O chá estava tão quente quando o levei até a minha boca. Eu lutava para manter os meus olhos abertos. A cama confortável me impedia de levantar. Meus músculos estavam moídos devido as atividades intensas durante a noite anterior, mas o choro da Maive estava me atraindo para o quarto. Tomei coragem, e com uma lufada de ar, me levantei e andei em direção ao quarto. Antes que eu pudesse abrir a porta, o choro cessou. Era estranho. Maive nunca havia dormido sozinha antes. Me esgueirei devagar, sentindo as pontas dos meus dedos dos pés doerem quando me posicionei sobre eles. Olhei devagar, e vi uma cena realmente linda. Hardin balançava em uma dança lenta, segurando a pequena em seu colo, encostada num peito realmente rigido e seguro. Ele era sempre tão quente, e estar sem camisa, provavelmente o fazia o canguru perfeito. Eu olhava para aquilo, e ainda não conseguia acreditar em quanto tempo eu passei tentando odiá-lo intensamente. A forma como ele segurava o bebê, fazia parecer que aquil
Estávamos sentados em uma mesa. Livy Clarke estava na mesma direção que eu, sentada do outro lado de uma mesa de reuniões enormes. E droga, essa merda era irritante. Nós estávamos morando juntos, mas isso não mudava o fato de que não conseguia parar de olhar para aquele rosto lindo. E merda, eu não conseguia me concentrar no trabalho quando ela estava por perto. Na verdade, também não conseguia me concentrar quando estava longe dela. Minha mente paranoica criava os piores cenários, sobre como os homens podiam se interessar por ela agora. Eu precisava admitir que preferia como era antes, por que eu a teria só para mim. Agora, eu estava sentado em uma mesa, encarando a minha mulher, enquanto a droga de outros homens olhavam para ela com malícia. “Atenção babacas, ela não está mais sozinha”. Livy Clarke se levantou quando Juan entrou na sala, com deu terno chamativo preto brilhante, e uma sacola de compras luxuosa. Ele sabia bem se adaptar ao novo estilo de vida, mas eu não podia culpá
Já estávamos prestes a sair do prédio quando uma das funcionárias decidiu que seria uma boa idéia correr em duração ao meu marido e parabeniza-lo por ser o novo chefe das indústrias Holloway, como mandava a tradição. Tocando na mão do Hardin, eu podia ver o pedaço de papel que ficou, acidentalmente preso nas mãos dele quando ela finalmente o largou, com seu grande sorriso que alcançava de orelha a orelha. Era bem claro que ela estava animada com aquela nomeação, se é que era realmente verdadeira. Hardin manteve toda a sua postura de lord inglês, enquanto olhava para aquela mulher com uma expressão indecifrável. Droga. Eu odiava quando ele tinha expressões indecifráveis. Como eu saberia exatamente o que ele estava pensando desse jeito? Isso com certeza não me ajudava a controlar o ciúme evidente. – Eu fico muito feliz que será o chefe. Acha que vai precisar de uma nova secretária? Hardin esticou a mão e segurou na minha. Eu senti quando o papel foi entregue a mim, como se nem mesmo
Maila... Longe de tudo, eu tinha ideias de como acabar com aquele maldito casamento. Dizer ao Hardin que o bebê era do senhor Holloway foi uma covardia, eu sei. Mas eu precisava despistar. Eu sei que ele sente muito ódio de mim agora, e também sei que ele exagerou quando tentou me matar. Mas qual é... Eu não esperava por aquela reação. O dinheiro que a cretina me deu só serviu para corroborar o meu plano. Corri para atravessar a rodovia movimentada na Upper East side, quando um idiota num carro preto quase me atropelou. – Vai se ferrar! – Gritei para ele. Aquele homem lindo já estava me esperando no restaurante. Eu não tinha tempo algum a perder. Corri o mais rápido possível, e entrei naquele lugar luxuoso. Ok, fazia muito tempo que eu não frequentava lugares assim.Eu o cumprimentei antes de me sentar. As mãos dele tocaram as minhas, e eu senti vergonha por não tê-las mais tão macias quanto antes. Droga... Mesmo assim, ainda continuava olhando para ele com todo o meu charme, e com
