A Fulga
O som insistente do meu celular me desperta. Atendo o telefone, sem sequer olhar a tela.
_ Alô?_Ed? _ A voz feminina ecoa do outro lado da linha. Sento-me rapidamente na cama e puxo a respiração. Droga, havia me esquecido dela!_ Andréa?_ Preciso te ver. _ Ela diz baixinho, parece receosa._ Onde você está?_ Aqui no aeroporto do Rio. _ Puta merda!_ O que disse?_ Ed, eu não conheço nada aqui, não sei pra onde ir. Você pode vir me buscar? _ Saio da cama exasperado e corro direto para o closet, pego a primeira roupa que vejo na minha frente e visto em seguida._ Posso saber o que veio fazer aqui, Andréa? _ pergunto rígido.Ela faz silêncio por alguns segundos._ Você sumiu, não me ligou mais, não me procurou. Ent&atildDepois de uma rápida reunião com a Ana e Luís no escritório da casa, informo os últimos acontecimentos sobre Enrico e resolvemos reforçar a segurança em todo o perímetro da casa. Há homens de preto espalhados de forma estratégica por todos os lados. Não tem a menor chance de Enrico aparecer, ou se aproximar de um de nós. As crianças estão tendo aulas particulares em casa e a Ana e o Luís saem em carros blindados e com seguranças sempre a postos. Eu sei que pode ser um exagero e que talvez eles não sejam alvos, mas eu prefiro não arriscar.Depois do café da manhã, vou para a varanda com o meuMacBooke me entrego as minhas funções de CEO e deixo o tempo passar. Os gritinhos e risadas das crianças me chamam atenção e sorrio ao ver Ariel brincand
13. Inseguranças_ Isso é um absurdo! _ Ana grita enlouquecida. _ Essa mulher é uma louca! Eu vi, com os meus próprios olhos, ela morreu na minha frente! _ Enquanto grita descontrolada, bate em seus peitos e as lágrimas descendo por seu rosto. Luís a abraça com ternura e beija os seus cabelos._ Não, Ana, o que você viu foi a sua mãe infartando. Os médicos invadiram o quarto e em seguida eles disseram que não conseguiram reanimá-la. Nunca se perguntou, porquê o caixão ficou fechado durante todo o velório? _ Ariana questionou.Ana arregala os olhos.O entendimento lhe chega e a ficha finalmente cai._ Meu Deus, isso é loucura! _ Minha filha sussurra e volta a chorar. _ Porque minha mãe faria isso comigo? Ela sabia que eu não suportaria._ Para te proteger, querida. _ Ariana a interrompe.
13 de fevereiro de 2002Querido diário,Ultimamente escrito menos, pois a dias sinto-me cansada. Penso que evitei falar para a minha filhasobre o seu paipor todos esses anos, porque precisavamantê-la segura e longe dos Fassini.Se ela pelo menos tivesse a noção de quem eles são realmente.Pela manhã não me senti melhore mesmo assim,meu médico me recomendou uma internação,devido o meu estado físico. Pensoque devo aceitar, as dores têmme incomodado muito, meu corpo está debilitadoe a Ana anda preocupada comigo, mesmo mantendo um sorriso em meu rosto.Ed, onde você está?Sinto-met&
14. O Resgate _ Você enloqueceu? A caso isso é contagiante? _ Mônica pergunta pasma._ Eu tenho como provar o que estou dizendo. _ Ana rebate e Mônica encara o marido. Vejo em seus olhos a incredulidade nua e crua._ Então me mostra _ pede. Definitivamente temo por Rose, por nós. Ela foi categórica quando o segredo. Ana me fita por alguns segundos, seus olhos refletem uma determinação ímpar, uma teimosia bem conhecida por mim.Ela segura a mão da amiga e logo todos as seguem de volta para o escritório. Entro no cômodo e me encosto na parede, levando as mãos aos bolsos, totalmente confiante. Pelo menos eu sei que as imagens não irão aparecer outra vez. Impactado, tiro as mãos dos bolsos e me afasto da parede para constatar que a gravação ainda está lá. Mônica parece estarrecida, inacreditada, até que abraça a amiga e começa a chorar.Mas o quê? Me pergunto completamente sem ação. Por que o vídeo dela não desapareceu como o meu?_ Preciso me sen
