Os saltos batiam contra o carpete com toda a minha força. Minha saia lápis me deixava mais sensual do que eu de fato deveria ser. O meu cabelo solto estava me dando um ar selvagem e lindo, e eu sabia disso, por que desde que entrei na indústria Holloway, nenhum homem foi capaz de parar de olhar para mim. Todos os funcionários estavam de pé, me encarando. Seus olhares de medo, eu podia reconhecer em qualquer lugar. Eu já me senti assim antes, e não falaria nada agora. Eles não tinham que sentir mais medos, a menos que houvesse um grande motivo para isso. Um funcionário correu na minha direção. Seu grande óculos escorregando do rosto e as roupas inadequadas me lembrava de alguém que eu já fui um dia. – Se-se... Se... Eu o encarei, sorri o mais gentil que conseguia. Ah se ele soubesse que eu estava mais nervosa que ele. – Calma. Respira... Me diz qual é o problema. – Não... Não... - O pobre homem respirou fundo. – Não pode entrar! – Ele parecia ter descarregado toneladas de seus om
– Polícia? Livy, não é para tanto. Eu sei que nós podemos nos resolver. – Só um segundo... – Disse ao policial, e então coloquei a mão na frente do celular. – Nos resolver? O que você sugere? – Tirei a mão da frente e voltei a conversar com o policial. – Desculpe, vou tentar resolver amigavelmente. Retorno se precisar. Obrigada. – Desliguei. Daren Holloway parecia bravo, enquanto Maila parecia finalmente respirar. Todo aquele ar sendo liberado, junto com o veneno que ela destilava. Daren se sentou na minha cadeira e começou a se balançar. – Posso ser seu braço direito. Eu vou comandar, mas as pessoas não saberão disso. Você terá sua gloria, e eu... Eu vou continuar controlando a empresa do meu pai. – Levanta da minha cadeira agora! – Ordenei. Ele estava tremendo quando se levantou. Um dos braços estava inútil, sendo preso por uma tipoia. – Desculpe. – Ele não era seu pai, Daren. Era o meu pai. Não seja hipócrita. Aquele homem não era aproximo a você. Ele não cuidou ou morou pert
Eu precisava me lembrar de como andar outra vez. Os corredores da empresa estavam perfeitamente limpos, alinhados. Foi a primeira vez que achei aquele lugar saudável. Parei em frente a porta de uma sala e li “Livy Clarke Holloway” preso a ela. Meu coração se contorceu. Ela deveria ter Holloway em seu nome, e não havia nada mais adequado, mas eu deveria ter dado a ela, quando estivesse casados e felizes. Me sentei em uma poltrona encostada na parede, sentindo o meu coração transbordar de ansiedade. Enquanto isso, ninguém veio até mim. Eu estava ali, esperando por ela, como um dia ela esperou por mim. Eu podia entender a ansiedade, e como ela deve ter ficado surpresa quando eu a contratei. O ambiente parecia estranho, embora perfeitamente em sintonia. Os funcionários eram como robôs, trabalhando, cada um em sua mesa, sem conversas ou risos. O que estava acontecendo? A porta se abriu em seguida. Uma mulher loira saiu da sala, praticamente batendo a porta na parede quando a escancarou.
