●Isabela●
—Festa na casa do Dave sexta-feira, vamos? —Vienna aparece de repente, perguntando toda animada. Estávamos apenas Aléxia e eu sentadas no gramado, resolvemos almoçar aqui hoje.
—Vamos. —Dei ombros, não teria nada melhor para fazer mesmo. Depois disso nós duas encaramos a Aléxia, esperando que ela respondesse.
—Ah, eu não consigo. Tenho um compromisso na sexta.
—Tem certeza? —Vienna insistiu, mas Aléxia gelou como se estivesse sendo interrogada. —Não está dizendo isso só para não ir né? Sabe que é bem-vinda! —Pude jurar que aquele meio sorriso, veio acompanhado de suspiro aliviado.
—Tenho. Eu realmente não posso, mas vou na próxima podem ter certeza. —Vienna assentiu empolgada, pegando uma das minhas batatas fritas.
Anne chegou batendo o pé, ela estava vermelha, se sentou bufando.
—O que foi dessa vez? —Dou uma mordida na maçã, observando
●Ethan●—Nem sempre temos o que queremos na hora meu amor, e nem tudo que queremos podemos ter. Você tentou me ensinar isso Emma. Do jeito mais materno e menos doloroso possível. Acontece, que eu pensei que valia somente para aquele carrinho que outro menino estava brincando no parquinho, eu queria de qualquer jeito, então pedi que você comprasse um pra mim, e você me deu o sermão que valeria para o resto da minha vida.Somente os "bips" do monitor cardíaco era audível naquele quarto gelado de hospital.—Hoje, mais de dez anos depois, eu vejo que ainda não aprendi a lição. Quer dizer, eu sei que não posso ter o que é dos outros, e graças a isso também, eu aprendi que deveria conquistar minhas próprias coisas. Funcionou maior parte da minha vida, até eu querer uma pessoa.Forcei um sor
●Isabela●Irreparável!Era a única definição para aquele momento. Independente se era um erro ou a coisa mais certa que eu estava fazendo da minha vida, eu apenas soube, que seria irreparável.Não tinha como voltar atrás.Eu tive certeza, de quando isso acabasse, não ia dar para fingir que nada aconteceu, não ia conseguir simplesmente manter as coisas como eram antes, e por Deus, eu não queria.Não queria mesmo, ter a chance de voltar apenas alguns minutos no passado e fazer diferente.Pela primeira vez, eu não permiti que uma pessoa entrasse na minha vida, ele simplesmente a invadiu. Pela primeira vez, eu não defini nenhum local seguro na minha mente para poder acolhe-lo, e eu tive medo de que ele nem houvesse passado por ali. Existia alguma rota direta para o coração? Eu não conhecia.Pensar nisso me fez arfar por um segundo, em busca de ar, mas também em busca de controle. Só consegui o ar mesmo.
●Isabela●Irreparável!Era a única definição para aquele momento. Independente se era um erro ou a coisa mais certa que eu estava fazendo da minha vida, eu apenas soube, que seria irreparável.Não tinha como voltar atrás.Eu tive certeza, de que quando isso acabasse, não ia dar para fingir que nada aconteceu, não ia conseguir simplesmente manter as coisas como eram antes, e por Deus, eu não queria.Não queria mesmo, ter a chance de voltar apenas alguns minutos no passado e fazer diferente.Pela primeira vez, eu não permiti que uma pessoa entrasse na minha vida, ele simplesmente a invadiu. Pela primeira vez, eu não defini nenhum local seguro na minha mente para poder acolhe-lo, e eu tive medo de que ele nem houvesse passado por ali. Existia alguma rota direta para o coraç&ati
•Isabela•Sexta-feira. A noite estava agradável, embora esteja mais frio do que os dias anteriores, ainda não é nada que me incomode. Contudo, minha imunidade chora, a mudança climática repentina é pior do que conviver uma estação inteira nevando, mas já estava me precavendo.Anne, Olívia e Vienna faziam do meu quarto, um verdadeira zona. Haviam roupas espalhadas por todos os cantos, todas já estavam arrumadas para a festa na casa do Dave, e enquanto aguardávamos o Beni chegar, atacávamos a pilha de besteiras que Olívia fez na minha cama agora a pouco.Só estava faltando a Aléxia aqui, e falando nela, esteve mais colada comigo e com as meninas do que antes, era como se estivesse fugindo do Jony a todo instante. Não quis tocar no assunto, também me mantive neutra, preferindo tê-la por perto do que correr o risco de dizer que estou preocupada e acabar afastando-a para que eu “não desconfie" de nada. Isso já estava acontecendo.Hoje em especial,
