Capítulo 36: Desejo e AmbiçãoHelenaA noite em Palermo estava quente e abafada. A lua cheia lançava um brilho pálido através das janelas do meu quarto, iluminando minha pele nua enquanto permanecia deitava na cama de seda. Meus pensamentos estavam em Mateus, o homem que em breve se tornaria meu noivo. Um homem poderoso, temido e respeitado. Ele não me via da mesma forma que via Júlia, sua ex mulher, mas isso não importava. Eu iria conquistá-lo, de uma maneira ou de outra.Deslizei minhas mãos pelo meu corpo, sentindo a excitação aumentar à medida que pensava nele. Cada toque, cada pensamento sobre Mateus acendia um fogo dentro de mim que eu não podia controlar. Imaginei-o olhando para mim com desejo, sentindo sua presença avassaladora.Peguei o consolo que mantinha escondido na gaveta ao lado da cama. Era uma ferramenta para minhas noites solitárias, quando a necessidade se tornava insuportável. Com dedos trêmulos de antecipação, comecei a usá-lo, sentindo a pressão aumentar dentro d
Capítulo 37: Revelações no Mundo da MáfiaJúliaNo mundo da máfia, onde as intrigas e os segredos são a regra e não a exceção, todos são obrigados a conhecer cada peça no tabuleiro. Mesmo após todos esses anos, o entendimento das complexidades e das conexões não muda. A percepção de quem é quem, de quais alianças são verdadeiras e quais são apenas convenientes, é crucial para a sobrevivência. E, claro, o matrimônio arranjado de Mateus com Helena era um exemplo clássico de como a máfia joga suas peças.Helena, a filha do líder da cúpula, não era uma surpresa para mim. Seu pai, Hassan, sempre foi um jogador astuto, manipulando os eventos e forjando alianças que garantiam seu domínio. Agora, ao ver Helena ao lado de Mateus, eu sabia que este casamento não era apenas uma questão de amor ou de escolha pessoal. Era um movimento estratégico, uma forma de consolidar poder e manter a influência.Sentei-me na cama em minha casa de campo, observando a chuva que caía lá fora, meu coração pesado c
Capítulo 38: Casamento e traiçãoMateusO dia do meu casamento chegou como uma sentença inevitável. A cerimônia era apenas uma formalidade, um passo para consolidar alianças e garantir minha posição. O sangue nas minhas mãos ainda estava fresco, o cheiro da pólvora e da violência não me abandonava. Naquela manhã, precisei resolver algumas pendências com os homens de Hassan, e agora, mais do que nunca, precisava de um momento de verdade.Cheguei à casa de campo com a mente fervendo. Passei pelos corredores silenciosos, minha presença perturbando a tranquilidade do lugar. O som da água correndo chamou minha atenção. Entrei no banheiro e lá estava ela, imersa na banheira, envolta em espuma.Júlia me viu, e seus olhos arregalados refletiam um medo voraz. A tensão entre nós era palpável, a adrenalina correndo em nossas veias. Ela não disse uma palavra, mas sua respiração acelerada e o olhar fixo em mim falavam mais do que qualquer frase.Sem hesitar, comecei a tirar minhas roupas. Ela cont
Capítulo 39: Mudanças á vistaJúliaMais uma vez, me via indo ao orfanato. Aquele lugar tornou-se um refúgio para minha alma atormentada, um lugar onde posso me sentir útil, tentando compensar de alguma forma a dor insuportável da perda do George. Dez anos se passaram, mas a ausência dele ainda é uma ferida aberta em meu coração. Hoje, mais do que nunca, sinto a necessidade de estar perto dessas crianças, oferecendo um pouco de conforto e alegria.Quando cheguei no local, o sol estava alto no céu, iluminando os corredores do orfanato com uma luz suave e acolhedora. As freiras me recebem com sorrisos, agradecidas por minha presença constante e pelas doações que ajudo a arrecadar. As crianças correram na minha direção, animadas, distribuo abraços e beijos, tentando esconder a tristeza que nunca realmente havia desaparecido da minha alma.Depois de algum tempo, decidi ir até a quadra de esportes, onde as crianças costumam jogar futebol. Lá, no meio da quadra, avistei um menino que me cham
