– Boa sorte? – Maila cuspiu as palavras. – Volte aqui! Acha que eu não teria coragem? Eu vou sair dessa maldita casa e vou ligar para a policia agora mesmo. Sua desgraçada, ridícula.Eu estava andando em direção a escada, mas parei os meus passos. Eu estava paralisada no tempo, e mesmo assim, fui capaz de sorrir. Sempre que me sentia mal tratada, lembrava do meu pai. Ele ainda está dentro da minha cabeça, mesmo agora, mesmo quando eu não sabia quem ele realmente era para mim. Me virei, com aquele mesmo sorriso estampado no rosto. – Faça o que quiser. Ligue para a policia. – Andei até o telefone ao lado, o peguei e caminhei com as mãos estendidas, até que Maila pudesse pega-lo. – Tome! Ligue agora mesmo. O que foi? Esqueceu do número? Não tem problema, eu coloco para você! – Digitei os três números e entreguei para ela. Aquele olhar confuso pareceu o melhor da noite, e eu amei ver cada gesto de confusão no rosto dela. – acha que eu não vou ter coragem? Eu vou! – Ela apertou o botão,
Tudo no meu corpo implorava que eu me levantasse daquele banheiro, corresse para fora e impedisse aquela mulher de ser cruel mais uma vez. Tudo dizia que eu deveria acabar com ela para sempre, e eu me sentia descontrolado. Que droga eu fiz com a minha vida? Eu ainda me lembrava de não ter recebido qualquer tipo de visitas durante a faculdade, e em um dia qualquer, fui chamado a uma sala fechada e sombria. Eu sabia que algo estava prestes a acontecer quando abri aquela porta, e o senhor Holloway estava sentado em uma cadeira comum, me encarando com a mesma rigidez de sempre. Eu deveria saber quando ele abriu a boca e disse que havia uma noiva me esperando em casa... Eu não deveria ter brigado, ou relutado. Eu poderia ter aceitado o meu destino. Se eu fosse inteligente, teria dito que sim, mas eu era um imbecil, e estava prestes a começar meu próprio negócio. Ser deserdado naquele dia pareceu uma piada de mau gosto, mas não me importava. Eu já pretendia abandonar tudo e crescer por mi
Olhar para ela era como estar morrendo, e era quando eu finalmente encontrava aquela paz plena que sempre ouvi falar. Nós estávamos nos olhando, e eu, era um covarde, incapaz de abrir a minha maldita boca agora. Eu deveria dizer o que ela estava esperando a vida inteira. Era para ser o meu momento de honestidade. O nosso momento. Talvez ela ficasse feliz. Talvez aquela fosse uma invasão. Mas ao contrário de palavras, eu a segurei pelo rosto, e era como um predador encarando uma caça. Não deveria ser assim. Meu olhar era terno, mas feroz. – Hardin... – Olhos dela imploraram por algo. Eu não sabia o que dar, mas daria o que queria. Meu rosto se inclinou próximo ao dela. Minha boca foi tão rápida quando em uma captura. Eu a beijei, e ela me beijou de volta, tão intensamente que mal me sentia naquele mesmo ambiente de antes. Tudo que passava pelo meu corpo. Toda aquela dor se foi. Livy Clarke parou de me beijar, afastando o meu corpo com as mãos pequenas dela. Eu havia me agarrado aqu
– Eu não acredito que isso aconteceu mesmo... Olhos arregalados encaravam as paredes daquele quarto. Eu sentia minha respiração falhar. Mal conseguia manter meus olhos abertos. Estava tão cansada, e suada. Sequer me lembrava como tinha chegado até aquele momento. Como viemos parar nessa cama? Como tudo evoluiu tão rápido de uma declaração de amor, para fazer amor? Eu não podia negar o quanto estava assustada. Hardin estava deitado ao meu lado. Minha cabeça bem posicionada no peito dele já era consolador o bastante. Assim, eu não olharia para aquele rosto agora. Eu sentia uma timidez devastadora, e não conseguiria explicar o motivo, mesmo que quisesse. – Tudo bem? – Hardin perguntou. Eu sentia a insegurança deixando a voz firme e autoritária. Ele falava tão baixo, como se tentasse parecer dócil. – É oficial... Dessa vez, você não dormiu. Eu desviei o meu rosto, olhando para cima. Ele tinha os olhos grudados em mim. Meus lábios estavam curvados em um misto de riso e tentar não libe
