Abro os olhos e a primeira coisa que vejo é Luigi, deitado nas minhas pernas, as patinhas se esticam quando ele acorda da soneca e se espreguiça. Com o rabinho abanando, ele vem até mim quando eu me sento na cama. As suas tentativas de emitir um latido são tão fofas que quase me fazem esquecer do que aconteceu ontem.
Quase me faz esquecer da frieza do Luigi original quando retornamos para a mansão após o término do jantar de negócios, ele tinha assumido aquela frieza depois que atendi uma ligação do Marco. Ainda bem que quando meu ex disse que planejava fugir comigo para longe, ele me deu um prazo para pensar, o prazo era o tempo necessário para ele deixar tudo preparado na empresa dos pais.
Marco estava mesmo considerando fugir comigo para longe e deixar o seu trabalho de anos para trás, ele desistiria de todo o seu esforço por mim. Era como se
Assim que Giulia vai embora a campainha toca, olho para o lado não vendo nem a Holga e nem o Matteo, que sempre estava por perto quando precisamos. - Será que a Giulia esqueceu alguma coisa? - pergunto ao italiano que agora tinha deixado sua xícara de café de lado e havia se levantando para ir até a sala para atender a porta.- Não, deve ser outra coisa - ele diz num tom misterioso, sorrindo de canto e logo em seguida me perguntando - você não vem?Olho desconfiada para ele até a curiosidade falar mais alto e me fazer levantar da mesa para ir atrás de Luigi na sala de estar. Ele caminhava calmamente e aquilo estava me deixando um pouco nervosa.O que ele estava pretendendo? Qual era o seu plano? Será que ele descobriu o plano de Marco?!Minha mente se inunda com vários pensamentos sobre Luigi descobrindo o plano do meu ex-namorado e planejando uma vingança fria e perversa como nas fanfics de mafiosos que leio na Internet.Pai do céu! Sou ainda tão nova pra morrer e ter o corpo jogado
"Não se deixe enganar na lábia dele, Carolina!" Eu dizia internamente para mim mesma, estando ciente de que quando sua mão tocasse o meu rosto, não conseguiria resistir ao seu toque, quando seu rosto se inclinasse na direção do meu, eu esqueceria de todo o motivo de eu ter o puxado para esse cômodo e quando seus lábios tocarem os meus, as muralhas que levantei cairiam por terra e eu fracassaria maus uma vez.- Não mude o foco da conversa! - digo reunindo toda minha força e dando um tapa na sua mão, me afasto mantendo uma distância segura entre nossos corpos.- Não estou mudando, você que não aceita o fato de não conseguir se segurar quando está perto de mim e o fato de ainda me amar apesar de tudo! - ele se aproxima e eu dou mais passos para trás.- Isso não vem ao caso! Estou falando do seu p
- E aqui é a área de lazer - digo mostrando o último lugar da mansão para a minha mãe e para o seu encostado, digo, namorado.- Nossa, é muito grande essa casa, imagina só fazer um churrasco numa casa desse tamanho? - Roberto diz enquanto olha maravilhado tudo ao redor - fico pensando, se eu bebesse, com certeza levariam semanas para me encontrarem dentro dessa casa.- Sim, querido, a mansão é enorme e muito bonita, com certeza levariam horas para te encontrar, talvez eu até chamasse os bombeiros - os dois riem se entreolhando enquanto eu sorria falsamente como se tudo estivesse indo muito bem.Como se eu não estivesse correndo perigo de vida, como se a minha relação com Luigi não estivesse uma verdadeira catástrofe, como se a minha amizade com a Mari não tivesse ido pro ralo e como se eu não estivesse odiando a
