Eu estava mancando, MANCANDO! Quando sair de dentro da sala de reunião, no período da tarde de ontem. Minha real intenção quando voltei á empresa, era me desculpar com Cassandra e implorar para que ela não me demitisse após o barraco que a minha mãe fez. Porém apareceu Luigi e me fodeu. Literalmente.- Bom dia, Ita - saúdo Ítalo quando o vejo passando perto da minha mesa, ele olha para mim entortando a boca e passando direto.- Ele ficou mesmo chateado - digo, chamando a atenção de Melissa, que trabalhava em sua mesa do meu lado esquerdo. Por termos o mesmo cargo na empresa, teríamos que nos dar bem de um jeito ou de outro, praticamente ficaríamos juntas todos os dias em que trabalhar na Montero. Mas para minha sorte, a conversa que a ex-megera deve ter tido com sua puxa-saco fez efeito e Melissa estava sendo legal, da maneira dela.- Óbvio que Ita ficou chateado, você escondeu uma fofoca dele - girando a cadeira, Melissa vem até mim segurando minhas bochechas com as duas mãos - aceit
Espreitando, observei-os durante todo o dia na empresa. Ouvi as fofocas dos funcionários, mesmo que não estivesse escutando atrás da porta ou passando casualmente pelo corredor, elas sempre me encontravam e esgotavam minha paciência.Alguns funcionários diziam que Carolina tinha um ótimo gosto para italianos, ignorei a parte que nos compararam á sapatos. Outros diziam que Matteo era um homem incrível por não sentir ciúmes do ex da sua noiva e por tratar tão bem os filhos dela. Na minha opinião, Matteo está se esforçando demais para gostar dos meus filhos, para quem nunca tinha a palavra "família" no vocabulário pessoal e que até chegava a sentir crise alérgica caso fosse mencionado "relacionamento" junto ao seu nome na mesma frase, ele estava sendo um padrasto quase perfeito. Pura enganação.E quando achei que os burburinhos não poderiam piorar... eles me pintaram como um ex escroto que queria arruinar a vida da Carolina e roubar seus filhos, que tambem são meus. Se eles ao mínimo sou
Atravessando o restaurante, observo o grande movimento de pessoas assumindo suas mesas, a maioria casais. Todo o lugar possuía uma baixa iluminação, com pontos estratégicos de luzes e luminárias amarelas que deixavam um ar romântico e aconchegante.Gostaria de convidar Carolina para jantar comigo uma noite, porém tendo Matteo a tiracolo, seria difícil de concretizar-se.O bar se encontrava no final do restaurante, andando em sua direção, noto a bela vista para a piscina do hotel e parte da fachada. Matteo estava sentado sozinho com uma garrafa de Johnnie Walker em cima do balcão. Puxo uma banqueta e peço um copo ao barman, não refiro nenhuma palavra ao loiro meio bêbado do meu lado.Não tinha muito o que dizer, era questão de tempo para Matteo se dar por vencido e começar a enxergar a realidade posta diante dos seus olhos. Carolina me ama e mesmo que tente esquecer, mesmo que use Matteo para tapar minha ausência, não irá conseguir fingir por muito mais tempo. Durante essas semanas que
Meus ouvidos sangram quando a ouço gemendo seu nome, entro novamente para dentro do quarto, verificando os gêmeos que dormem profundamente antes de voltar para a sacada e ter a brilhante ideia de pular. Não sei o que me deu, talvez fosse o ciúmes assumindo meu corpo e pulando de uma sacada para outra. Agora eu entendia, a imprudência da Carolina ficar pulando por sacadas.Arriscar a própria vida para... não sei ao certo o que faria, se mataria Matteo, se arrastaria a Carolina para longe dele, se interromperia... céus! Nem ao menos conseguia olhar para dentro do quarto, me mantive paralisado olhando a área verde que rodeava o hotel e ouvindo os gemidos suplicantes dela. Merecia aquela tortura.Entretanto, subitamente me virei, o ciúme havia tomado todo meu corpo quando entrei sorrateiramente para dentro do quarto. O punho cerrado aliviou, a tensão nas minhas sobrancelhas franzida também tinham aliviado e me encontrei perdido diante da donna della mia vita deitada nua sobre a cama, sozi
