A queda do caçador. A tensão no escritório da Moretti estava no ápice. Henrique mantinha Valentina como refém, o cano da arma pressionado contra a têmpora dela, enquanto Almeida e sua equipe tentavam negociar. O ar era denso, cada movimento parecia ecoar na sala, enquanto Henrique, em completo desespero, se agarrava à sua última cartada.Do lado de fora, posicionados estrategicamente, forças especiais monitoravam a situação. No telhado do prédio ao lado, um atirador "sniper", tinha Henrique na mira.— Capitão, alvo na mira. Esperando autorização para disparar. — informou o sniper pelo rádio, a voz fria e calculada.No escritório, Almeida recebeu a informação discretamente através de seu comunicador. Ele deu uma rápida olhada para Henrique e Valentina, medindo a distância e a posição.— Repita, alvo na mira? — Almeida perguntou, tentando ganhar tempo.— Confirmação visual. O tiro está limpo, senhor. Aguardo ordens.Valentina, mesmo assustada, percebeu algo nos olhos de Almeida. Ele e
A coragem encontra a ternura e uma nova história começa.Quando Almeida começou a se afastar, Valentina, impulsionada por aquele turbilhão de emoções, deu um passo à frente e segurou o braço dele. Ele virou-se para ela, surpreso, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, Valentina o beijou. Foi um gesto repentino, cheio de intensidade, como se tudo o que ela havia reprimido nos últimos dias precisasse se expressar de alguma forma.O beijo durou apenas alguns segundos antes que Valentina recuasse, visivelmente constrangida.— Me desculpe... Eu... não sei o que deu em mim. — murmurou, evitando os olhos dele.Almeida ficou imóvel por um momento, tentando processar o que havia acabado de acontecer. Então, um sorriso pequeno e genuíno surgiu em seu rosto.— Não se desculpe, Valentina. Você passou por muita coisa. É natural que esteja sentindo... algo diferente agora.Ela finalmente levantou os olhos para ele, parecendo ainda mais confusa.— Eu só... — começou, mas Almeida a interrompeu, co
Vamos ser nós mesmos?As mãos dele começaram a explorar o corpo dela com mais ousadia, deslizando pelos quadris, subindo pela cintura. Valentina sentiu sua pele arrepiar sob o toque firme, mas gentil, e ela mesma começou a desabotoar a camisa dele, revelando o peito definido por baixo.Quando chegaram ao sofá, ela o empurrou levemente, fazendo-o sentar. Almeida a observava, os olhos escurecidos pelo desejo, enquanto ela retirava a blusa, expondo a pele lisa e quente ao toque dele.Valentina não esperou. Ela o montou, sentando-se no colo dele, as pernas de cada lado. As mãos de Almeida subiram imediatamente pelas coxas dela, segurando-a firmemente enquanto seus lábios se encontravam novamente. O calor entre eles era quase palpável, como se o ar ao redor estivesse em chamas.— Valentina... — Almeida gemeu, seus lábios descendo para o pescoço dela, deixando uma trilha de beijos ardentes que a faziam arrepiar dos pés à cabeça.— Eu quero você, Almeida... — sussurrou ela, puxando a cabeça
Finalmente paz. O sol nascia com delicadeza na ilha francesa, iluminando o mar com tons dourados que contrastavam com o azul profundo do céu. Miguel estava na varanda, uma xícara de café em mãos, observando Luna e Fábio brincarem na areia enquanto Clara lia tranquilamente ao seu lado. Era uma cena de serenidade que contrastava com os meses de caos e perigo que haviam enfrentado. De repente, o telefone de Miguel vibrou sobre a mesa, interrompendo o silêncio pacífico. Ao ver o nome do detetive Almeida na tela, Miguel sentiu um aperto no peito. Algo importante havia acontecido. — Almeida? — Miguel atendeu, sua voz carregada de expectativa. Clara imediatamente parou de ler, observando Miguel com atenção. — Miguel, tenho notícias para você. — Almeida começou, direto ao ponto. — Henrique está morto. Miguel piscou algumas vezes, absorvendo a informação. Sua expressão mudou de surpresa para alívio. — O que disse? Henrique está morto? — repetiu, quase para se certificar de que havia ouvi