- Você queria falar comigo sobre a exposição, não foi? - digo enquanto caminho pelo corredor da mansão, em que estavam penduradas nas paredes as fotografias que Giulia tinha fotografado.Lembro que quando Luigi disse que eram delas, achei super fofo que ele tivesse separado um lugar da casa para prestigiar a irmã, porém depois de saber que ela nunca havia exposto nenhum dos projetos, percebi que ele deveria ter feito isso para encorajar a irmã em seguir em frente com seu trabalho.- Na verdade, o assunto é mais delicado - Giulia para de andar e começa a prestar atenção no corredor, se certificando de ninguém esteja ouvindo nossa conversa - vou te contar uma coisa mas você precisa guardar segredo, ninguém, nem a sua mãe e nem o meu irmão devem saber sobre isso - começo a ficar preocupada, será que ela falaria algo importa
- Tudo ótimo, só a Carolina que estava brigando comigo pela surpresa que fizemos - Luigi tenta contornar a situação e vejo nos olhos de Carolina que ela estaria planejando alguma vingança breve quando a sua mãe defende ele.- Luigi posso falar com você? É sobre trabalho - sou direto e entro dentro do escritório, mesmo não querendo estar no mesmo ambiente em que eles fizeram sabe-lá-o-que, eu precisava falar á sós com Luigi sobre o tal "amigo" da Carolina.Ela planejaria me matar mesmo, então mais uma coisa para adicionar a lista não faria diferença.- Trabalho, é? - Luigi se vira para mim depois que se livrou das duas e fechou a porta para nos dar privacidade - você sabe bem que não gosto de tratar de negócio da máfia na minha casa, para isso temos o Hotel. Acho bom ser algo muito urgen
Minutos depois que uma conversa saudável foi estabelecida durante o almoço, Luigi reaparece, saindo do cômodo com Matteo logo atrás. Ele arruma uma desculpa fuleira de que precisa sair para resolver um problema no hotel, mas eu sei que ele deve sair para se encontrar com a sua amante.Mas isso não importa pra você Carolina, foque em apenas no seu planejamento em fugir com Marco para bem longe.Depois dessa canalhice de Luigi, tomei a decisão de aceitar a proposta de Marco e ir embora com ele. Luigi já tratou de me mostrar que nunca vai mudar, sempre vai continuar mentindo pra mim, armando pelas minhas costas e agindo como se estivesse certo em fazer esse tipo de coisa. E não quero criar o meu bebê num tipo de ambiente em que não existe confiança.- Você não vai acompanhar seu noivo até a porta? - Luigi para na entrada da sala de
Me sento na poltrona da sala pequena e ligo a TV para ver as notícias da manhã, com a xícara de café quente na mão direita e o controle remoto na mão esquerda, deixo que meus pensamentos vaguem em Carolina. Será que aquela doida está se cuidando?Voltando a minha rotina diária, visto uma roupa formal e fresca para trabalhar, afinal de contas estamos no inverno porém ainda faz calor no Brasil.Como se o passar das estações também afetasse o clima.- Bom dia, Mari - uma funcionária que trabalha comigo na mesma equipe, me sauda ao passar por mim pelo longo corredor que levava até a minha nova sala onde trabalho. As coisas parecem ter mudado muito de um mês para cá, a megera da Cassandra parece ter ficado ausente da empresa mesmo vindo todos os dias para a Montero. Uma parte boa é que ela não tem pegado tanto n
Indo até a localização da pessoa, que segundo Rex, havia ouvido mencionar o nome do Marco Almeida, sigo pela avenida e entro dentro de um pequeno cortiço de casas velhas e até abandonadas. Andando e entrando cada vez mais afundo naquele lugar, chego até uma casa no final com porta azul. Assim como o Rex disse que encontraria.Me apresso em ficar na frente da porta e bater, eram oito horas da manhã então eu não incomodaria ninguém.- Quem é? - uma voz feminina e bastante anasalada grita de dentro da casa e bato mais uma vez - mas que merda! Quem é que está batendo na minha porta uma hora dessas, caramba?! Já vai! Juro que se for você moleque, vou tacar um tijolo na sua cabeça e olha que nem vai adiantar correr, tem um monte de tijolos soltos nessa droga dessa parede então não vai dar problema nenhum eu pegar alguns e jogar em v