14. O Resgate _ Você enloqueceu? A caso isso é contagiante? _ Mônica pergunta pasma._ Eu tenho como provar o que estou dizendo. _ Ana rebate e Mônica encara o marido. Vejo em seus olhos a incredulidade nua e crua._ Então me mostra _ pede. Definitivamente temo por Rose, por nós. Ela foi categórica quando o segredo. Ana me fita por alguns segundos, seus olhos refletem uma determinação ímpar, uma teimosia bem conhecida por mim.Ela segura a mão da amiga e logo todos as seguem de volta para o escritório. Entro no cômodo e me encosto na parede, levando as mãos aos bolsos, totalmente confiante. Pelo menos eu sei que as imagens não irão aparecer outra vez. Impactado, tiro as mãos dos bolsos e me afasto da parede para constatar que a gravação ainda está lá. Mônica parece estarrecida, inacreditada, até que abraça a amiga e começa a chorar.Mas o quê? Me pergunto completamente sem ação. Por que o vídeo dela não desapareceu como o meu?_ Preciso me sen
Durante a viagem um silêncio tenso toma conta de todos. Lá fora é uma escuridão só. O lugar é rodeado por uma mata densa e há apenas um estreito caminho de barro. Os homens estão alerta o tempo todo na estrada. Rose está acomodada em meu colo, abraçada ao meu corpo, quieta e calada. Ainda não acredito nisso.Está está bem aqui, comigo e em meus braços! Eu tenho tanto para lhe dizer. Seria egoísmo meu querer só para mim? Deus, eu não queria dividi-la com ninguém essa noite, ou por um bom tempo.Fecho os meus olhos e encosto minha cabeça na sua. Aperto ainda mais o seu corpo ao meu. Ela está de volta, a minha Pérola Negra está em meus braços! Inalo o seu cheiro, é algo que não me cansarei tão cedo de fazer na minha vida.Os meus pensamentos me levam para Enrico. Ele realmente ía atirar
15. Enfim, estou em casa!Depois de muitas lágrimas, das devidas explicações, eu finalmente a levo para o quarto, não o meu, mas o nosso quarto agora._ Preciso de um banho. _ Ela diz desconfortável. Quebramos a nossa aliança, eu sei disso. Um remendo não vai nos juntar outra vez, nunca será como antes. Parecemos dois estranhos trancados dentro de um cômodo. Hesitante, eu faço um sim, com a cabeça. Queria eu poder lhe dar esse banho e cuidar dela pessoalmente. Queria poder estar mais perto dela, mas ainda não é o momento. Rose precisa de um tempo só seu, e eu preciso de tempo só meu. Já não sou o mesmo Edgar de vinte anos atrás e com certeza, ela não é mais a Rose tímida, com o olhar de menina e inexperiente que eu conheci. Rose agora é uma mulher determinada e forte... E porra, cheia de curvas deliciosas tam
_ Não temos homens suficientes para assegurar tanta gente, vamos ter que contratar. _ Marcos fala, após dá um telefonema para o seu chefe de segurança._ Certo, mas não sabemos em quem confiar realmente. Como vamos fazer?_ Luís pergunta._ Eu posso ligar para um amigo _ sugiro, chamando a atenção de todos para mim. _ Ele tem uma empresa aqui no Brasil. Seus homens são russos, são frios e são fiéis. Confio neles._ Edgar, tem certeza? _ Luís pergunta inseguro._ Não brincaria com a segurança da minha mulher, tão pouco da minha filha _ ralho ríspido. Ele assente._ Tudo bem. _ Pego meu celular e ligo para o número que uso com suprema emergência. Yuri Bolovisck atende no primeiro toque._ Fassini, faz tempo que não liga pra mim, no que posso ser útil?_ Preciso de você _ digo com o meu tom seco e diret