Nara olhou novamente para o marido e, pela primeira vez em muito tempo, viu o homem que tanto amava e que sempre esteve ao seu lado. Naquele momento, ela tomou uma decisão: deixaria de lado a amargura e abriria seu coração para o perdão e o amor.—Serafim, sinto muito por toda a dor que lhe causei. Eu o amo e quero que construamos uma vida juntos, cheia de amor e felicidade— disse Nara, aproximando-se do marido e segurando as mãos dele com as suas.As lágrimas rolaram pelo rosto de Serafim, mas dessa vez eram lágrimas de alívio e esperança. Finalmente, o muro que havia separado o casal estava começando a ruir e, em seu lugar, renascia a promessa de um novo começo.—Fico feliz em ver que a senhora finalmente entendeu que seu marido não teve culpa de nada, Sra. Nara. —O Arconte Maior interveio. —Então, sugiro que comece limpando sua aura, tire todo o ressentimento que guarda em seu coração e deixe que Serafim a marque como você deve ser.—O que você quer dizer com isso? —ela pergunta su
De repente, a energia mágica se concentrou em um poderoso feixe dourado que disparou em direção a Nara com uma força sobrenatural. A mulher gritou quando o choque a atravessou e seu corpo se contorceu no chão sob o impacto da transformação. Era como se ela estivesse sendo purificada e reconstruída em um nível mais profundo. Serafim, com o coração cheio de preocupação, correu até ela com sua filha Gil. Quando a pegaram nos braços, sentiram que algo extraordinário estava acontecendo. Quando a viraram, viram com espanto que a aparência de Nara havia mudado completamente.Seu cabelo, antes escuro como a noite, agora estava branco como a neve recém-caída, brilhando com uma luminosidade celestial. Seus olhos, que antes mostravam traços de tristeza e amargura, agora eram de um branco intenso, irradiando uma pureza e sabedoria que eles não tinham visto nela antes.—O que você fez com a mamãe?— perguntou Gil, assustada.Nara parecia estar iluminada por dentro, como se carregasse a própria es
Os arcontes de Serafim e Nara se curvam reverentemente diante do Arconte Maior de Aren, cuja presença irradia um poder antigo e misterioso. Com um gesto majestoso, o Arconte Maior inclina a cabeça, aceitando o respeito de seus súditos. Em seguida, em um surpreendente ato de magia, ele estende as mãos e libera um brilho reluzente que se transforma em um feixe cintilante de luz azul. O raio atinge Enril, envolvendo-o em uma espiral de energia brilhante. O jovem Arconte se eleva no ar, com suas vestes brilhando nos mais vívidos tons de azul-celeste, enquanto o poder do despertar o transforma em sua forma mais gloriosa. Enril é agora o belo Arconte azul, cujas asas parecem ser feitas de safiras e cujos olhos brilham com a sabedoria dos tempos antigos. O Arconte azul, recém-despertado, volta seu olhar para o Arconte Maior. Ele se junta a Serafim e Nara, que estão humildemente curvados diante de sua presença imponente. A energia mágica que os envolve se entrelaça em um balé hipnotizante
De repente, algo extraordinário acontece. Os olhos de Gil, juntamente com seu cabelo, mudam de cor para um deslumbrante tom de branco. A surpresa passa pelo rosto do Arconte quando ele se afasta para olhá-la com admiração. É então que ele percebe que não está diante de Gil, mas na presença de Lua, a filha da lua, que sorri calorosamente para ele.—Olá, meu Alfa. Obrigada por me tirar daqui— diz Lua, irradiando uma luz celestial.—Bem-vinda, Lua. Você é realmente linda— responde Aren, com sinceridade e admiração.Lúa olha para Aren com tristeza e saudade em seus olhos ao se lembrar da festa Luar em que ele a rejeitou. Aren, com sinceridade em sua voz, busca suas memórias e entende a importância desse momento no passado.—Sim, não negue. Procure em suas memórias. Estávamos na festa Luar, você foi com seus pais. Antes de eles serem banidos. Você me recusou todas as vezes que pedi para ser meu. Eu tinha o direito de escolher um Arconte e escolhi você— confessa Lúa gentilmente.—Eu, minha