Sentada na varanda da minha casa, eu observava Hardin brincando com um bebê. O meu bebê... Nosso... Eu ainda precisava me acostumar em dividi-la. Tudo parecia tão certo, mas também, havia um certo misterio no ar. De alguma maneira, eu sentia que haviam segredos entre nós dois, especialmente por que Hardin sempre começava a me beijar quando eu tocava no assunto. Eu acenei para ele quando finalmente me notou o observando. Ainda havia uma notória dúvida que pairava na mente dele: Eu o observava por que o amava intensamente, ou eu estava olhando para ele por que achava que ele poderia surtar novamente? Bom, a resposta era bastante complexa, se querem saber. Juan se levantou pouco depois das oito da manhã, e tocando nos meus ombros, ele beijou minha testa, ao se curvar sobre o meu corpo. Hardin já não podia parar de olhar para nós dois. Eu sei, ele podia estar com ciúmes, mas tinha que aceitar o meu amigo. Eu e Hardin nunca seriamos irmãos, mas eu e o Juan... Nós éramos almas destinadas a
A visão dela estava embaçada, e Livy Clarke não falava muitas coisas coerentes naquele momento. Eu a encarei, batendo a minha mão contra seu rosto. Era o mais delicado que conseguia, mas Juan ainda me olhava como se eu a estivesse espancando. Tudo bem, eu acho que merecia isso dele. – Amor? Acorde... Livy? – a cabeça dela estava no meu rosto, e eu sei que ela adoraria estar acordada para ver como a Maive havia se sentado em sua barriga e a sacudido, tentando a todo custo acordar a mãe. – O que aconteceu? – Os olhos da Livy abriram aos poucos. Seu semblante atordoado. Ela passou as mãos pela testa, afastando os fios insistentes que se espalharam pelo seu rosto lindo. – Você desmaiou depois da carta. – Juan revelou, agarrando a Maive entre seus braços. Ele tentava acalmar a menina que só queria ficar perto de sua mãe. – Despois da carta? – Livy tentava resgatar na memória. – Não! – Um grito. – Não! Não! Não! Ele não pode fazer isso. Se ele fizer, eu juro que vou morrer. Não, Hardin,
Eu estava confiante. Tinha os melhores advogados do mundo, caminhando logo atrás de mim. Tinha o meu marido segurando na minha mão, me dando força e proteção. Eu tinha a minha filha segura, em casa, sendo cuidada pelo meu melhor amigo. Eu estava prestes a ter uma conversa muito difícil, e os meus advogados estavam prontos para garantir que tudo fosse adequado, e dentro da lei. Daren queria um acordo? Ele teria. Daren queria dinheiro? Ele teria o quanto quisesse, com tanto que deixasse a minha filha em paz. Eu sabia que ele fazia aquilo apenas para me obrigar a dar muito dinheiro. Sempre foi sobre isso. Ele nunca realmente se importou com o bebê. Mas eu provaria isso ao juiz que fosse necessário. Entrei no cômodo, onde varias pessoas estavam trabalhando tão alinhadas como nunca haviam feito antes. Levantaram a cabeça e me olharam de um jeito muito estranho quando me aproximei. – O que está acontecendo? Nenhuma resposta. Eu esperei por alguém corajoso o bastante para se levantar e
Foi preciso que eu retirasse meu terno e cobrisse seu rosto para sairmos do prédio. Tudo era um inferno, e deveríamos saber que este lugar precisava de uma garagem subterrânea com urgência. Os passos da minha esposa eram lentos e vacilantes. Vendo o Daren no meio da multidão, sorrindo, eu senti o desejo de andar até ele e soca-lo. Ele sabia bem que aquela criança não era dele, mas também sabia que eu não desejava dizer a verdade. Isso a destruiria ainda mais rápido, e era exatamente o que Daren desejava. Tanto tempo de humilhações, e ele planejou sua vingança muito bem. Livy Clarke olhou nos olhos do imbecil, e eu podia sentir, pela forma como suas pequenas mãos me apertavam, que ela estava sofrendo tanto... Eu praguejei. Droga, isso era tudo culpa minha. “Lembre do que o advogado disse. Lembre...” eu repetia varias vezes, tentando me convencer de que não deveria acabar com ele ali, e dar a manchete que ele finalmente merecia. – O que a senhora tem a dizer sobre as alegações de tra