– Livy... Eu e a Maila não fizemos nada nessa cama! Eu ainda não havia me lembrado de como era respirar. Acho que sequer sabia o significado daquela palavra enquanto olhava para ele. A sensação de sufocar, de estar me afogando, bem ali, olhando nos olhos azuis intensos dele. Eu queria fugir outra vez. – Mas... – Talvez seja doloroso, mas eu não vou mentir. Eu fiz tudo que deveria no apartamento dela e do meu irmão. Eu não me orgulho. Eu só queria convencer ela de que estava falando sério. Eu tentei desviar. – Hardin... Eu não quero escutar sobre isso. Me desculpa. Eu tenho que ir. A Maive... Ela... Me virei, tentando sair daquele lugar. Mas a mão dele tocou a minha, e era um momento suave e calmo. – Você não estava certa sobre o bebê. Mas estava certa. Eu senti minha cabeça formando um nó. Me virei e o encarei. – Do que está falando? Hardin continuava segurando a minha mão, olhando fixamente para mim, e eu.. ah, eu não podia olhar para ele agora. Não assim. – Depois que eu co
Ele levantou a cabeça, me encarando como se a ordem fosse incompreendida ou imoral. Levantando o braço Eliot encarou o relógio. Estava tão despreocupado com sua pilha de papéis sobre a mesa. Nunca pensou que eu descobriria sobre seus crimes, mas de toda forma, não importava. Aquele homem não parecia importar-se com mias ninguém, além de si mesmo. – Só um segundo. Tenho que revisar esses papéis. Precisamos entrega-los ainda hoje. – Ele assinou uma sequência de linhas, antes de sorrir. – Tem sorte de me ter. Se não fosse a minha competência... Sem querer ofender, mas o seu amigo está mais preocupado em conquistar os representantes de compras, que o trabalho. – Eu mandei você levantar, Senhor Eliot. Ele finalmente levantou sua cabeça, me encarou com firmeza, e ajeitou o óculos de leitura. – Tudo bem? Você parece preocupada, Livy. – Batendo com a caneta contra a mão, ele sorriu, me encarou e lambeu os lábios como se eu fosse um pedaço de carn. Essa era, com certeza, a parte que eu mais
O chá estava tão quente quando o levei até a minha boca. Eu lutava para manter os meus olhos abertos. A cama confortável me impedia de levantar. Meus músculos estavam moídos devido as atividades intensas durante a noite anterior, mas o choro da Maive estava me atraindo para o quarto. Tomei coragem, e com uma lufada de ar, me levantei e andei em direção ao quarto. Antes que eu pudesse abrir a porta, o choro cessou. Era estranho. Maive nunca havia dormido sozinha antes. Me esgueirei devagar, sentindo as pontas dos meus dedos dos pés doerem quando me posicionei sobre eles. Olhei devagar, e vi uma cena realmente linda. Hardin balançava em uma dança lenta, segurando a pequena em seu colo, encostada num peito realmente rigido e seguro. Ele era sempre tão quente, e estar sem camisa, provavelmente o fazia o canguru perfeito. Eu olhava para aquilo, e ainda não conseguia acreditar em quanto tempo eu passei tentando odiá-lo intensamente. A forma como ele segurava o bebê, fazia parecer que aquil
Estávamos sentados em uma mesa. Livy Clarke estava na mesma direção que eu, sentada do outro lado de uma mesa de reuniões enormes. E droga, essa merda era irritante. Nós estávamos morando juntos, mas isso não mudava o fato de que não conseguia parar de olhar para aquele rosto lindo. E merda, eu não conseguia me concentrar no trabalho quando ela estava por perto. Na verdade, também não conseguia me concentrar quando estava longe dela. Minha mente paranoica criava os piores cenários, sobre como os homens podiam se interessar por ela agora. Eu precisava admitir que preferia como era antes, por que eu a teria só para mim. Agora, eu estava sentado em uma mesa, encarando a minha mulher, enquanto a droga de outros homens olhavam para ela com malícia. “Atenção babacas, ela não está mais sozinha”. Livy Clarke se levantou quando Juan entrou na sala, com deu terno chamativo preto brilhante, e uma sacola de compras luxuosa. Ele sabia bem se adaptar ao novo estilo de vida, mas eu não podia culpá