Eu estava um caos enquanto tocava a campainha daquela mansão enorme. Ela parecia tão vazia quanto o apartamento. Mas de alguma maneira, eu podia sentir que ele estava ali. Eu precisava insistir que estivesse, por que estava cansada de revirar a cidade atrás dele. Talvez Hardin estivesse em alguma ilha paradisíaca, com alguma mulher, ou talvez estivesse enlouquecendo dentro da própria casa. Qualquer possibilidade me parecia tão assustadora que eu mal conseguia respirar. Eu dei a volta na casa, olhando as janelas. Não havia funcionários, ou carros estacionados em frente a casa. Simplesmente não havia nada. Mas eu nunca a tinha visto vazia antes. Então, eu procurei por alguma janela aberta. Qualquer fresta foi o bastante parar fazer escalar a parede e entrar de cabeça. Eu sentia medo de ficar presa, e a minha mente criava a ideia de que a polícia chegaria e me flagraria naquela posição. Eu seria presa r colocada em uma cela para sofrer. Eu não queria isso, mas não desistiria de entrar
Minha bolsa escorregou das mãos. Eu estava tão chocada, que nem conseguia me mover. Meu coração batia como um louco, e eu sentia que estava prestes a morrer. Eu sei que a paranoia havia dominado a minha mente, mas nem de longe, eu conseguiria pensar que veria aquela cena grotesca diante dos meus olhos. O meu mundo inteiro girou. Eu estava caindo de cima de uma torre de cartas, onde o Hardin havia me colocado da forma mais fantasiosa, e me aprisionado ali. – Hardin? – Eu repeti. Podia ver os olhos da Maila vermelhos, devido ao esforço. Aposto que sequer dormiram a noite. Minhas mãos tremiam apenas em pensar em tudo que ele havia feito com ela. Respirei fundo, e andei mais um passo, e outro. “ Um de cada vez, Livy”, eu pensava, enquanto minhas mãos tremulas alcançavam as mãos do Hardin Holloway. Eu agarrei aquela faca suja das mãos dele, e aquele homem sequer olhou para mim. Hardin não reagiu a qualquer movimento. Eu segurei o objeto, e vi como os olhos da Maila aumentaram de tamanho
Hardin me encarou como se eu acabasse com cada um dos sentimentos dele. Ver Maila partir parecia um pesadelo para ele. Talvez eu devesse tê-lo deixado ter sua vingança, e acabar preso para o resto da vida. Talvez assim, ele não me olhasse como se eu fosse o pior que já aconteceu em toda a vida dele. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, aquele homem entrou no banheiro e fechou sua porta com força. Talvez eu não pudesse aplacar aquele sentimento de dor no Hardin, mas podia impedir que ele sofresse em uma cela no futuro. Respirei fundo, sequei as minhas lágrimas, e tentei contestar meus sentimentos de dor. Olhei no espelho pela ultima vez e vi meu característica rosto avermelhado. Não, o ódio não era algo que eu conseguiria esconder. Ao menos, não por isso ela. Soltei o ar preso nos meus pulmões, e me virei para sair do quarto. Eu escutava os sons da água daquele chuveiro caindo, enquanto eu saia do quarto. Aquilo me dava alguma esperança de que ele se recuperaria em algum momen
– Boa sorte? – Maila cuspiu as palavras. – Volte aqui! Acha que eu não teria coragem? Eu vou sair dessa maldita casa e vou ligar para a policia agora mesmo. Sua desgraçada, ridícula.Eu estava andando em direção a escada, mas parei os meus passos. Eu estava paralisada no tempo, e mesmo assim, fui capaz de sorrir. Sempre que me sentia mal tratada, lembrava do meu pai. Ele ainda está dentro da minha cabeça, mesmo agora, mesmo quando eu não sabia quem ele realmente era para mim. Me virei, com aquele mesmo sorriso estampado no rosto. – Faça o que quiser. Ligue para a policia. – Andei até o telefone ao lado, o peguei e caminhei com as mãos estendidas, até que Maila pudesse pega-lo. – Tome! Ligue agora mesmo. O que foi? Esqueceu do número? Não tem problema, eu coloco para você! – Digitei os três números e entreguei para ela. Aquele olhar confuso pareceu o melhor da noite, e eu amei ver cada gesto de confusão no rosto dela. – acha que eu não vou ter coragem? Eu vou! – Ela apertou o botão,
