Volto a mim no momento em que paramos na portaria do condomínio mais caro e chique da cidade. Ainda não me acostumei com luxo e riqueza, vivi sempre de maneira simples e nunca fui deslumbrada, mas em alguns momentos acaba sendo assustador.
- Tudo bem? Você está muito calada. – Meu amigo aperta minha mão e assinto.
- Apenas estou assustada com tanto luxo, será que precisa tanto?
- Você sabe que seu pai é um dos homens mais ricos de todo o país, não sabe?
- Raphael me explicou, mas não quero o dinheiro dele.
- Isso não muda o que ele é. – Olha em minha direção quando somos liberados pela segurança. – E ele sabe que recusou sua parte?
- Claro, caí de paraquedas na vida deles e simplesmente já pego uma parte do que eles têm? – F
O simples fato de citar a existência dele é o gatilho para que novas e grossas lágrimas venham fortes. Abraço-me mais a ela e tento segurar, porém, é mais forte do que eu. Um soluço sofrido sai dos meus lábios. Antes que possa reagir, sou rodeada por braços fortes e o cheiro dele me invade. Meu cérebro agora vai sentir sua essência em outros abraços, apenas para me torturar? É tão bom, que permaneço de olhos fechados para não quebrar a fantasia e voltar a um mundo em que não me quer mais.- Abra os olhos, Flor de diamante. – Arregalo os olhos e estou nos braços dele, olhando para ele, ouvindo sua voz.- ENRICO! – Grito ao mesmo tempo em que me jogo em seus braços, colocando meu rosto em seu
Thaynara Duas mãos grandes envolvem as minha, apertando-as com carinho, uma corrente elétrica perpassa meu corpo, causando leves tremores, que nada tem de eróticos, são de cumplicidade, de alegria, de amor. Encaro o homem ao meu lado, em seus olhos quase negros, encontro a certeza de que seja o que for, estará ao meu lado. Como se percebesse que estou pronta, Célia inicia seu relato.- Comecei a trabalhar para os pais de Saimon, quando ele era ainda muito jovem. Era um pouco mais velha, mas passei a cuidar dele como de um irmão, era um menino jovem, carinhoso com os pais e funcionários, enfim um gentleman. – Olha fixamente para um quadro na parede, como se estivesse apenas com o corpo presente, sua alma voltou ao passado. – Mas, nã
Vou até ele e sentando-me ao seu lado o abraço, demonstrando que não há mágoas entre nós, pois ambos fomos vítimas de pessoas desiquilibradas e cruéis.- Eu sempre soube que minha família tinha uma história triste, permeada por maldades de minhas “tias” – Elvira faz mímica de aspas no ar. – Tenho vívidas em minha memória, as maldades que Cassandra cometia sorrindo.- Por que eu não me lembro dela? – Rapha questiona. – Eu tenho lembranças de Cássia, mas não me lembro de nada disso. Apenas de uma vez em que a peguei chorando e ela me deu um tapa e me mandou ficar quieto.- Você era apenas uma criança, por isso não percebeu, mas essa era Cassandra. – Célia diz. – Elas eram idênticas. Porém, quand
Abraço-a por longos minutos, tentando transmitir toda minha gratidão. Elvira pode não ter sido uma mãe presente, não ter me deixado ter a vida igual a de outras crianças, mas teve motivos para isso.- Eu me lembrava de quando você era carinhosa, de me levar ao parque, de cantar para mim, mas com o tempo, passei a acreditar que havia sido sonho.- Eu fazia tudo isso, minha menina. – Lágrimas correm por nossos rostos e sorrisos aparecem ao mesmo tempo em nossos lábios. – Mas, quando a levei embora, não podia correr o risco de descobrirem sobre você.- Como fez com a documentação? – Raphael pergunta.- Eu contatei um amigo do seu pai e ele me ajudou. – Célia revela.- Você sabia esse tempo todo? – Meu irmão se levanta nervoso.- Sim e n&atild
Felipe se levanta como se fosse uma fera enjaulada. Segue até próximo da janela, mas sem conseguir se segurar esmurra a parede e é seguro por Rapha, antes que fique pior.- Essa mulher era quem? – Pergunto.- Joana Martins, uma paulistana traficada e usada como escrava sexual e saco de pancadas por Zander. – Fica em silêncio e com um suspiro termina – hoje conhecida como Idalina Nascimento. O grito que ouvimos é tanto de dor como de sofrimento, meu amigo já havia deduzido, mas é pior do que pensava. Corro em direção a ele e com todo o meu amor, pois ele é uma das pessoas que mais amo no mundo, o recolho em meus braços. Sinto sua dor em mim. Aos poucos vamos nos acal
Passou-se um mês após o jantar em que conheci meu pai e ouve tantas revelações. Felipe tem estado aéreo, tentando colocar a cabeça no lugar e agradeço imensamente por ele ter Isaac ao seu lado, meu amigo é especial e merece muito amor. Tia Idalina, como a chamo desde criança, se abriu com o filho e contou tudo pelo que passou, inclusive que foi o pai quem a vendeu para a organização, da qual nono a resgatou. Meu amigo ficou transtornado com a história de sua mãe, além de revoltado por ser filho de um homem tão cruel, mas no fim o fizemos entender que nem tudo é tragédia. Ele e Enrico se tornaram mais próximos, se encontraram para conversar vá
Toco a campainha do apartamento da minha avó, ainda acho muito estranho o honorífico, mas é sem dúvida um estranho bom, pois me apaixonei pela senhorinha. A porta é aberta, sou puxada para dentro e quando dou por mim, estou nos braços de um Enrico faminto, que toma meus lábios em um beijo possessivo, cheio de saudades. Perco a noção do tempo, sentindo seu cheiro preencher meu olfato e seu gosto tomar conta do meu paladar. Suas mãos estão fixas em minha cintura, o que não seria nada erótico se seu corpo não estivesse totalmente em contato com o meu, fazendo-me sentir sua necessidade vibrando em espasmos em contato com minha barriga.
Após um dos orgasmos mais fortes que já tive e antes que as sensações sejam esvaídas sou invadida por seu membro. Que provoca tremores e ondulações enquanto minha vagina se contrai. Enrico fica imóvel pôr alguns instantes, fechando os olhos e vejo o suor brotar em sua testa. Seu maxilar está apertado, como se estivesse fazendo força para não me machucar. Após algum tempo, volta a se mexer, devorando minha boca em um beijo molhado e erótico. Desce por meu pescoço, colo e alcança meus seios, chupando-os e lambendo-os novamente. Quando um novo orgasmo está sendo construído, sai de mim, virando-me de bruços e l