Casar, nunca pensei por tanto tempo sobre isso, nunca imaginei que eu poderia um dia. Claro, toda garota tem fantasia sobre subir no altar vestida de branco com uma cauda enorme e um véu cobrindo o rosto. De ficar ansiosa com cada detalhe, de arrancar os cabelos com os preparativos, de perder o sono se perguntando se é a coisa certa a se fazer. Se a pessoa ao seu lado no altar é a correta, se vão viver uma vida feliz ou assinar um divórcio e brigar pela guarda do cachorro no final de tudo.Casamento em si, me deixava nervosa, era uma responsabilidade a mais e nunca pensei que planejaria um com o loiro do banheiro. Na verdade, era de fachada mas os preparativos eram reais e Matteo até usou o argumento "pense como se estivesse planejando casar com Luigi", para me acalmar. Eu tinha medo de que o plano do loiro do banheiro tivesse um efeito contrário e Luigi nunca viesse atrás de mim, que acumasse ainda mais rancor e que a mentira que éramos amantes apodrecesse seu coração.Medo que eu nu
- Isso é loucura - minha mãe diz, inconformada com tudo o que tinha digerido, ou que ainda tentava digerir. Acho que vivi minha vida toda para vê-la engolir de uma só vez uma dose de whisky no bar do restaurante. Tínhamos pegado o elevador e vindo para o térreo do hotel para ela respirar, porque segundo a mesma, lhe faltava ar e parafusos nas nossas cabeças. Não a julgo, também acharia isso se tivesse uma filha como eu... peço a Deus todas as noites que minha pequenina tenha puxado Luigi e não minha personalidade. Seria terrível criá-la.- Vai dar certo - Matteo afirma com uma segurança que me faltava.- Porque errado já está dando - resmungo porém eles me ignoram. Ainda bem, não estou tão confiante como o loiro do banheiro, na verdade, estou morrendo de medo de que não dê certo. - Prometo que tudo se resolverá, não precisa temer tia Maria - Matteo tenta confortá-la.- Não me chame de tia, não sou sua tia e não confio em você - quase me intalo com o ar quando minha mãe confronta ele
Eu estava frustrada, haviam se passado alguns dias sem nenhum sinal de Luigi. Matteo me explicou que meu italiano deveria contratar algum detetive para ficar de olho em nós para informar o que estava se passando, e claro, alguns homens para manter nossa segurança de longe. Ninguém sabia do paradeiro da última Ferraza viva e seria bem melhor prevenir do que remediar.Por mais que Luigi tivesse sido frio e cruel comigo quando me expulsou da casa da nonna, ele não conseguia sustentar aquela imagem que criou para me manter afastada. Porque ele era totalmente o contrário do que estava mostrando. Era uma das partes que mais amava nele, meu mafioso meia boca.Após um breve passeio pelo jardim do hotel, voltamos com os gêmeos para o quarto. Por serem pequenos dormiam muito, ou deveriam ter puxado o sono de mim, sou ótima de cama.O loiro do banheiro tinha me explicado para sairmos juntos, tanto com os gêmeos quanto sozinhos. Então durante dias após nosso check-in no hotel, encenamos o casal a
Dias atuais: Saio do carro apressada, ainda calçando um dos sapatos quando o salto fica preso numa brecha dos paralelepípedos, meu corpo desequilibra e cai para frente porém algo impede que meu lindo rostinho encoste o chão sujo do estacionamento. Algo com mãos firmes e muito familiares...- Ultimamente vem cometendo muitos escorregos, senhorita Medeiros - Luigi me provoca, se referindo a noite interior onde ele pulou da sacada para o meu quarto e...Sinceramente, nem sei como explicar o que aconteceu ontem.Matteo tinha dado continuidade ao nosso plano, encenando estar bêbado para Luigi o trazer até o "nosso" quarto e me ver vestida com aquela camisola, na verdade a parte da camisola foi eu quem adicionei ao plano. Porém acabei me sentindo solitária após o loiro do banheiro ir para seu quarto e um pouco brava por Luigi ter levado os gêmeos para dormir com ele. Eu sei que era justo, pelo tempo em que passou longe dos filhos mas depois de três taças de vinho não achava muito justo.E