_vamos_ tomo consciência de que Luigi está falando comigo para que possamos descer do carro, entrar no hotel e concluir o que começamos dentro daquele carro.
Antes que entremos, Luigi entrega a chave do carro para o funcionário que interrompeu a nossa pegação e o mesmo leva o carro para o estacionamento. Luigi segura a minha mão consciente que não consigo andar em linha reta por conta da quantidade de vinho que ingeri, mas o paro antes que ele dê mais um passo para dentro da recepção.
_o que foi?_ ele olha para mim, com um pouco de preocupação no seu olhar. Não quero me iludir mas acho que ele se importa um pouco comigo.
_espera_ solto a sua mão e posiciono em sua frente, os lábios dele também estão manchados de vermelho por causa do nosso beijo e do meu batom. Limpo com os dedões os seus lábios e a região ao redor, o batom parece se recusar a ser limpo e mancha ainda mais a região em seu queixo, deixando uma vermelhidão notável.&nb
Abro os meus olhos, minha visão embaçada e a boca seca anunciam que a ressaca estava se aproximando. O quarto está escuro e vazio, a não ser pela luz do banheiro que está acessa. O som do chuveiro e o aroma de sabão invadem o quarto.É o cheiro de Luigi.Rapidamente recobro as memórias, olho para baixo nervosa retirando o lençol que me cobre e buscando pelas minhas roupas, por sorte ainda estou vestida. Então significa que Luigi e eu...não aconteceu nada? Eu apaguei? Não me lembro de absolutamente nada após ele me jogar na cama. Será que ele me drogou? Será que ele...? Não! Absolutamente não, se ele tivesse feito isso eu saberia. Não é?Olho para a janela, ainda está de noite me pergunto que horas devem ser agora, e me estico para pegar meu celular no criado-mudo. São onze e quarenta da noite.Me levanto da cama, e ando cuidadosamente para não fazer barulho, vou até o banheiro e agradeço pela porta está entreaberta. Ser
Após alguns minutos forçando, a gravata finalmente afrouxa o nó e consigo me desvencilhar. Luigi amarrou forte mas não ao ponto de deixar marcas nos meus pulso.Ando de um lado para o outro, pensando no que vou fazer, provavelmente quando o sol nascer vou ter que resolver a minha situação com Melissa, vamos ter que voltar para o Brasil. A cerimônia foi cancelada e não obtive nenhuma informação sobre a renovação da data ou se eles não decidiram se casar. Então, Cassandra deveria nos mandar de volta ainda hoje.E pensar que não fiz nada além de ficar trancanda dentro de um quarto de hotel e correr atrás de italiano gato que nem ao menos ficou comigo. E ainda por cima me rejeitou.Não, ele não me rejeitou, ele apenas se vingou por eu ter apagado quando ele estava chegando no clímax da pegação. Se ele tivesse me rejeitado, então por que ele teria avisado que estava no quarto ao lado? O que ele pretendia fazer, ou melhor, o que ele pensa
Luigi muda a posição, me deixando com o rosto virado para o colchão, ele segura minha cintura enquanto me preenchia por dentro, colocando tudo mais e mais forte, sentia-o me rasgar por dentro cumprindo a promessa de me deixar do tamanho dele._mais devagar! Ah!_ele ignora meu pedido e seu quadril bate com mais força na minha bunda causando altos estalos, que com certeza os hóspedes dos outros quartos reclamariam.Eu amo a sua brutalidade.Me agarro com força aos lençóis da cama e mordo um travesseiro na fracassada tentativa de abafar os gemidos._isso, minha cadelinha_ ele diz entre dentes, seu quadril bate mais forte, seu membro pulsando dentro de mim, latejando em minhas paredes.É a quarta vez que estamos transando, não tenho mais força nas minhas pernas, diferente de Luigi que parece está com todo o vigor.Seu corpo desce colando ao meu e estocando mais fundo. O meio entre minhas pernas
