Abraço-a por longos minutos, tentando transmitir toda minha gratidão. Elvira pode não ter sido uma mãe presente, não ter me deixado ter a vida igual a de outras crianças, mas teve motivos para isso.
- Eu me lembrava de quando você era carinhosa, de me levar ao parque, de cantar para mim, mas com o tempo, passei a acreditar que havia sido sonho.
- Eu fazia tudo isso, minha menina. – Lágrimas correm por nossos rostos e sorrisos aparecem ao mesmo tempo em nossos lábios. – Mas, quando a levei embora, não podia correr o risco de descobrirem sobre você.
- Como fez com a documentação? – Raphael pergunta.
- Eu contatei um amigo do seu pai e ele me ajudou. – Célia revela.
- Você sabia esse tempo todo? – Meu irmão se levanta nervoso.
- Sim e n&atild
Felipe se levanta como se fosse uma fera enjaulada. Segue até próximo da janela, mas sem conseguir se segurar esmurra a parede e é seguro por Rapha, antes que fique pior.- Essa mulher era quem? – Pergunto.- Joana Martins, uma paulistana traficada e usada como escrava sexual e saco de pancadas por Zander. – Fica em silêncio e com um suspiro termina – hoje conhecida como Idalina Nascimento. O grito que ouvimos é tanto de dor como de sofrimento, meu amigo já havia deduzido, mas é pior do que pensava. Corro em direção a ele e com todo o meu amor, pois ele é uma das pessoas que mais amo no mundo, o recolho em meus braços. Sinto sua dor em mim. Aos poucos vamos nos acal
Passou-se um mês após o jantar em que conheci meu pai e ouve tantas revelações. Felipe tem estado aéreo, tentando colocar a cabeça no lugar e agradeço imensamente por ele ter Isaac ao seu lado, meu amigo é especial e merece muito amor. Tia Idalina, como a chamo desde criança, se abriu com o filho e contou tudo pelo que passou, inclusive que foi o pai quem a vendeu para a organização, da qual nono a resgatou. Meu amigo ficou transtornado com a história de sua mãe, além de revoltado por ser filho de um homem tão cruel, mas no fim o fizemos entender que nem tudo é tragédia. Ele e Enrico se tornaram mais próximos, se encontraram para conversar vá
Toco a campainha do apartamento da minha avó, ainda acho muito estranho o honorífico, mas é sem dúvida um estranho bom, pois me apaixonei pela senhorinha. A porta é aberta, sou puxada para dentro e quando dou por mim, estou nos braços de um Enrico faminto, que toma meus lábios em um beijo possessivo, cheio de saudades. Perco a noção do tempo, sentindo seu cheiro preencher meu olfato e seu gosto tomar conta do meu paladar. Suas mãos estão fixas em minha cintura, o que não seria nada erótico se seu corpo não estivesse totalmente em contato com o meu, fazendo-me sentir sua necessidade vibrando em espasmos em contato com minha barriga.
Após um dos orgasmos mais fortes que já tive e antes que as sensações sejam esvaídas sou invadida por seu membro. Que provoca tremores e ondulações enquanto minha vagina se contrai. Enrico fica imóvel pôr alguns instantes, fechando os olhos e vejo o suor brotar em sua testa. Seu maxilar está apertado, como se estivesse fazendo força para não me machucar. Após algum tempo, volta a se mexer, devorando minha boca em um beijo molhado e erótico. Desce por meu pescoço, colo e alcança meus seios, chupando-os e lambendo-os novamente. Quando um novo orgasmo está sendo construído, sai de mim, virando-me de bruços e l
Volto a mim, quando Nat, me puxa , junto com Felipe para a pista de dança. Coloca-o entre nós duas e dançamos como se ele fosse o recheio e nós as fatias de pães de um sanduíche. Meu amigo passa os braços ao redor da minha cintura e cola seu corpo ao meu. De onde estamos posso ver Isaac fazer cara de bravo para a cena, mas logo depois, sorri e vem vindo em nossa direção. Danço mais um pouco com eles e quando o namorado chega, eu e Nat nos distanciamos, virando para uma Amanda que dança de forma sensual com Marcela. As duas se tornaram grandes amigas, desde que fui sequestrada, saindo muitas vezes para baladas. Proc
Engulo a necessidade de fazer exatamente o que fala, mas sigo o plano olhando fixamente, sem me mover, mantenho-me firme, permanecendo muda e quieta. Me dou conta de nossas posições, e decido dar passagem a ela, que sai com um bufado, xingando baixinho, deixando-nos a sós, com nossos olhares fixos. - Posso entrar? – Pergunto simplesmente, tentando manter a postura, ao mesmo tempo em ele faz um gesto com a mão, me chamando, mas permaneço onde estou. – Desculpe-me, mas ouvi sua conversa com ela, assim que abriu a porta. - Não tem por que se desculpar, não é segredo. – Entro sem saber como vou fazer o maior teatro de toda a minha vida. - E-eu... – Tento, mas as palavras me fogem. – O que disse para ela é verdade? Vo... – Suspiro audivelmente e tomo coragem, afinal ele é meu namorado: - vocês nunca tiveram nada? - Não, nunca tivemos, não sei de onde ela tirou essa obsessão. – Vejo qu
Ver Thaynara deixar meu escritório com o semblante transtornado me fez ter certeza de que essa foi a última vez, nunca mais vou vê-la virar as costas se encaminhando para longe, o amor que sentimos não pode ser responsável por nos machucar. Um aperto toma meu peito, como se fosse um pressentimento de que algo ruim vai acontecer, a dor é física, me fazendo levar a mão ao local, tentando diminuir a sensação. Tento por alguns minutos recuperar o domínio de mim mesmo, mas acredito que seja para não a ver deixando a boate. Como o calor que me envolve todas as vezes em que ela está perto, não está presente, tenho certeza de que ela já deixou a boate. Meu desespero, deve ser o medo por esse plano, afinal se falharem, fico sem o que tenho de m
Sinto cheiro de mofo, levo a mão até meu nariz, encontrando resistência e percebo que estou com as mãos presas, assim como os pés estão amarrados juntos. Abro os olhos, estou deitado de lado em um colchão surrado e sujo. Fico por um tempo sem me mexer, tentando me situar sobre minha situação, então tudo volta a mim. Thaynara seguindo o plano e indo embora, Danila me sequestrando junto a um homem que mais parecia uma montanha ambulante e Raphael próximo a nós, me dando a certeza de que faria o que fosse preciso para nos tirar desse enrosco.- Acho que ele acordou moça. – A voz de uma criança chega até mim.- Também acho. – A voz da minha Flor.- Será que ele está sentindo dor? – Novam