– Eu? Com ciúmes de você? Claro que não! Você pode dormir com quantas secretárias quiser. Você não perdoa as feias, porque deixaria passar alguém como ela? Eu contorci os meus lábios em um sorriso genuíno. Eu ainda tentava ser sedutor, sentado, como um verdadeiro cavalheiro, enquanto ela evitava olhar para mim. Aqueles olhos lindos, puxados, e completamente ligados a pilha de papéis, onde ela fingia ler um documento de cabeça para baixo... Eu ri um pouco mais. – Sei... – Brinquei. Estiquei as minhas mãos e girei o documento para o lado certo que ela deveria ler. – Acho que seria bem mais fácil se você tentar do jeito certo. Aquelas bochechas estavam completamente vermelhas. Livy colocou a caneta de lado, e me encarou. – O que você quer comigo? – O que eu quero? – Me aproximei da mesa, e aqueles óculos de leitura escorregaram do nariz e caíram, quando Livy Clarke ficou nervosa. – Você! Rapidamente, ela o pegou de volta. O semblante dela não parecia feliz. – Bom, terá que pedir outr
Eu olhava para aquela imagem, mas não conseguia acreditar. As ligações do Daren Holloway ainda estavam gravadas no meu celular. Todas as mensagens de texto que Maila me enviou, eu havia apagado sem ter que me obrigar a abrir uma segunda vez. Aquelas fotos inadequadas, como se fosse possível me seduzir com esmolas... Agora, meus olhos captavam apenas duas pessoas, trabalhando como escravos, que se esforçavam para esconder o rosto de mim.Daren se levantou, arremessou a escova no chão e encarou Livy Clarke. – Eu não sou Estorvo?Mas Livy Clarke tinha um olhar cruel, quase irreconhecível. – Não disse que era. Daren Holloway se sentiu ainda mais insultado quando percebeu o apelido cruel que a doce Livy Clarke havia dado a ele.Minha cabeça estaca girando por dentro, tão confuso com tudo que acontecia, que eu mal podia compreender com clareza. Maila ainda estava ajoelhada, com um olhar triste, me encarando, pedindo socorro...– O que vocês estão fazendo aqui? Livy ainda mantinha o olhar
Depois de toda aquela cena no meu escritório, eu precisava me afastar da cidade. Eu tinha que ficar longe. Meu bebê dormia ao lado do Juan, enquanto eu descansava, sentada naquela poltrona de avião. Fechei meus olhos, enquanto sentia alguém passando bem na minha frente. Eu não tinha que abrir os meus olhos, por que não me importava quem estava ao lado. Amamentar a noite é tão cansativo, mas ninguém avisa as pessoas sobre isso. Oh, eu queria muito ao menos uma noite de sono completo. Minha mente ainda conseguia vagar direto para a noite onde as piores coisas aconteceram comigo, em sequência, como uma cascata de problemas que eu mesma ativei. Por que eu fazia coisas assim? Uma voz ao meu lado parecia brincar com a minha filha, no banco de trás . Ela deveria estar dormindo, e um estranho não deveria se intrometer com bebês que não eram deles. Tentei me controlar por algum tempo, mas aquela imagem de uma pessoa desconhecida, criando vínculos com a minha filha parecia incomodo. Abri os m
Nós deveríamos conversar sobre tudo, eu tinha certeza disso, mas o meu rancor não permitia que aquilo acontecesse. Lembrar de como Hardin se declarava para mim, e depois beijava a ex esposa era sempre doloroso. E quanto as mentiras? Como Hardin poderia explica-las para mim? Como ele poderia me dizer que nunca houve um bebê morto, e que, ele apenas me odiou intensamente, durante toda a minha gravidez? Me levantei da cama quando minha chorou. De alguma forma, naquele quarto de hotel, eu não me sentia solitária. Sentei em uma poltrona de balançando, acariciando o bebê, enquanto a babá dormia no quarto ao lado. Ela provavelmente deveria cuidar da criança agora, mas eu sabia como ela estava cansada. Bom, nós duas estávamos. Havia algum tempo que eu não conseguia dormir direito.Ela já havia fechado os olhos novamente, quando ouvi sons vindos da porta. Não eram batidas, ou alguém tentando abri-la sem permissão. Era apenas.... Eu não sei, uma impressão, talvez? Coloquei minha bebê de volta
Andei pelo salão por algum tempo, observando as apresentações, as armas. Não havia nenhum sinal da Livy Clarke inicialmente. Depois que eu a deixei encostada na porta, ainda tremula, tenho certeza de que pensou em mim a noite inteira. Ela não vai conseguir me ignorar. Algumas mulheres se aproximaram de mim, como costumavam fazer sempre, em eventos como esse. Eu não me importo com elas, com a forma como tentam parecer atraentes, mas Livy Clarke precisa provar um pouco do que tem me feito sentir todo esse tempo. – De onde você é? – Meu sorriso forçado não dava a mínima atenção para o que aquelas mulheres falavam, mas, ainda assim, eu fingia ser sedutor, e atencioso. Se soubessem que nada do que falavam estava sendo compreendido... – Tudo bem? – Uma loira sorriu. Seu rosto envolto em uma maquiagem forte, deixava explícito que ela não fazia parte do mundo das armas. Aquela mulher procurava por um homem rico, e um acordo pré-nupcial se fosse sortuda o bastante. – Sim, por que? – Não p