_mamãe? Mamãe acorda!_uma voz doce me chama, meu coração aquece quando sinto suas maõszinhas segurando meu rosto.Finjo estar dormindo para ver a sua reação, ele continua balançando as pequenas mãos nas minhas bochechas na tentativa de me acordar._mamãe, o João tocou fogo na cozinha_ abro os meus olhos e me levanto em um pulo, indo na direção da cozinha. Meus olhos se arregalam quando vejo fogo dentro de uma panela em cima do fogão. O que está acontecendo aqui?_mamãe, eu engravidei uma colega da minha sala_ Louis entra na cozinha segurando a mochila em uma das mãos e dizendo com naturalidade. Ele não tem nem mais de quinze anos!O que se passa na sua cabeça?Um filho?Um filho!Me desespero, giro minha cabeça em torno da cozinha tentando resolver um problema por vez, porém não consigo. Algo alcança as minhas pernas. Uma garotinha chorosa se agarrava em volta de mim, seus cabelos escur
Após me deixar na frente do hotel em que estava hospedada agora, meu italiano gato vai embora pois tinha recebido uma ligação do trabalho.Até agora não sei como o que ele trabalha, porém não perguntei, vai que ele pensa que sou intrometida demais.Apesar, de que não sei nada sobre ele e depois daquele sonho não quero nem saber.Me lembro do clima tenso e quieto que ficou dentro do carro, não ousei dizer sequer uma palavra. Me pergunto o que tinha ouvido durante a ligação para deixá-lo tão perturbado.Na recepção do hotel encontro com Melissa, não ouso nem subir para o meu quarto, seria tortura demais. E também não tinha nada meu lá.Sigo a puxa-saco de Cassandra até o carro, o caminho todo até o aeroporto continuo imersa em pensamentos no meu italiano.Foi bom enquanto durou, não adianta ficar triste, Carolina. Com certeza ele nem vai sentir tanta falta assim de você, ele deverá arrumar
_o que você..._ não consigo terminar a pergunta, minha voz se cala, a única coisa que sobra é o nó preso na minha garganta.Começo a soluçar e o nó se desfaz em lágrimas. Fecho meus olhos tentando fazer pará-las porém é inútil.Me forço a levantar meu corpo e arrastar a minha mala para longe daquilo tudo. Não quero ouvir se ele for me ofender, não quero ouvir nada e nem ninguém.Quero chorar e chorar. E vê-lo na minha frente está piorando tudo, seria mais fácil se ele não tivesse vindo aqui.Como ele soube onde eu estava?Eu quero ir de encontro aos seus braços, me lançar neles e deixar ser confortada, mas também não quero me iludir com uma coisa que nunca daria certo. E só me machucaria ainda mais.Quero que ele me diga como me achou aqui, como sabia e se já sabia que eu iria embora.Ele estaria triste? Com raiva? Magoado talvez? Não quero saber, não posso continuar fantasiando c
_porra, tudo bem_ ele diz derrotado, as buzinas estão ficando cada vez mais altas e a fila lá trás está crescendo aos poucos.Saio do seu colo e me sento no assento ao lado, coloco o sinto e me organizo para ninguém perceber o que tinha acontecido há alguns segundos.Luigi não me imita, ele apenas espera que eu termine para abaixar o vidro e falar com o homem zangado.O olhar do homem vai de Luigi para mim e volta para Luigi, olhando que a camisa dele estava toda desabotoada.Coro apenas de pensar o que o homem estava pensando da gente, parecíamos dois adolescentes de pegação dentro do carro do pai dele. É a mesma sensação._vão para um motel! Ninguém é obrigado a esperar os dois arrombados foderem..._Luigi sobe o vidro da janela deixando o homem falar sozinho e vejo ele ficar vermelho quase como se fosse explodir.A sua voz fica abafada quando a janela se fecha completamente, meu italia
_antes disso, eu queria te dizer a verdade..._tampo a sua boca com as minhas mãos, ainda estou traumatizada com aquele sonho, digo, pesadelo._não quero ouvir_ ele me olha confuso e eu acrescento_ não mais.Antes eu faria questão de saber de tudo sobre ele, sobre sua vida, o seu trabalho, amigos e etc. Porém agora, para mim isso não é mais importante.Nunca tinha sentido uma conexão assim com alguém, e não queria complicar ou estragar isso com a verdade.Se tudo isso que estamos vivendo é mentira, então deixe-me enrolar, sonhar e me iludir nessa mentira.Não quero que a realidade me puxe de volta, estou nos braços do meu italiano gato e me sinto muito bem aqui.É muito seguro aqui, longe da megera da Cassandra e dos problemas cotidianos da minha vida.Me sinto em um sonho e Luigi estava querendo me acordar.Ele remove as minhas mãos e continua, desejo