Cap 3

Continuação.

Aquela realidade me assombrava , não posso estar grávida, como vou fugir agora? como vou seguir minha liberdade não posso colocar a vida desse bebê em risco não mesmo! estava no quarto quando Matteo mandou com que eu me arrumasse para o jantar de Ângela, coloquei o melhor vestido que ele tinha me dado, arrumei meu cabelo e escondi a marcas no meu rosto, estavam todos reunidos lá embaixo eu estava atrasada então desci, quando estava a descer pelas escadas todo mundo me olhou quando elevo o olhar vejo aquele homem me olhando, pela primeira vez sentir meu coração acelerar, mas espera! esse é o mesmo que eu encontrei no toalete, disfarço matteo levantou e puxou a cadeira para mim e eu me sentei.

- Nossa quanta falta de responsabilidade Alessandra, todos aqui esperando inclusive meu convidado e você demora desse jeito- Angela fala.

- Desculpa! é que eu estava meio tonta então esperei passar- digo com vergonha aquele cara não parava de me olhar.

- Bom! Seja bem-vindo Oto Capone- Matteo disse- Espero que sinta-se em casa.

- Agradeço Matteo!- ele disse.

- Como tradição as mulheres da casa servirão a mesa- Matteo disse apertando minha coxa, e eu levantei peguei as bandejas e comecei a servir a todos junto com Ângela que parecia animada.

- Bom espero que saiba o motivo de estar aqui?- matteo perguntou.

- Tratar de negócios- ele disse e Ângela desfez o sorriso.

- Negócios e casamento- Matteo disse e eu abaixei a cabeça estava ruim.

- Vejo que tem belas irmãs- ele disse e Matteo pareceu enfurecido vendo ele olhar para mim.

- Só tem uma irmã aqui! e ela é Ângela, está é minha esposa Alessandra, o convidei por que minha irmã precisa de um marido, então achei que você seria o ideal para ela- sentir um tom bem elevado de Matteo.

- Achou errado Matteo! ainda não pretendo me casar antes que assuma os negócios da minha família se é que você entende- ele disse e Matteo confirmou Ângela ficou com raiva e saiu da mesa, Matteo respirou fundo e saiu atrás dela, eu fiquei na mesa junto com ele e a mãe de Matteo.

- Como estão as senhoritas- ele pergunta, e somente a mãe de Matteo respondeu eu não estava autorizada a falar com nenhum homem.

- Estamos bem!obrigada- ela disse e ele ficou me olhando, era a hora de tirar a mesa para colocar as coisas do chá então me levantei e comecei a retirar tudo da mesa, era tradição quando chegasse um convidado as moças da família colocar a mesa e retirar depois, começo a retirar tudo devagar até sentir uma tontura e deixar cair um prato desesperada começo a pegar caco por caco e acabo cortando o dedo, até a mão dele tocar na minha e logo nossos olhares se encontram, eu não tinha visto que Matteo estava olhando, fiquei desesperada tirando a mão dele da minha e colocando tudo na bandeja e saindo, coloco tudo na cozinha, ele viu e agora? me desesperei e então voltei para lá e já reparei o olhar furioso de Matteo.

- Por favor me dê licença!- digo me levantando rápido entro para o quarto mais logo ele barra com o braço impedindo de eu fechar.

- Tá nervosa?- ele pergunta fechando a porta.

- Eu não fiz nada Matteo- eu disse já chorando.

- Eu vi a forma que você olhou para ele! e vi onde ele te tocou- ele disse e eu recuei sentando na cama, ele veio pegou na minha mão a mesma que ele tocou.

- Nenhum homem pode te tocar!- ele disse me fazendo levantar da cama, pegou nos meus dedos colocou a mão na minha boca e ele entortou meu dedo, ele quebrou meu dedo eu sentia dor abafada pela mãos dele na minha boca enquanto o mesmo estava com o rosto colado no meu, foi quando ele me jogou no chão e saiu trancando a porta, comecei a chorar baixinho mas aquela dor era insuportável, levanto e vou até o toalete coloco um pano na minha boca e desentorto meu dedo, não sei descrever o tamanho da dor que sentir, me deitei na cama aos prantos me lembrando da terrível dor que eu estava sentindo, quando pego no sono, porém acordo com uma dor na barriga, levanto e vejo que o lençol estava sujo de sangue , estava sentindo muita dor mas minha voz não saía me joguei no chão sentindo que uma parte de mim estava indo embora eu não tive o direito de ama-lo como a mim mesmo, eu tentei chamar mas ninguém me escutou, fiquei ali no chão querendo morrer quando ele entra dentro do quarto eu desmaiei, acordei com ele do meu lado.

- Você não conseguiu gerar meu filho! é uma inútil- ele disse chorando e eu chorava mais ainda a culpa é toda dele, eu nunca fui tão humilhada na minha vida por algo que eu não fiz, foram dias de sofrimento, fui entregue ao um cara abusivo e possessivo todos os dias ele me culpava por ter perdido nosso filho, fui proibida de sair do quarto eu emagreci mais que o normal eu me olhava no espelho e via o desastre que ele estava me fazendo.

" Se está aí me ouve, me escuta pai me tira daqui eu não aguento mais é muito para mim, não sei o porque de tanto sofrimento me dar uma solução alguém que me salve dessa vida cruel, eu sonho com minha liberdade me sinto como um pássaro na gaiola, a cada estação deixa de cantar mais, eu queria ser livre e voar para bem longe eu queria"

Estava rezando talvez ele me escute e me tire daqui as vezes eu penso e os meus pais? será se não sentem nada por ter me entregue a esse homem, eu olhava pela janela e via o quanto lá fora era lindo, do nada me lembro daquele homem a forma que ele se preocupou quando o prato caiu no chãow cortou meu dedo, olho para meu dedo o mesmo em ele tocou.

Eu quero poder correr a cada campo, eu quero poder dançar como eu nunca dancei antes, eu quero viajar ao mundo, mas logo vejo que meu sonho foi roubado por ele destruiu tudo, estava sonhando acordada! sonhando com o amanhã que eu mesmo não sei se vou estar...

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