Capítulo 4.2

— Ela faleceu a oito anos, um câncer no colo do útero a matou. Não foi fácil tudo o que passamos.

— Eu imagino —falo, soltando uma respiração audível — confesso que tinha esperança de vê-la. Nós passamos por tanta coisa juntos ou melhor dizendo, separados. Eu não entendo porque nunca me procurou. Todos esses anos eu nunca soube de você.

— Eu só descobri a sua existência no dia de sua morte. Depois eu passei por tantas coisas que... — Ana sorri sem vontade. Linda! Minha filha é linda! Queria ter assistido a sua infância, ter escutado as suas primeiras palavras. Deus, eu perdi tudo. Não me restou nada! — A pouco tempo pensei nela de uma forma mais intensa e me lembrei das suas palavras no leito de morte. Não deu tempo ela me falar muita coisa então... — Minha bebê seca as lágrimas que escapam dos seus olhos. —Contei para o meu marido o que ela me disse. Luís resolveu investigar por conta própria e meu Deus..! —Ela sussurra as últimas palavras. —Quando eu descobri o seu

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