•Ethan•—Já chega Theo! —O puxei bruscamente para o lado. O empurrei furioso, ele precisaria de uma boa desculpa para ter arrumado essa briga. Seu prazo expirou quando decidiu ignorar a Anne completamente, embora eu soubesse que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde, ele escolheu a pior hora.E é bom que seja rápido, pois deixei a Isabela sozinha, e depois de dias sem sentir seu toque, eu quero voltar para ela o mais rápido possível.—Me solta! — vociferou, se livrando do meu agarre. Theo saiu entre os curiosos aglomerados em volta, esbarrando em todos que ficassem em seu caminho.No mesmo momento procurei Anne com o olhar. Ela estava trêmula, parecia assustada. Olívia e Beni já estavam certificando que se ela estava bem.—O que aconteceu Annabeth? —perguntei ao me aproximar. Noah e Dave chegaram no mesmo instante.—Eles estavam dançando juntos e o Theo empurrou o Beni do nada.—Vienna foi quem responde
•Isabela•—Vai para a antiga intermunicipal, vou continuar tentando ligar. — falei em uma falsa calmaria. Meu coração estava quase saindo pela boca. O medo corria pelas minhas correntes sanguíneas, e eu queria encontrar minha amiga o mais rápido possível.—Como tem tanta certeza que ela está lá? —Perguntou Jony, concentrado na estrada. Ele mudou sua rota rapidamente.—Não tenho certeza de nada Jony, só que Aléxia sumiu e a única pista que temos é um folheto com data e hora de hoje que ela mesmo estava guardando. Você mesmo disse que ela estava mentindo, então é burrice não começarmos por lá. —Respondi, procurando o contato da Aléxia no meu celular.—Certo, mas como vamos fazer para entrar?—Não se preocupe. Lembra da história de como conquistei a amizade do meu melhor amigo? —Jony me fitou, ligeiramente apavorado. —Eu vou dar um jeito Jony!Tentei tranquiliza-lo.—O celular d
•Ethan•Ouvi de longe batidas na porta que me despertaram. —Que horas são? E por que eu estou no quarto do Dave? —Questionei mentalmente. Tudo era uma grande confusão.Sentei-me na cama, procurando por pistas além da minha fodida dor de cabeça. Encontro uma garota loira dormindo do lado direito da cama. E algumas lembranças da noite passada começam a ficar claras.Ouço alguém bater na porta novamente e encaro meu estado, para ver se tenho condições de abrir a porta.Só de cueca. —Foda-se.Sacudo minha cabeça tentando espantar a dor, mas me arrependo logo em seguida, sentindo a mesma latejar. Caminhei até a porta cambaleando. Tonto de sono, abri ao som de mais batidas e amaldiçoei quem quer que fosse.Ao avistar a cabeleira castanha embalando sua expressão cansada de olheiras fundas, acreditei que estivesse sonhando. Mas não.Ela estava ali, tão surpresa quanto eu, prova disso é que em
•Isabela•Eu estava esgotada.Fisicamente e psicologicamente. O físico me fez dormir o restante do dia inteiro recebendo caricias da Olívia. Ela não fez nenhuma pergunta, e agradeci por isso. Estava por um fio de desabar, e sabemos que uma simples pergunta é suficiente para girar aquela chavinha interna que desencadearia em horas de choro.Eu teria dormido ainda mais, se meu estômago não estivesse roncando tanto de fome, foi o que me obrigou a descer na noite de sábado. Haviam invadido minha casa.Beni, Annabeth e Vienna já tinham tudo preparado para uma noite regada a besteiras e filmes melancólicos. Também preferiram não tocar no assunto, percebi pouco tempo depois, que estavam ali justamente para me distrair. E os amei ainda mais por isso.Cochilei novamente na metade do segundo filme, e resultou em um sonho c