Tudo no meu corpo implorava que eu me levantasse daquele banheiro, corresse para fora e impedisse aquela mulher de ser cruel mais uma vez. Tudo dizia que eu deveria acabar com ela para sempre, e eu me sentia descontrolado. Que droga eu fiz com a minha vida? Eu ainda me lembrava de não ter recebido qualquer tipo de visitas durante a faculdade, e em um dia qualquer, fui chamado a uma sala fechada e sombria. Eu sabia que algo estava prestes a acontecer quando abri aquela porta, e o senhor Holloway estava sentado em uma cadeira comum, me encarando com a mesma rigidez de sempre. Eu deveria saber quando ele abriu a boca e disse que havia uma noiva me esperando em casa... Eu não deveria ter brigado, ou relutado. Eu poderia ter aceitado o meu destino. Se eu fosse inteligente, teria dito que sim, mas eu era um imbecil, e estava prestes a começar meu próprio negócio. Ser deserdado naquele dia pareceu uma piada de mau gosto, mas não me importava. Eu já pretendia abandonar tudo e crescer por mi
Olhar para ela era como estar morrendo, e era quando eu finalmente encontrava aquela paz plena que sempre ouvi falar. Nós estávamos nos olhando, e eu, era um covarde, incapaz de abrir a minha maldita boca agora. Eu deveria dizer o que ela estava esperando a vida inteira. Era para ser o meu momento de honestidade. O nosso momento. Talvez ela ficasse feliz. Talvez aquela fosse uma invasão. Mas ao contrário de palavras, eu a segurei pelo rosto, e era como um predador encarando uma caça. Não deveria ser assim. Meu olhar era terno, mas feroz. – Hardin... – Olhos dela imploraram por algo. Eu não sabia o que dar, mas daria o que queria. Meu rosto se inclinou próximo ao dela. Minha boca foi tão rápida quando em uma captura. Eu a beijei, e ela me beijou de volta, tão intensamente que mal me sentia naquele mesmo ambiente de antes. Tudo que passava pelo meu corpo. Toda aquela dor se foi. Livy Clarke parou de me beijar, afastando o meu corpo com as mãos pequenas dela. Eu havia me agarrado aqu
– Eu não acredito que isso aconteceu mesmo... Olhos arregalados encaravam as paredes daquele quarto. Eu sentia minha respiração falhar. Mal conseguia manter meus olhos abertos. Estava tão cansada, e suada. Sequer me lembrava como tinha chegado até aquele momento. Como viemos parar nessa cama? Como tudo evoluiu tão rápido de uma declaração de amor, para fazer amor? Eu não podia negar o quanto estava assustada. Hardin estava deitado ao meu lado. Minha cabeça bem posicionada no peito dele já era consolador o bastante. Assim, eu não olharia para aquele rosto agora. Eu sentia uma timidez devastadora, e não conseguiria explicar o motivo, mesmo que quisesse. – Tudo bem? – Hardin perguntou. Eu sentia a insegurança deixando a voz firme e autoritária. Ele falava tão baixo, como se tentasse parecer dócil. – É oficial... Dessa vez, você não dormiu. Eu desviei o meu rosto, olhando para cima. Ele tinha os olhos grudados em mim. Meus lábios estavam curvados em um misto de riso e tentar não libe
– Livy... Eu e a Maila não fizemos nada nessa cama! Eu ainda não havia me lembrado de como era respirar. Acho que sequer sabia o significado daquela palavra enquanto olhava para ele. A sensação de sufocar, de estar me afogando, bem ali, olhando nos olhos azuis intensos dele. Eu queria fugir outra vez. – Mas... – Talvez seja doloroso, mas eu não vou mentir. Eu fiz tudo que deveria no apartamento dela e do meu irmão. Eu não me orgulho. Eu só queria convencer ela de que estava falando sério. Eu tentei desviar. – Hardin... Eu não quero escutar sobre isso. Me desculpa. Eu tenho que ir. A Maive... Ela... Me virei, tentando sair daquele lugar. Mas a mão dele tocou a minha, e era um momento suave e calmo. – Você não estava certa sobre o bebê. Mas estava certa. Eu senti minha cabeça formando um nó. Me virei e o encarei. – Do que está falando? Hardin continuava segurando a minha mão, olhando fixamente para mim, e eu.. ah, eu não podia olhar para ele agora. Não assim. – Depois que eu co