Ao chegarem no condomínio, Nicholas foi com Phil até a casa dos pais para uma ducha rápida, trocarem de roupa e voltariam mais tarde para uma noite de jogatina e pizza antes da viagem do atleta. Henrique pegou o scrapbook que estava usando como seu diário de gravidez, uma caneta e foi direto para a sala.
Maximus antes de sentar-se foi até a cozinha pegar os suplementos de Henrique, e sentou-se na ponta oposta do sofá.
- Fazendo o que, Gabe?
- Anotando mais algumas sugestões de nomes para nosso bebê. Escutei em Chicago tantos nomes diferentes que estava doido para chegar e passar todas as anotações do celular para o diário.
- Então, quais foram os nomes que você anotou aí? – retirou da carteira que estava no bolso da calça, um papel todo rabiscado.
- Você também? – Mack riu. – e por que eu tenho que come&cced
- Eu não acredito que já estamos aqui por mais de três horas e a única coisa que conseguimos montar foi a base do colchão. – Maximus estava exausto e suava frio. Nicholas tamborilava os dedos em uma tábua da mobília e Kaito folheava pela bilionésima vez o manual.Henrique assistia a tudo sentado na poltrona do lado oposto. Tomando seu suco, e filmando os três mosqueteiros tentando montar o berço.- Meus caros, alguém tem graduação ou pós-graduação em física quântica aqui? Ou fala russo? Esse manual não é para pessoas comuns. Nunca vi tantos tipos de parafusos, porcas, cantoneiras, cavilhas de tantos tamanhos... aliás que porra de nome é esse: cavilha? Nem sabia que isso existia.- E ainda tem mais, cada um tem um código e para economizar papel eles colocaram tantas imagens juntas e imprimiram essa mel
Tal qual se esperava, marcaram a consulta com a tal doutora vizinha do consultório do Henrique, deu um trabalho para convencê-la a atender fora do horário normal, tiveram que pedir para Dr. Bells interceder.- Boa noite, queridos. – recebeu eles calorosamente, embora tivesse com aspecto bem cansado.- Boa noite, Dra. Balaskas. – cumprimentou Maximus e em seguida ela olhou para a barriga do grávido.- Desculpa não ter entendido de primeira o motivo do pedido, Robert me explicou tudo e concordo totalmente em manter isso tudo o mais escondido possível, não é bom nem para você e muito menos para o bebê a confusão que poderia causar.“Tem algo de estranho no tom de voz dela... algo não tá batendo bem.” – pensou Henrique desconfiado.- Obrigado pela compreensão.- Ele também me disse que vocês teriam um termo de
“Que calor insuportável, Jesus Cristo!” – mesmo com o ar-condicionado do carro ligado, Henrique podia jurar que o verão em Illinois estava surpreendentemente acima da média. Os termômetros nas ruas marcavam entre 30 e 35 graus, seu organismo já tinha se acostumado com a temperatura bem mais amena para fria. – “E olha que sou brasileiro devia estar acostumado com isso.”- Oi, Maxie.[O que você está fazendo na rua, Gabe? Devia estar em casa.] – Henrique atendeu a ligação no viva-voz do carro.- Se eu ficasse mais um segundo dentro de casa eu ia pirar. Além do mais, acho que da pra ir no mercado, não é?[Mas eu podia ir para você, meu amor.]- Maxie, estou grávido, não inválido ou doente.[Nicholas está com você, pelo menos?]- Não, ele foi em Chicago para resolver alg
- Meu Deus! Olha o tamanho dessa barriga! – Helena estava ao mesmo tempo admirada e assustada. Seu filho nunca teve o físico fora de forma, sempre praticando musculação, sempre em dieta planejada e percentual de gordura corporal abaixo dos 5%. – Só assim para te ver relaxar com o corpo.Pagou o motorista do Lyft, que gentilmente colocou as três malas grandes no hall de entrada da casa.- Oi, mamãe. Como foi de viagem? – estava com o humor no pé.- O voo foi tranquilíssimo, embora eu não tivesse conseguido pregar o olho sequer uma vez, e ter que fazer conexão em Miami. Deu, pelo menos, para terminar o livro que eu estava lendo. Que carinha é essa, hein?- Sei lá... sabe quando você acorda e tem a impressão de que não devia ter saído da cama? Por favor, não comece achando que é por sua causa, porque não é
