A tristeza dos Arcontes é uma força sombria e sinistra, uma entidade que se alimenta da luz e da alegria deles. Quando um Arconte cai na tristeza, sua luminosidade começa a se esvair. Sua radiância, antes tão brilhante quanto as estrelas mais brilhantes, começa a se reduzir a um brilho pálido. Sua energia vital se esgota e sua vontade de viver começa a se esvair.
A tristeza dos arcontes não é como a tristeza humana. Não é uma emoção que pode ser superada com o tempo ou com o conforto dos amigos. É uma doença, uma praga que consome seu ser até que não reste nada além de uma lembrança do que eles foram.
Quando um Arconte está triste, o universo inteiro sente isso. As estrelas brilham com menos intensidade, as galáxias giram um pouco mais devagar e as criaturas que dependem de s
A cena que se seguiu foi um espetáculo de luz e amor como nenhum outro. Oto, o lobisomem, deu um passo decisivo em direção ao Arconte Maior, que enfraquecia rapidamente. Suas palavras soaram com uma sinceridade e uma devoção tão profundas que todos os presentes ficaram boquiabertos.—Meu Arconte, meu Arconte— disse Oto, com os olhos cheios de determinação, —entre em mim, meu Arconte, eu o aceito por toda a eternidade. Você é parte da minha alma, não importa o que aconteça. Eu o amo pelo que você é, minha alma divina.—Tem certeza, Oto? Depois disso, não serei capaz de me separar de sua essência vital, nem você da minha.—Muito certo, eu não poderia viver sabendo que, por causa do meu egoísmo, você deixou de existir. Viveremos como temos vivid
O ar se aperta ao redor deles, uma corrente elétrica de domínio e desafio pulsando no ar, deixando os lobos ao redor deles nervosos. A lua, quase cheia, parece emprestar sua luz à cena, dando aos lobisomens uma aura quase mística.Oto, com seu pelo preto e olhos vermelhos penetrantes, está de pé, com uma postura rígida e alerta. O Arconte Maior também adota a forma de um lobo, com seu pelo e olhos dourados, e também fica de pé, com os músculos tensos sob o pelo. Aren, um lobisomem com pelo preto e olhos verdes, olha para os dois com um sorriso de diversão no rosto.—Vocês não tocarão em nossas metades! —Aren e Oto repetem, suas vozes ecoando no silêncio da noite.O Arconte Maior ri, uma risada profunda que ecoa pela floresta. Orgulha-se de ver como defendem as suas m
A Deusa da Lua irradia uma fúria estonteante. Seu belo rosto, normalmente sereno e calmo, agora está enrugado de raiva. Seus olhos, duas esferas de luz prateada, brilham com uma intensidade que faz com que o palácio inteiro brilhe com uma luz fria e dura.—Não, mãe, o lobisomem Gil tinha seu próprio Arconte— diz ela, ainda se juntando a Jan.—Impossível! —exclama a Deusa da Lua, irritada. —Eu não permiti que os Arcontes se reproduzissem dentro dos meus filhos na Terra, você deve estar errado.—Ela já estava dentro do Arconte Enver quando foi punida— explica o Arconte Ailit, —e quando você permitiu que a mulher-lobo ficasse grávida de sua filha, ela desenvolveu a gravidez. Enver deu à luz sua filha, Arconte Maior, assim como o alfa Zoran.O pal&aacu
O Aren humano também pergunta a ela com um pouco de nervosismo. Embora o Arconte Maior tenha lhe transmitido toda a sabedoria de como fazer sua companheira se apaixonar, ele está muito ansioso. Sem que Gil perceba, ele se conecta com ela e vasculha suas memórias da mesma forma que os humanos fazem. Ele agora agradece ao seu Arconte por ter lhe dado o poder de fazer isso.—Como lobos?— pergunta a humana Gil, que agora, sem o Arconte, sente-se assustada e fraca.—Sim, nós nunca fizemos isso. Você vai gostar e nós podemos ouvir tudo o que Lúa e Oto falam e ver o que eles fazem.—Sério? Posso fazer isso? Você tem que me ensinar tudo Aren, eu não sei nada.—Lembra-se de quando Lua ouvia tudo o que você fazia como humano e você a ouvia em sua cabeça? É is
Na sala do trono, Jan seguiu todas as instruções de seu pai e finalmente conseguiu libertar sua bela metade da alma de seu próprio corpo, permitindo que ambos retomassem suas formas humanas.—Olá, Lua, como está se sentindo? —Jan pergunta nervoso, porque Lua está realmente linda agora. Ela não se parece mais com a garota caprichosa que costumava ser, ela amadureceu e sua figura voluptuosa faz com que Jan não consiga tirar os olhos dela, sorrindo como um adolescente apaixonado.—Meu nome verdadeiro é Luana. Graças a você, eu me sinto bem, muito bem, Jan. Eu queria me desculpar— ela responde, corando com o olhar intenso de Jan e porque ela também o acha incrivelmente atraente. —Por favor, aceite minhas desculpas— conclui ela, abaixando a cabeça pa
A quinta filha da lua olhou para Jan e sorriu com condescendência ao perceber que ele realmente não tinha ideia de como eram os deuses.—Acho que o Arconte Sênior está muito ocupado com Gil no momento. Ouça-me e peça ao seu pai para nos teletransportar. Se fizermos isso sozinhos, minha mãe pode nos pegar— explicou Luana com urgência.Antes que pudessem fazer qualquer coisa, uma luz prateada iluminou a sala do trono e uma voz poderosa ressoou pelo ar.—Então aqui estão eles! — rugiu a voz.—Pai! —chamou Jan e, em um instante, uma nuvem os envolveu, desaparecendo com eles.—Droga! —gritou a Deusa da Lua, com a voz cheia de fúria e frustração por eles tere
O Arconte Divino Maior, Zoran, franziu o sobrolho perante a acusação. Tinha ido lá para apoiar o filho da irmã e para resolver outras coisas, pelo que esta acusação o apanhou de surpresa.—O que isso tem a ver comigo?—exclamou, com a sua raiva mal contida— O Arconte Maior é metade da alma divina da minha filha! Eu não tenho poder para influenciar isso. Por que todos apontam o dedo para mim? Existe uma conspiração contra mim da qual eu não tenho conhecimento?—Silêncio! —Há vários assuntos que precisamos esclarecer. Desde quando a Anuxis se casou e teve um filho? Anuxis, explique-se.—Sim, Excelência— respondeu Anuxis, preparando-se para contar sua história.O Deus Anuxis, avançou e se curvou respeitosamente diante do Conselho.
A Deusa Lua pareceu surpresa com a pergunta. Seus olhos se arregalaram e ela piscou algumas vezes, como se estivesse tentando processar a acusação. Os arcontes nunca haviam sido um tópico de discussão no Conselho, muito menos um interrogatório.—O quê? Eu não ataco o Zoran! — ele finalmente respondeu, com a voz cheia de descrença e uma pitada de medo. O Antigo Major, no entanto, não se deixou enganar por sua aparente inocência.O Maior Ancião franziu a testa, sua expressão endurecendo ainda mais, se é que isso era possível. Seus olhos brilharam com uma luz intensa, revelando seu descontentamento com a resposta da Deusa da Lua.—Deusa Lua, mal começamos e já detecto uma falsidade em sua resposta— disse ele em voz grave, cada palavra ecoando no silêncio da sala. &mdash