Todos os presentes estavam esperando ansiosamente ao redor do Arconte Maior, Aren, que estava imóvel com os olhos fechados. O medo e a ignorância do que estava acontecendo os encheram de pavor, e seus corações estavam acelerados. Serafim colocou uma mão trêmula na testa de Aren e, em um instante, algo estranho começou a acontecer. Aren se transformou em seu lobo, Oto, mas algo não estava certo. Uma luz vermelha brilhante o envolveu, e seus olhos agora também tinham esse tom de carmesim. Ele os encarou, mas não pareceu reconhecê-los e rosnou ameaçadoramente para eles, todos transformados em lobos por inércia. A atmosfera estava cheia de tensão e angústia, enquanto os presentes se afastavam cautelosamente do olhar ameaçador do lobo Oto. Gil, paralisada de medo, observou horrorizada enquanto Oto se voltava para ela, lançando um poderoso raio de energia vermelha em sua direção. O impacto a fez cair no chão, e um grito agudo escapou de seus lábios. Seus olhos se abriram e dois feixes in
2 Serafim acena com a cabeça, entendendo a urgência da situação. Arce cresce quase do tamanho de seu Arconte e pula em cima de Oto, que fez o mesmo, e eles se envolvem em uma batalha massiva, sua fúria misturada com a tristeza de enfrentar seu próprio Alfa nessa forma descontrolada. Serafim concentrou seu poder e, com um salto poderoso, atacou Oto. Com uma mistura de amor fraternal e determinação, ele conseguiu segurá-lo com firmeza, lutando para contê-lo e interromper o fluxo de energia negra que emanava dele.—Oto, meu Alfa, acalme-se— murmurou Serafim, agarrando-se à esperança de que sua voz penetrasse na mente de seu alfa. —Não deixe que a escuridão o consuma. Lembre-se de quem você é e de quem você ama. As palavras de Serafim pareceram chegar a Oto em meio à tempestade emocional que o assolava. Por um instante, seus olhos se encontraram, e Serafim sentiu uma conexão entre suas almas. Enquanto Gael e Gesa contêm Lúa, que quer ir ajudar Oto. Nara se transforma em um Archon lumi
A confusão e o espanto estavam refletidos nos rostos dos Arcontes quando eles recuperaram a consciência e olharam ao redor, tentando compreender o que havia acontecido. Aren, o Arconte Maior, pegou a mão de Gil, que também havia recuperado sua forma de Arconte Maior. Ambos se olharam com incerteza, tentando se lembrar do que havia acontecido.—O que aconteceu? — pergunta o Arconte Maior de Aren, com o Arconte Maior de Gil pela mão.—Não aqui, rapazes— diz o Arconte do Serafim, para quem todos olham com espanto, pois ele deixou crescer uma grande barba branca e seu cabelo também ficou branco e está preso em um rabo de cavalo, —precisamos voltar. Fechem os olhos e tornem-se humanos. Eu o levarei. Essa é a única maneira de evitar que o rastro de energia que Lua, a filha da lua ligada aos Desuellamentes, possui, nos siga. E se ele não nos encontrar, vamos rápido, ele está vindo. Seguindo as instruções de Serafim, todos fecharam os olhos e recuperaram a forma humana. Serafim os envolveu e
Os Antigos se entreolham, mas não recuam. Serafim, que permanece invisível, se aproxima para ouvir o que eles estão falando.—Você acha que o Alfa o matou? —pergunta o Antigo Luján. —Parece muito estranho para ele que seu Alfa fosse caçar em um clima tão ruim, e justamente com o marido da loba de quem ele gosta. Poderia ser uma armadilha para eliminá-lo e ficar com ela para si?—Não, ele congelou, eu pude sentir— responde o velho Honoré, fazendo uma careta. —Ele não estava machucado, deve ter sido o feitiço que lancei para parar o batimento cardíaco dele. Achei que ele estaria aqui, mas deve ter sido pego no meio da floresta e o Alfa não pôde fazer nada.Os Antigos continuaram sua conversa enquanto Serafim ouvia São invisíveis e estão atentos um ao outro sem perderem nada do que estão a dizer um ao outro.—É por isso que os olhos de Oto estavam vermelhos? Você ativou mais a maldição? Não será perigoso assim? Você viu como ele rosnou para nós, achei que ele iria nos atacar— questionou