Toco a campainha do apartamento da minha avó, ainda acho muito estranho o honorífico, mas é sem dúvida um estranho bom, pois me apaixonei pela senhorinha.
A porta é aberta, sou puxada para dentro e quando dou por mim, estou nos braços de um Enrico faminto, que toma meus lábios em um beijo possessivo, cheio de saudades. Perco a noção do tempo, sentindo seu cheiro preencher meu olfato e seu gosto tomar conta do meu paladar.
Suas mãos estão fixas em minha cintura, o que não seria nada erótico se seu corpo não estivesse totalmente em contato com o meu, fazendo-me sentir sua necessidade vibrando em espasmos em contato com minha barriga.
Após um dos orgasmos mais fortes que já tive e antes que as sensações sejam esvaídas sou invadida por seu membro. Que provoca tremores e ondulações enquanto minha vagina se contrai. Enrico fica imóvel pôr alguns instantes, fechando os olhos e vejo o suor brotar em sua testa. Seu maxilar está apertado, como se estivesse fazendo força para não me machucar. Após algum tempo, volta a se mexer, devorando minha boca em um beijo molhado e erótico. Desce por meu pescoço, colo e alcança meus seios, chupando-os e lambendo-os novamente. Quando um novo orgasmo está sendo construído, sai de mim, virando-me de bruços e l
Volto a mim, quando Nat, me puxa , junto com Felipe para a pista de dança. Coloca-o entre nós duas e dançamos como se ele fosse o recheio e nós as fatias de pães de um sanduíche. Meu amigo passa os braços ao redor da minha cintura e cola seu corpo ao meu. De onde estamos posso ver Isaac fazer cara de bravo para a cena, mas logo depois, sorri e vem vindo em nossa direção. Danço mais um pouco com eles e quando o namorado chega, eu e Nat nos distanciamos, virando para uma Amanda que dança de forma sensual com Marcela. As duas se tornaram grandes amigas, desde que fui sequestrada, saindo muitas vezes para baladas. Proc
Engulo a necessidade de fazer exatamente o que fala, mas sigo o plano olhando fixamente, sem me mover, mantenho-me firme, permanecendo muda e quieta. Me dou conta de nossas posições, e decido dar passagem a ela, que sai com um bufado, xingando baixinho, deixando-nos a sós, com nossos olhares fixos. - Posso entrar? – Pergunto simplesmente, tentando manter a postura, ao mesmo tempo em ele faz um gesto com a mão, me chamando, mas permaneço onde estou. – Desculpe-me, mas ouvi sua conversa com ela, assim que abriu a porta. - Não tem por que se desculpar, não é segredo. – Entro sem saber como vou fazer o maior teatro de toda a minha vida. - E-eu... – Tento, mas as palavras me fogem. – O que disse para ela é verdade? Vo... – Suspiro audivelmente e tomo coragem, afinal ele é meu namorado: - vocês nunca tiveram nada? - Não, nunca tivemos, não sei de onde ela tirou essa obsessão. – Vejo qu
Ver Thaynara deixar meu escritório com o semblante transtornado me fez ter certeza de que essa foi a última vez, nunca mais vou vê-la virar as costas se encaminhando para longe, o amor que sentimos não pode ser responsável por nos machucar. Um aperto toma meu peito, como se fosse um pressentimento de que algo ruim vai acontecer, a dor é física, me fazendo levar a mão ao local, tentando diminuir a sensação. Tento por alguns minutos recuperar o domínio de mim mesmo, mas acredito que seja para não a ver deixando a boate. Como o calor que me envolve todas as vezes em que ela está perto, não está presente, tenho certeza de que ela já deixou a boate. Meu desespero, deve ser o medo por esse plano, afinal se falharem, fico sem o que tenho de m
Sinto cheiro de mofo, levo a mão até meu nariz, encontrando resistência e percebo que estou com as mãos presas, assim como os pés estão amarrados juntos. Abro os olhos, estou deitado de lado em um colchão surrado e sujo. Fico por um tempo sem me mexer, tentando me situar sobre minha situação, então tudo volta a mim. Thaynara seguindo o plano e indo embora, Danila me sequestrando junto a um homem que mais parecia uma montanha ambulante e Raphael próximo a nós, me dando a certeza de que faria o que fosse preciso para nos tirar desse enrosco.- Acho que ele acordou moça. – A voz de uma criança chega até mim.- Também acho. – A voz da minha Flor.- Será que ele está sentindo dor? – Novam
Fico olhando o quarteto a minha frente, a soberba, maldade e escárnio estão refletidos em seus rostos. Como que pode existirem seres humanos assim? Não consigo acreditar que são reais.- O que pensam que estão fazendo? – Questiono sem levantar a voz, pois percebo que é isso que querem.- Destruindo o panaca que se achou no direito de matar meu homem? – Camila fala me olhando com ódio extremo.- Tomando o que é meu por direito. – Cláudio sorri maldosamente em direção a minha mulher.- Cadê a vovó? – Mel pergunta baixinho.- No mundo dos pés juntos. – Danila responde gargalhando.- Onde fica isso, Thay?- Deixa de ser insensível! – Minha Flor responde a cobra que nem deve ser intitulada como mãe e se vira para o
Fomos atendidos por uma equipe de profissionais que realizaram vários exames em nós três. Porém, fui separado delas em determinado momento e até agora não as reencontrei. Mel ficou o tempo todo agarrada a mim ou a Thaynara, chorando em alguns momentos, mas aceitando ser examinada, com as explicações que demos a ela. É uma menina muito calma e inteligente, porém o que me impressionou foi a maneira com que minha namorada conseguiu acalmá-la, será uma mãe maravilhosa. Estou em um quarto, pois os médicos pediram que eu ficasse em observação, devido a quantidade de sedativo que foi aplicada em mim. Segundo os médicos, tive muita sorte, por não ter
Thaynara Estou literalmente em choque, olho fixamente para a médica em minha frente, que acaba de me dar a notícia que mudará toda a minha vida. Não emito nenhum som, não faço qualquer movimento. Em minha cabeça ouço o eco das suas palavras, as últimas que prestei atenção, depois delas entrei em um limbo.“Você está gravida”“Você está gravida”“Você está gravida”“Você está gravida” Volto a mim quando sinto algo frio atingir meu rosto, olho para o lado e vejo vó Célia com um copo na mão, ao mesmo tempo que sinto o líquido escorrer por meu rosto.