Capítulo 40: Um novo recomeçar?JúliaO vento soprava frio e cortante enquanto caminhava rapidamente em direção ao escritório de Edward Sinclair. Meu coração estava acelerado, um pressentimento ruim pesando sobre meu peito. Tinha passado a noite em claro, pensando no garoto do orfanato. Algo nele me atraía de uma forma que eu não conseguia explicar. Era como se um fio invisível nos ligasse.Entrei no prédio e me dirigi diretamente ao escritório de Edward. Ele estava ocupado, como sempre, mas sabia que eu precisava falar com ele urgentemente.— Júlia, o que aconteceu? — ele perguntou, levantando-se para me cumprimentar.— Preciso de sua ajuda, Edward. Quero adotar um menino daquele orfanato que sempre visito. Seu nome é Thomaz.Ele franziu a testa, pegando uma pasta e começando a fazer anotações.— Vou começar os trâmites imediatamente. Mas, Júlia, sabe que isso pode levar algum tempo, certo?— Eu sei, mas não temos muito tempo. Sinto que algo está para acontecer, algo ruim. Precisamos
Capítulo 41: Enfrentando novos desafios JúliaO escritório do meu advogado Sinclair estava exatamente como sempre: ordenado, sofisticado, e com aquele cheiro amadeirado que sempre me deixava um pouco mais calma. Entrei, sentindo um peso no peito. Era difícil organizar os pensamentos quando tantas emoções conflitantes lutavam para tomar o controle.Sinclair me olhou com aquela expressão analítica de sempre. Ele não precisou dizer nada; apenas indicou a cadeira à frente de sua mesa com um leve aceno. Sentei-me, tentando encontrar as palavras certas, mas como dizer a ele algo que mal conseguia processar?— Ele me pediu em casamento — falei, quase sem acreditar que as palavras saíam da minha boca.A sobrancelha de Sinclair se ergueu, mas seu rosto permaneceu inexpressivo.— Hassan? — perguntou, como se precisasse confirmar.Assenti, segurando a respiração.— Sim, Hassan. E... eu não consigo entender o que isso significa para ele, ele não deixou totalmente claro. Sei o que significa para
Capítulo 42: Alinhando novos destinosHassanA noite estava perfeita. As estrelas cintilavam acima do meu castelo, me sentia triunfante, sabendo que Júlia estava agora sob meu teto. Havia algo inebriante em ter o controle total, não apenas das situações, mas das pessoas que nelas se envolvem. Olhei para ela do outro lado da mesa, sua beleza iluminada pela luz suave das velas. Aquele jantar era apenas o começo.Mateus estava sentado a alguns metros, tentando esconder o desconforto que crescia a cada minuto. Eu podia sentir o nervosismo dele, como um animal encurralado. Era quase patético vê-lo ali, tentando manter a compostura enquanto a tensão entre nós crescia. Ele sempre foi tão previsível.A ironia da situação não me escapava. Mateus, que havia se casado com Helena — a mulher que agora estava em outro continente, fugindo da confusão que ela mesma criou —, estava novamente preso em um ciclo de caos que eu cuidadosamente orquestrei. E o melhor de tudo? A mulher que ele amava, Júlia,
Capítulo 43: Uma nova moradora do casteloJúliaMateus nunca soube a hora de parar. Desde que cheguei a esta casa, suas perguntas não cessavam, não me dando espaço do que precisava para pensar. Ele me cercava nos corredores, na sala de estar, até mesmo no meu quarto, sempre com aquele tom insistente, como se ainda tivesse algum direito sobre a minha vida.— Júlia, o que você está fazendo aqui? — ele perguntou pela terceira vez em menos de uma hora, sua voz cheia de frustração mal contida.Respirei fundo, tentando manter a calma. Mas minha paciência estava se esgotando rapidamente. Chegando no meu limite.— Mateus, por favor, me deixe em paz — respondi, minha voz firme, embora sentisse o peso de cada palavra. — Não te devo explicações. Você não tem mais nada a ver com minhas decisões.Meu ex marido abriu a boca para responder, mas o som da voz de Hassan ecoando no corredor nos interrompeu. Ele estava parado à porta, observando-nos com aquele olhar que sempre me fazia sentir como se est