Preparativos para o RecomeçoAs horas passaram rapidamente na ilha, e o clima de despedida trouxe uma mistura de sentimentos para todos. Miguel caminhava pelo jardim, observando Clara conversar animadamente com Luna e Fábio. Apesar da saudade que já sentia, ele sabia que era a decisão certa enviar Ana e as crianças primeiro. À distância, o som de motores cortou o silêncio. O jatinho havia chegado.— É o nosso sinal — Miguel disse, aproximando-se do grupo.Ana olhou para o céu, avistando a aeronave pousar suavemente na pista privada. Ela suspirou, ajeitando a bolsa no ombro.— Está na hora.Luna correu para abraçar os pais, seguida por Fábio, que também se despediu de Miguel com um sorriso.— Prometo que vamos cuidar de tudo enquanto vocês não chegam — disse Luna, apertando os braços em torno de Clara.— E eu prometo que vamos voltar o mais rápido possível, meu amor. — Clara beijou o topo da cabeça da filha, tentando esconder a emoção.Fábio olhou para Miguel e estendeu a mão.— Vou c
Um Encontro de Paixão e DesejoA noite na ilha era um espetáculo à parte. O som suave das ondas beijando a areia misturava-se ao canto dos grilos que ecoava entre as árvores. Miguel e Clara haviam decidido deixar os últimos dias de tensão para trás e simplesmente aproveitar o momento. A varanda iluminada por pequenas lanternas era o palco perfeito para um jantar romântico, com uma mesa adornada por flores do jardim e velas que espalhavam uma luz quente e acolhedora.Clara surgiu na varanda descalça, usando um vestido leve que dançava com a brisa da noite. Seus cabelos soltos caíam sobre os ombros, e o sorriso nos lábios era suficiente para acelerar o coração de Miguel. Ele, por sua vez, estava vestido de forma simples, com uma camisa branca parcialmente aberta e calças de linho, mas os olhos brilhavam de uma forma que só Clara conseguia provocar.— Você está linda — disse Miguel, levantando-se da cadeira e puxando-a para perto.Clara sorriu, inclinando-se para um beijo suave, mas chei
Redescobrindo o Desejo em um Lugar EspecialA brisa da noite era fresca, e o som das ondas quebrando suavemente na areia criava um ambiente de pura tranquilidade. Miguel segurava a mão dela com firmeza, guiando-a pela trilha que levava à parte mais isolada da ilha. O caminho era iluminado apenas pela lua cheia e pelo brilho das estrelas.— Para onde estamos indo, Miguel? — Clara perguntou, sorrindo, mas com um toque de curiosidade.Miguel apenas lançou um olhar cúmplice, com um pequeno sorriso no canto dos lábios.— Confia em mim, meu amor. É uma surpresa.Clara riu suavemente, apertando a mão dele. Ela sabia que, com Miguel, as surpresas eram sempre inesquecíveis.Após alguns minutos caminhando por uma trilha de areia e pedras, Clara notou o som da água correndo mais forte e viu que estavam perto de uma pequena nascente que terminava no mar. Sua respiração ficou mais leve quando percebeu o que Miguel tinha em mente.— Uau... — Clara murmurou, parando por um instante. — Vamos até aq
Entre Campos do Jordão e Brasília, um Casamento em SegredoO sol nascia por trás das colinas em Campos do Jordão, tingindo o céu com tons dourados e rosados. Clara espreguiçou-se na cama, sentindo o calor do corpo de Miguel ao lado dela. Ele dormia profundamente, com um braço em torno da cintura dela. A tranquilidade daquele momento era uma pausa rara em suas vidas agitadas.Cinco dias se passaram desde que o casal decidira ficar mais um tempo na ilha, mas agora o retorno ao Brasil se fazia necessário. Por volta das 10 horas da manhã, o piloto chegou com o jatinho para buscá-los. Miguel ajudou Clara a carregar as malas, enquanto ela suspirava com um misto de saudade da ilha e ansiedade pelo futuro.A viagem durou cerca de 10 horas, e ao pousarem no pequeno aeroporto em Campos do Jordão, o motorista já os aguardava. O carro serpenteou pelas ruas tranquilas da cidade até a casa de Clara no alto da colina. Ao chegar, Clara abriu a porta e foi recebida pela luz suave da tarde iluminando