À medida que os dias passaram depois do último exame, o choque de realidade bateu em Henrique com força. Ele estava uma pilha de nervos, não a ponto de esbofetear quem passasse na sua frente, mas de tensão, ansiedade e medo.Muito por causa de um sonho que teve por estar tendo contrações sem qualquer abertura para a saída do bebê e ele apavorado por estar longe de tudo, sem ninguém por perto.Esse pesadelo o perseguiu por vários dias seguidos e em segredo. Mas tanto Maximus quanto Helena sabiam que algo não estava bem, porém respeitavam o espaço de Henry, que passou a ficar a maior parte do tempo no quarto do bebê, ironicamente era o único ambiente onde ele conseguia manter a mente afastada desse medo.E olhar para a réplica do bebê embrulhada em uma fralda estampada com filhotes de unicórnios o tranquilizava.Ficava reimaginan
Henrique estava sentado na poltrona, com ela virada para a movimentação frenética da casa. Sua mãe, seu recém-chegado pai e seu marido iam de um lado para outro pegando coisas em lugares diferentes, passando instruções uns para os outros.Ele achava graça de tudo.- Parecem formigas quando alguém mexe no formigueiro. Olha só Owen. – sussurrou para a barriga, levantando a camisa. – Acho que esqueceram que estamos aqui.Do lado de fora estava uma chuva fina e Maximus já tinha ligado para o hospital uma centena de vezes para confirmar se já estava tudo pronto para recebê-los. Helena acabava pedindo para ele ligar novamente quase que minutos depois, ela estava tão desbaratada que já tinha tirado e recolocado as coisas nas duas bolsas da maternidade várias vezes cismando sempre no final que estava faltando algo, que na verdade já tinha col
Maximus acordou no momento que traziam Henrique para o quarto. Se aproximou do marido depois de transferirem ele para o leito do quarto. Se olhavam com carinho.- Eu sei que você não pode falar ainda, mas eu preciso de dizer uma coisa: eu te amo mais que tudo e nunca fui tão feliz na minha vida. Não consigo imaginar minha vida sem você e agora sem o pirralhinho que acabou de chegar. – Deu um beijo em sua testa e ficou fazendo cafuné nele até ele adormecer novamente.A enfermeira chegou minutos depois com o bebê, já limpo e enroladinho na manta. Mack pegou o filho no colo e levou até o marido. Henrique queria falar, expressar tudo o que estava sentindo. Mas foi fortemente advertido para as consequências.Admirava cada curvinha do filho, os lábios e o biquinho característico da família, as bochechinhas fofíssimas, o narizinho, orelhinhas e mãozinhas mi
PARTE III52 semanas depois⚝CAPÍTULO 25Os convidados já chegavam, Henrique conversava animadamente com Kaito, Nicholas e Philip, enquanto Maximus ainda estava no andar de cima trocando o pequeno Owen.- Filho, ajuda papai aqui. – estava tendo dificuldades para colocar a roupinha nele. Estava mais agitado que o normal.- Papa.Maximus simplesmente congelou.- Papa?! Você falou papa?! – pegou Owen no colo e o elevou no alto animado, o pequeno começou a gargalhar, ele adorava quando Mack fazia isso. – Papa!- Papa. – e ria.Como eles estavam demorando para descer, Henrique foi ver o motivo da demora. Subiu as escadas e ouviu as gargalhadas deliciosas do filho.- Posso saber o motivo da demora dos senhoritos? – Imediatamente o pequeno estendeu os braços para que Henry o pegasse.- Olha só isso... Owie...