ele diz parecendo admirado, recusando atender as minhas palavras anterio